30/03/2016 – Elaboração de Receita Médica

   Essa aula discutiu como deveria ser feita uma receita médica, sempre com o maior número de detalhes que nela caberem. E para a realização da atividade tivemos uma dinâmica divertida, em que criávamos uma receita médica para algo que soubéssemos fazer; podia ser uma receita de bolo, de chá, etc.

  Eu fiz uma receita sobre como curar uma forte ressaca! Mas percebi, após o debate, que faltaram informações necessárias, como o número de folhas de boldo que deveriam ser mascadas. Foi muito interessante porque vimos como é fácil esquecer um detalhe essencial para que seja feita uma receita impecável.

  Aprendi nessa atividade que devemos ser muito claros, expondo todos os detalhes da receita médica, transcrevendo todas as orientações. Deve-se detalhar qual é a via medicamentosa (retal, oral, intravaginal), a finalidade e necessidade do tal medicamento, a quantidade e o horário a serem seguidos.

  Apesar de ter gostado muito da aula e achado interessante, acredito que ela deveria acontecer em outro momento do curso, por exemplo quando estivermos estudando Farmacologia. Acredito que haveria mais proveito.

29/03/2016: Exame Físico de Cabeça e Pescoço III – Boca

  1. Descrição da atividade

  Na aula anterior, foi dado um roteiro para se estudar o exame físico com enfoque na boca. Antes de ir para as salas de consultório, tivemos uma aula-base do professor Augusto sobre o assunto.

  1. O que aprendi

  • Boca

a. Lábios: inspeção (cor e forma) e palpação (textura, flexibilidade e consistência).

b.Mucosa oral: cor; umidade; procurar úlceras, nódulos e placas esbranquiçadas; utilizar abaixador de língua e observar ductos glandulares.

c. Gengiva: Avaliar a coloração, se há retração ou inchaço.

d. Dentes: Inspeção, palpação, avaliar presença de todos os dentes, cáries, coloração e sensibilidade.

e. Palato duro (céu da boca): Avaliar cor e arquitetura por meio de inspeção.

f. Língua: Tamanho, simetria, coloração, fissuras e mobilidade; Auxilio de gaze para avaliar tonsilas palatinas.

g. Assoalho da boca: Língua para cima e para trás ao avaliar glândulas e ductos sublinguais, assim como o freio lingual. Tudo isso com auxílio de uma espátula. Avaliar coloração e hidratação também.

  1. O que tive dificuldade/preciso aprender

Preciso estudar mais anatomia e ficar mais segura na prática.

  1. Reflexão

  Após revisar na aula do professor Augusto, fomos para o consultório e pratiquei o conteúdo adquirido com minha amiga Anays. Durante essa simulação pude aprender sobre a importância do uso da luva e do palito no exame bucal. Adquiri manejos e experiência para continuar melhorando na prática. Os professores se fizeram presentes dando ajuda e suporte para melhorarmos.

16/03/2016 – 23/03/2016: Filme “The Doctor” e Discussão

   No dia 16/03/2016, vimos o filme “The Doctor” e na semana seguinte discutimos nossas impressões sobre o filme. A discussão foi em sala e todos puderam participar. No começo do filme, fica claro para todos que o médico se sente orgulhoso de sua profissão, porém esse orgulho e, até mesmo, prepotência poderiam inferir uma impressão de superioridade por parte do médico. Essa atitude do médico lhe dava a sensação de que poderia tomar as decisões que bem entendesse, sem dar a mínima para as velhas e boas regras de convívio social. Essa personalidade prepotente se fazia presente em sua vida pessoal também, já não possuía contato com os filhos e sua relação com a esposa era bem fria.

   A personalidade do médico denotava, em todos os âmbitos, uma constante frieza e indiferença. Veja bem, até quando ensinava aos residentes, agia nomeando os pacientes pela doença que tinham, como se não fosse necessário saber o nome. Com os pacientes a relação era da mesma maneira, ou seja, sem nenhum contato.

   Até mesmo quando deveria agir como um paciente, submetido aos serviços e profissionais da saúde, age com superioridade e prepotência. Não aceita a falta de regalias e a falta de um tratamento especial.  Quando ele descobre o câncer, descobre também o que havia de humanidade dentro de si. Afinal, no fundo, todos somos vulneráveis e queremos um pouco de atenção e amor. E foi na amizade de Julie que ele foi acolhido.

  As dificuldades que o “The Doctor” enfrentou, lhe ensinaram um pouco sobre acolhimento, humildade e gentilezas.  O sofrimento e a frieza alheia moldaram um novo homem, um médico diferente daquele que um dia ele já havia sido. Uma grande e feliz surpresa.

  Ás vezes, passar um filme em sala não é levado a sério pelos alunos, porém esse filme serve como um lembrete gigante para mim e para meus colegas sobre o tipo de médico que devemos ser e aquele que não devemos ser também. Espero que todos tenham refletido sobre o papel do médico como agente transformador da sociedade e que é nosso dever máximo acolher e ajudar quem necessita de nossos cuidados, da melhor maneira possível sempre.

22/03/2016 – Exame Físico de Cabeça e Pescoço II

  1. Descrição da atividade

  Fizemos uma revisão sobre o Exame Físico de Cabeça e Pescoço e pude melhorar a prática e, também, evitar alguns erros cometidos anteriormente.

  1. O que aprendi

  Nessa atividade, também pude examinar melhor os linfonodos e realizar palpações mais acertadas. Pude senti-los claramente!

  • Exame físico geral da paciente Anays
  • Frequência cardíaca: 62 bpm
  • Frequência respiratória: 21 irpm
  • Pulso: 61 bpm
  • Temperatura: 36,6 ºC
  • Estado geral: BEG – bom estado geral
  • Facie normal
  • Atitude ativa e voluntária, porém sonolenta
  • Mucosa normal: coloração rosa e hidratada
  • Pele com turgor e umidade em estado de normalidade
  • Não apresenta edemas
  • Cabelo com quantidade adequada e bem distribuído
  • Couro cabeludo: não apresenta depressões e nem elevações. Hidratado e em estado normal.
  • Sobrancelha: Coloração normal, assimétrica em relação a outra. Possui movimento normal.
  • Olhos: Pálpebras normais, pupilas de tamanho normal e iguais. Conjuntiva e esclerótica normais.
  • Orelhas: Simétricas.
  • Nariz: Ausência de dor ou incômodo, assimétrico.
  • Linfonodos em bom estado
  1. O que tive de dificuldade/preciso aprender

  Não tive grandes dificuldades, consegui fazer tudo de acordo o que era pedido. Vou estudar mais anatomia.

  1. Reflexão

 Novamente, foi uma ótima atividade! Os professores estavam mais presentes e pude tirar algumas dúvidas sobre palpação de linfonodos. As aulas práticas se mostram cada vez mais eficazes.

Tutoria 4: “Várias pedras no caminho”

Questões

  1. Caracterizar morfologicamente os rins. (Anatomia/Histologia).
  2. Qual o papel do rim na manutenção da homeostase? (P.A., equilíbrio ácido-base, equilíbrio hidroeletrolítico)
  3. Descrever o mecanismo de filtração glomerular e a composição da urina. Citar qual é o índice de volume urinário normal.
  4. Descrever os mecanismos de reabsorção e excreção. Ressaltando as diferentes regiões dos túbulos em que ocorrem.
  5. Descrever o papel do rim no controle hidroeletrolítico, no equilíbrio ácido-base e na pressão arterial.
  6. Descrever os mecanismos de regulação das funções renais pelo sistema neuroendócrino.
  7. Identificar os tipos de terapias renais, destacando a diálise.
  8. Compreender o caso e entender seus sinais e sintomas. Relacionar com os resultados dos exames.

 Respostas

  1. Caracterizar morfologicamente os rins. (Anatomia/Histologia)

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Estão posicionados na região retroperitonial (atrás do peritônio), na parte superior do abdome. Os rins apresentam, na borda medial, o hilo renal (vasos sanguíneos e nervo renal). No polo superior encontra-se a glândula suprarrenal e, protegendo o rim, existe uma capsula fibrosa denominada cápsula renal. Internamente o órgão é dividido em córtex (externo) e medula (interno). O córtex e a medula são compostos por néfrons (as unidades funcionais do rim), vasos sanguíneos, linfáticos e nervos. A medula é formada pelas pirâmides renais, que desembocam na papila renal, que desembocam nos cálices menores, que desembocam nos cálices maiores, que desembocam na pelve renal. A pelve representa a região superior e expandida do ureter, que leva a urina da pelve para a bexiga urinária. As paredes dos cálices, pelves e ureteres contêm musculatura lisa que se contrai, propelindo a urina em direção à bexiga urinária. O suprimento sanguíneo renal é feito pela arterial renal, que sofrerá inúmeras divisões. A circulação renal possui 2 leitos, peritubular e glomerular.

 O fluxo sanguíneo dos dois rins equivale a cerca de 25% (1,25 L/min.) do débito cardíaco, na pessoa em repouso. Como ilustrado, a artéria renal se bifurca progressivamente, formando a artéria interlobar, a artéria arqueada, a artéria interlobular e a arteríola aferente, que leva aos capilares glomerulares. Os capilares glomerulares se unem, formando a arteríola eferente, que leva à segunda rede capilar, os capilares peritubulares, que levam o sangue ao néfron. Os vasos do sistema venoso são paralelos às arteriais, formando progressivamente a veia interlobular, a veia arqueada, a veia interlobar e a veia renal, que cursa lateralmente ao ureter.

  • Néfron

A unidade funcional do rim é o néfron. Cada rim humano contém cerca de 1,2 milhão de néfrons, que são tubos ocos compostos por camada única de células. As partes que constituem o néfron são o corpúsculo renal (cápsula de Bowman + glomérulo), o túbulo proximal, a alça de Henle, o túbulo distal e o sistema do ducto coletor. O corpúsculo renal é formado por capilares glomerulares e pela cápsula de Bowman. O segmento seguinte é a alça de Henle, composta pela parte reta do túbulo proximal, pelo ramo descendente fino (que termina em curva em “U”), pelo ramo ascendente fino (somente em néfrons com alças de Henle longas) e pelo ramo descendente espesso. Perto do final do ramo ascendente espesso, o néfron passa entre as arteríolas aferente e eferente que o irrigam. Esse curto segmento do ramo ascendente espesso é chamado de mácula densa. O túbulo distai se inicia pouco depois da mácula densa e se estende até o ponto onde dois ou mais néfrons se unem, formando u m dueto coletor cortical.

O ducto coletor tem dois tipos celulares: as células principais e as intercaladas. As células principais apresentam poucas mitocôndrias e desempenham papel importante na reabsorção de NaCl e na secreção de K+. As células intercaladas, que desempenham função importante na regulação do balanço acidobásico, têm alta densidade de mitocôndrias. Uma população de células intercaladas secreta H+ (e/ou reabsorve HCO3-), e outra população secreta HCO3-.

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Existe dois tipos principais de néfron:

  • Corticais: localizados na zona cortical externa, eles têm alças de Henle curtas que penetram apenas em pequena extensão no interior da medula. Tornam a urina fluida.

    · Justamedulares: são cerca de 20% a 30%, com glomérulos mais profundos no córtex renal, perto da medula. Tem longas alças de Henle que mergulham profundamente no interior da medula, em direção às papilas renais. Tornam a urina concentrada.

1) Zona cortical

Nesta região identifica-se o Corpúsculo de Malpighi (Corpúsculo Renal) o qual é constituído pelo glomérulo renal (tufo de capilares fenestrados) e cápsula de Bowman contendo dois folhetos, visceral e parietal. Este último é formado por células epiteliais pavimentosas que limitam o espaço capsular onde se acumula o filtrado glomerular. Ainda na cortical distinguem-se os túbulos contorcidos proximais e distais, ambos se mostram cortados transversalmente e longitudinalmente, os quais possuem características histológicas diferentes descritas a seguir.

2) Zona medular

Nesta zona visualiza-se uma série de tubulações com epitélio de revestimento variando de cúbico à plano.

 -> Histologia

Externamente: Uma cápsula de tecido conjuntivo denso envolve o rim.
Nos corpúsculos renais: epitélio pavimentoso simples.

Ramo descendente da alça de Henle: epitélio pavimentoso simples, que é muito permeável, permitindo passagem livre de água, Na+ e Cl.

Ramo ascendente da alça de Henle: epitélio cúbico simples (impermeável).

Túbulo proximal
: Epitélio simples cúbico. Células com grande quantidade de mitocôndrias (fornecem energia para o transporte ativo). Numerosos microvilos (borda em escova). Interdigitações laterais (facilitam trocas/transporte de íons).

Túbulo distal: Ocorre saída de sódio por processo ativo e também sai água. Adicionam íons hidrogênio, potássio e amônia ao filtrado, sendo sua atividade importante para a manutenção do equilíbrio acidobásico do sangue. Epitélio simples cúbico. Poucos microvilos, sem borda em escova.

Ducto coletor: Epitélio simples cúbico nos túbulos mais delgados e à medida que se fundem e se aproximam das papilas suas células tornam-se cilíndricas.

2. Qual o papel do rim na manutenção da homeostase? (P.A., equilíbrio ácido-base, equilíbrio hidroeletrolítico)

  • Equilíbrio hidroeletrolítico. 
  • Os rins equilibram a obtenção, produção, excreção e consumo de vários compostos orgânicos e inorgânicos através da conservação e excreção de água e solutos. A excreção e a ingestão igualitária de íons promovem a homeostase.
  • Equilíbrio acidobásico.
    Excreção de H+ na urina. (Exemplo: Urina alcalina por conta de insuficiência renal, causando acidose metabólica).
  • Síntese de Hormônios.
    a) Renina: A formação e liberação de renina permite aos rins regularem a pressão arterial através do controle do volume dos fluidos.

    b) Eritropoietina: A eritropoietina é o regulador primário da formação de hemácias na medula óssea. As células endoteliais dos capilares peritubulares são o principal sítio de síntese da eritropoietina renal.

  • Ativação da vitamina D
    A vitamina D oriunda da dieta deve passar por duas hidroxilações antes de se tornar útil ao corpo. A primeira ocorre no fígado e a segunda, nos rins, nas células do túbulo contorcido proximal.
  • Gliconeogênese.
    Os rins adquirem a capacidade de produzir glicose a partir de fontes não glicídicas (por exemplo, glutamina, glicina, piruvato, lactato, citrato e alfacetoglutarato) somente em situações especiais, como no jejum prolongado.
  • Regulação da pressão arterial.
    Os rins desempenham um papel crucial na manutenção a longo prazo da pressão arterial através da regulação do volume sanguíneo (volemia), mediada pelo equilíbrio de Na+ .

    3. Descrever o mecanismo de filtração glomerular e a composição da urina. Citar qual é o índice de volume urinário normal.

Do volume total de plasma que entra na arteríola aferente, 20% é filtrado e os 80% restantes seguem pela arteríola eferente. 19% do líquido é reabsorvido e no final, 99% do plasma que entram nos rins são retornados a circulação sistêmica.

Filtração: Primeiro passo na formação da urina. O filtrado gerado é igual ao composto do plasma menos a maioria das proteínas plasmáticas. As células do sangue permanecem no capilar de modo que o filtrado é composto apenas de água e solutos dissolvidos. O corpúsculo renal possui três barreiras de filtração:

  • Endotélio do capilar glomerular: do tipo fenestrados. Ao seu redor possuem células mesangiais glomerulares, que são capazes de contrair e alterar o fluxo de sangue nos capilares. Também secretam citocininas (rel. a processos inflamatórios) e a alteração na função dessas células está ligada a problemas renais.

  • Lâmina basal: glicoproteínas carregadas eletronegativamente a qual atuam como “peneira grossa”, excluindo as proteínas plasmáticas do liquido filtrado.

  • Epitélio de Bowman: presença de podócitos (que possuem fendas de filtração).

A filtração do plasma nos glomérulos, obedece às diferenças de pressão existentes no glomérulo. A pressão nas artérias arqueadas é de aproximadamente 100mmHg. As duas principais áreas de resistência ao fluxo renal através do néfron são as arteríolas aferente e eferente. A pressão de 100mmHg na arteríola aferente, cai para uma pressão média de 60mmHg nos capilares do glomérulo, sendo esta a pressão que favorece a saída do filtrado do plasma para a cápsula de Bowman. A pressão no interior da cápsula de Bowman é de cerca de 18mmHg. Como nos capilares glomerulares 1/5 do plasma filtra para o interior da cápsula, a concentração de proteínas aumenta cerca de 20% à medida que o sangue passa pelos capilares do glomérulo, fazendo com que a pressão coloido-osmótica do plasma se eleve de 28 para 36mmHg, com um valor médio de 32mmHg, nos capilares glomerulares. A pressão no interior da cápsula de Bowman e a pressão coloido-osmótica das proteínas do plasma são as forças que tendem a dificultar a filtração do plasma nos capilares glomerulares. Dessa forma a pressão efetiva de filtração nos capilares glomerulares é de apenas 10mmHg, ou seja, a diferença entre a pressão arterial média nos capilares (60mmHg) e a soma da pressão da cápsula de Bowman com a pressão coloido-osmótica do plasma. Diversos fatores podem afetar a filtração glomerular. O fluxo sanguíneo renal aumentado, pode aumentar o coeficiente de filtração e a quantidade final de urina produzida. O grau de vasoconstrição das arteríolas aferentes dos glomérulos faz variar a pressão glomerular e consequentemente a fração de filtração glomerular. O mesmo ocorre na estimulação simpática neurogênica ou através de drogas simpáticas como a adrenalina, por exemplo. O estímulo pela adrenalina produz constrição intensa das arteríolas aferentes, com grande redução da pressão nos capilares glomerulares que podem reduzir drasticamente a filtração do plasma e consequente formação de urina.

A pressão dos capilares: (semelhante às trocas nos alvéolos pulmonares porque dependem da diferença de pressões parciais). A pressão hidrostática do sangue fluindo através do endotélio força o líquido através do capilar permeável, pois a pressão dentro da capsula de Bowman é menor que a do capilar.

A pressão coloidosmotica (π) dentro dos capilares é maior que no liquido da capsula de Bowman, então favorece a volta para os capilares.

A capsula de Bowman, na presença de liquido, cria uma pressão hidrostática do líquido capsular que se opõe ao movimento de liquido para dentro da célula.

Existe uma taxa de filtração glomerular (TFG) que gira em torno de 125 ml/min ou 180L/dia. Essa taxa é influenciada por dois fatores: a pressão de filtração resultante e o coeficiente de filtração.

->Urina

Água (95%), ureia (2%) e ácido úrico, amónia, creatina e minerais, entre os quais sódio, potássio, cálcio, fosfato, sulfato e magnésio (3%). Uma pessoa normal urina entre 700 ml a 2 litros por dia. O rim humano pode produzir concentração máxima de urina 1200 a 1400 mOsm/l (4 a 5 vezes a concentração do plasma) e mínima de 50 mOsm/l (1/6 do plasma).

“Volume obrigatório de urina: determinada pela capacidade máxima de concentração da urina e necessidade de excreção de solutos por dia. Ex: homem 70 Kg necessita excretar 600mOsm/dia/ 1200 mOsm/l = 0,5 l/dia”

  1. Descrever os mecanismos de reabsorção e excreção. Ressaltando as diferentes regiões dos túbulos em que ocorrem.

Reabsorção: 99% do volume do plasma que entra nos túbulos precisam ser reabsorvidos à medida que percorrem o néfron.

A reabsorção pode ser ativa ou passiva: O Na+ é reabsorvido por transporte ativo (através do TRANSPORTE TRANSEPITELIAL). O gradiente eletroquímico impulsiona a reabsorção do ânion; A água move-se por osmose, seguindo a reabsorção do soluto; A concentração de outros solutos aumenta à medida que o volume de líquido no lúmen diminui. SOLUTOS PERMEÁVEIS SÃO ABSORVIDOS POR DIFUSÃO.

O transporte ativo: O Na+ pode entrar nas células passivamente, pois a concentração iônica do plasma é similar à do filtrado (através prot. transportadoras). O transporte ativo ocorre através do transportador do antiporte (NHE) Na+- H+ que desempenha papel importante da reabsorção do íon sódio. Dentro do túbulo, esse íon é transportado ativamente para fora através da membrana pela enzima Na+K+ATPase.

O transporte secundário: O Na+ se move a favor do seu gradiente de concentração usando a proteína de co-transporte SGLT, que leva a glicose para o citoplasma contra seu gradiente de concentração. A glicose se difunde para fora usando o GLUT. O Na+ é bombeado para fora pela Na+K+ATPase.

A ureia é transportada passivamente para o meio extracelular logo após a saída de água do túbulo.

A pressão nos capilares peritubulares também favorecem a reabsorção de líquidos.

Secreção: Transferência de moléculas do líquido extracelular para o lúmen do néfron. Os mecanismos de secreção podem ser ativos ou passivos, enterramento a maioria da matéria orgânica secretada de volta para o lúmen do túbulo por transp. ativo secundário. Entre os secretos estão: medicamentos, macromolecular, íons de hidrogênio, potássio e amônia.

Excreção: Resultado de todos os processos que acontecem no rim;
Excreção= filtração – reabsorção + excreção.

  1.  Descrever o papel do rim no controle hidroeletrolítico, no equilíbrio ácido-base e na pressão arterial.

CONTROLE RENAL DO EQUILÍBRIO ÁCIDO-BÁSICO

Os rins controlam o balanço acidobásico ao excretar urina ácida ou básica. A excreção de urina ácida reduz a quantidade de ácido no líquido extracelular, enquanto a excreção de urina básica remove base do líquido extracelular.

Na acidose os rins não excretam HCO3- na urina, mas reabsorvem todo o HCO3- filtrado e produzem novo HCO3-, que é devolvido ao LEC (líquido extracelular). Os íons H+ não são em sua maior parte excretados como íons livres, mas sim em combinação com outros tampões urinários como o fosfato e a amônia. Os rins controlam a concentração de íons H+ do LEC através de 3 mecanismos básicos:

  • Secreção de íons H+
  • Reabsorção dos íons HCO3- filtrados
  • Produção de novos íons HCO3-.

No excesso de íons HCO3 – em relação aos íons H+ (alcalose metabólica), o excesso de íons HCO3- não podem ser reabsorvidos e então são excretados na urina.

Na acidose o excesso de íons H+, provoca a reabsorção completa de íonsHCO3- enquanto que o excesso de íons H+ passa para a urina (tamponados pelos íons fosfatos e amônia e excretados como sais).

A secreção de íons H+ e reabsorção de Bicarbonato ocorrem em todas as partes dos túbulos, exceto nos ramos delgados descendente e ascendente da alça de Henle, mas cerca de 80 a 90% ocorre no Túbulo Contorcido Proximal.

No excesso de íons HCO3 – em relação aos íons H+ (alcalose metabólica), o excesso de íons HCO3 – não podem ser reabsorvidos e então são excretados na urina.

Correlação da PA com o Sistema Urinário.

Os ajustes desses fatores são regidos por alterações da função renal e do sistema nervoso autônomo.

O sistema nervoso simpático, o qual faz parte do sistema nervoso autônomo, aumenta temporariamente a pressão arterial durante a resposta de “luta ou fuga”.

O sistema nervoso simpático aumenta tanto a frequência quanto a força dos batimentos

cardíacos. Ele também produz uma contração da maioria das arteríolas, mas expande as arteríolas de determinadas áreas, como na musculatura esquelética, onde é necessária uma maior irrigação sanguínea. Além disso, o sistema nervoso simpático diminui a excreção renal de sal e água, aumentando assim o volume sanguíneo do corpo.

O sistema nervoso simpático também libera os hormônios epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina), os quais estimulam o coração e os vasos sanguíneos. Os rins controlam a pressão arterial de vários modos. Se a pressão aumenta, os rins aumentam a excreção de sal e água, o que reduz o volume sanguíneo e faz a pressão retornar ao normal. Por outro lado, se a pressão cai, os rins diminuem a excreção de sal e água e, consequentemente, o volume sanguíneo aumenta e a pressão retorna ao normal.

Os rins também podem elevar a pressão arterial secretando a enzima renina, a qual estimula a produção do hormônio angiotensina, o qual, por sua vez, desencadeia a liberação do hormônio aldosterona. Sempre que uma alteração provoca a elevação da pressão arterial, é desencadeado

um mecanismo de compensação que procura compensar esse aumento e manter a pressão em níveis normais. Assim, um aumento no volume do sangue bombeado pelo coração, o qual tende a aumentar a pressão arterial, faz com que os vasos sanguíneos dilatem e que os rins aumentem a excreção de sal e água, o que tende a reduzir a pressão arterial. Entretanto, a arteriosclerose produz enrijecimento das artérias, impedindo sua dilatação, a qual auxiliaria na redução da pressão arterial aos seus níveis normais. Alterações arterioscleróticas renais podem comprometer a capacidade dos rins de excretar sal e água, o que contribui para a elevação da pressão arterial.

O decréscimo da pressão arterial ativa uma via completa que resulta na liberação do horm. angiotensina II, que estimula a secreção de aldosterona.

  1. Identificar os tipos de terapias renais, destacando a diálise.

Diálise é o nome genérico que se dá a qualquer procedimento que promova a remoção das substâncias tóxicas que ficam retidas quando os rins deixam de funcionar adequadamente. De uma maneira muito simplificada seria a filtragem do sangue. Ela tem como princípio a retirada de líquido e toxinas como ureia e creatinina do paciente com insuficiência renal, além de poder corrigir distúrbios no pH, no sódio e no potássio sanguíneos, entre outros.

A diálise não tem como objetivo tratar a doença renal, mas sim substituir os rins que estão com seu funcionamento prejudicado. Ela é indicada para pacientes que apresentam deficiência no funcionamento de seus rins. Habitualmente, os dois rins juntos apresentam menos do que 10% de sua capacidade funcional quando se indica o início do tratamento dialítico.

Hemodiálise – Uso de um equipamento específico que filtra o sangue diretamente e o devolve ao corpo do paciente com menos impurezas.

Diálise peritoneal: Uso de equipamento específico que infunde e drena uma
solução especial diretamente no abdômen do paciente, sem contato direto com o sangue.

Duração da diálise A diálise não é necessariamente para toda a vida. A melhor opção de terapia de substituição renal é, sem dúvida, o transplante renal. Essa modalidade está claramente associada à melhor qualidade de vida e sobrevida. Há pacientes que apresentam doença renal tratável e reversível, e que são submetidos à diálise somente enquanto os rins estão comprometidos. Na medida em que os rins se recuperam, o tratamento pode ser interrompido.

  • Hemodiálise: a solução de diálise passa pelo filtro, ocorrendo trocas de solutos com o sangue por difusão, ultrafiltração e convecção. Nesse processo, a quantidade de líquido removida é de 3 a 6 litros, levando de três a cinco horas em terapia convencional.
  • Hemofiltração: não se usa a solução de diálise, ocorrendo somente a ultrafiltração e convecção. Nesse caso, é utilizado dialisador de alto fluxo, ou seja, bastante permeável à água. Sendo assim, o volume de líquido retirado do paciente é de 30 a 50 litros por dia. Por esse motivo é infundida uma solução de reposição a fim de compensar a variação de volume.
  • Hemodiafiltração: é a combinação da hemodiálise e hemofiltração. Usa-se solução de diálise e filtro de alto fluxo permitindo uma ultrafiltração de 30 a 50 litros por dia, com a necessidade de se utilizar solução de reposição.

15/03/2016 – Exame Físico de Cabeça e Pescoço

  1. Descrição da atividade

  Na aula anterior nos foram dadas orientações sobre o que deveria ser estudado e essa aula serviria para colocar em prática o conhecimento adquirido. Estudei inspeção (estática e dinâmica), palpação (superficial e profunda), percussão (direta e bidigital) e ausculta (direta e indireta). E também demos enfoque no exame de cabeça e pescoço (face, crânio, olhos, ouvidos, nariz, pulsos e linfonodos).

  1. O que aprendi

    I) Inspeção

    A inspeção pode ser dividida em duas partes: estática e dinâmica.

    a. Estática: Basicamente devemos olhar a aparência do tórax, observar se o paciente possui desvios na coluna. Também deve-se observar a estrutura do esterno, das costelas e das vértebras, pois isso pode ser indicativo de certas alterações estruturais.

    b. Dinâmica: A inspeção dinâmica visa definir o padrão respiratório do paciente, podendo apresentar os seguintes padrões:

    1. Eupneico: respiração normal sem dificuldades e com frequência normal.

    2. Taquipnéia: respiração com frequência aumentada.

    3. Bradipnéia: respiração com frequência diminuída. Há ainda alguns outros padrões que você não irá precisar por enquanto.

Uma inspeção generalizada ao longo da consulta pode revelar presença de febre, icterícia, cianose, palidez, busca por uma posição que amenize uma dor torácica, dificuldade para respirar (dispneia) a esforços habituais, dificuldade para respirar em decúbito (deitado – como ortopneia), edema (inchaço) de membros inferiores, ascite, dentre outros.

II) Palpação

 É um importante método propedêutico que permite o conhecimento da sensibilidade, o estado da parede (sua tensão), e a posição propedêutica das vísceras abdominais.

 a. Superficial

É feita com a mão espalmada, deve ser feita de cima para baixo com leves abalos (de 2 a 3) abaixando mais ou menos 2 centímetros. Comparando um lado com o outro, se está doloroso ou não. Conseguimos analisar também a sensibilidade, a temperatura, a espessura da parede, a resistência a tensão, a continuidade (sem tem solução de continuidade) e pulsações.

– Sensibilidade: se está doendo ou não. Temos que dar atenção especial em dois pontos (ponto cístico e apendicular). O ponto Cístico é na LMC direita com inserção na reborda costal, podendo haver um comprometimento da vesícula biliar. O ponto clássico para o apêndice é o ponto de Mc Burney (1/3 distal entre a cicatriz umbilical e a crista ilíaca ântero superior direita), se houver dor é sinal de apendicite.

– Temperatura: da pele de acordo com a sensibilidade térmica tátil da mão do examinador.

– Espessura da pele: através dos abalos não é possível saber com certeza, se houver dúvida sobre um espessamento podemos pinçar a pele com os dedos e identifica se há ou não o espessamento.

– Resistência à tensão: é possível através dos abalos realizados pelo movimento metacarpo-falangeano, se a tensão for maior fará poucas ondas, se for menor fará muitas.

b. Profunda

É dividida em duas fases, sendo uma dela a palpação profunda geral do abdome, onde será palpado de uma forma geral, onde pegará estruturas gerais, algumas alterações gerais do abdome, palpação difusa das alças intestinais do ID (Intestino Delgado) e a segunda fase é a palpação específica, onde palparemos o fígado, o baço, o rim, o colo sigmoide, os colos ascendente e descendente, o colo transverso (diferenciando-o do estômago) e o ceco, sendo essas as possíveis palpações.

III.Percussão

 a. Direta: golpes com as polpas digitais são dados na região alvo. Movimento de martelo, sempre retirando as polpas para que a vibração ocorra.
b. Digito-digital: golpes com o leito ungueal do dedo médio são dados no dorso do dedo médio da outra mão.

  • Som timpânico: som de característico de estruturas mais “ocas”.

  • Som submaciço: ocorre quando há líquido interposto.

  • Som maciço: obtido quando se percute regiões mais “densas”, sente-se que está percutindo algo sólido

IV. Ausculta Pulmonar

 Ausculta direta: Diretamente pelo ouvido do examinador;
 Ausculta indireta: Com auxílio do estetoscópio.

Para a ausculta, devemos pedir ao paciente que realize inspirações e expirações profundas com a boca entreaberta, sem realizar barulho, uma vez que isso pode gerar alguns ruídos adventícios (sons anormais e não esperados num exame normal).

V. Exame físico de Cabeça e Pescoço

  1. Cabelos e pelos – Inspeção e palpação:  Quantidade, coloração, hidratação, textura, distribuição e couro cabeludo também (coloração e integridade).

  1. Crânio  inspeção e palpação (percussão e ausculta úteis em casos de tumores): Formato, sensibilidade, depressões, tamanho e movimentação.

  1. Pele/ Face: Coloração, textura, integridade, umidade, turgor, espessura, mobilidade, sensibilidade e lesões.

  1. Sobrancelha – inspeção: Quantidade, distribuição e sincronismo.

  1. Olhos: maior parte pela inspeção

  • Posição e alinhamento dos olhos (exo e enoftalmia, nistagmo e estrabismo)

  • Pálpebra: posição e lesões

  • Aparelho lacrimal: edema, ressecamento ou lacrimejamento excessivo

  • Conjuntiva e esclerótica: pedir para paciente olhar para cima: coloração, umidade e lesão.

  • Pupilas: forma (midríase- dilatação/miose- contração), localização, tamanho (aniscoria- desiguais/ Isocoria-normais) e reflexo (lanterna e convergência)

  • Córnea e cristalino: ver opacificação (auxilio de lanterna) – catarata

  • Íris: procurar presença/ ausência sombra (auxílio de lanterna) – glaucoma

  • Teste de acuidade visual: ler cartão com um dos olhos tampados

  • Campos visuais: paciente olha no olho do médico que vai passar os dedos para que o paciente os acompanhe, vertical e horizontalmente

  • Musculatura extraocular: pedir que paciente acompanhe com os olhos o movimento de um lápis, por exemplo.

  1. Ouvidos: inspeção externa, palpação e otoscopia

  • Inspeção: processos inflamatórios e neoplásicos do pavilhão da orelha, assim como cistos e reações edematosas (otorragia – sangue, otorreia- corrimento mucoso ou purulento, otite- inflamação)

  • Palpação: reações linfonodais e sensibilidade.

  • Prova do relógio: algodão no ouvido não examinado para ver a qual distancia o paciente ouve o som do relógio (com relação ao ouvido sem algodão).

  1. Nariz: Observar dor, espirro, alteração no olfato, ronco, dispneia, etc.

  • Inspeção: Tipo de nariz, tamanho, desvio de septo (narinas) e simetria.

  • Palpação:

    1. Sensibilidade

    2. Tumorações

    3. Seios paranasais (frontais, etmoidais, esfenoidais e maxilares)

    4. Linfonodos: Pré- auricular, auricular posterior, amigdaliano, submandibular, amigdalianos, parotidianos (pré e infra-auriculares), etc. Observar e palpar se estão inchados, consistência e temperatura do local.

  • Exame físico geral do paciente João
  • Frequência cardíaca: 81 bpm
  • Frequência respiratória: 28 irpm
  • Pulso: 86 bpm
  • Temperatura: 36,4 ºC
  • Estado geral: BEG – bom estado geral
  • Fácie normal
  • Atitude ativa e voluntária
  • Mucosa normal: coloração rosa e hidratada
  • Pele com turgor e umidade em estado de normalidade
  • Não apresenta edemas
  • Cabelo com quantidade adequada e bem distribuído
  • Couro cabeludo: não apresenta depressões e nem elevações. Hidratado e em estado normal.
  • Sobrancelha: Coloração normal, assimétrica em relação a outra. Possui movimento normal.
  • Olhos: Pálpebras normais, pupilas de tamanho normal e iguais. Conjuntiva e esclerótica normais.
  • Orelhas: Simétricas.
  • Nariz: Ausência de dor ou incomôdo, assimétrico.
  • Linfonodos em bom estado

3. O que tive dificuldade/preciso aprender

Como era a primeira aula sobre essa parte do exame, fiquei um pouco insegura. Preciso melhorar meu conhecimento sobre linfonodos, tive dificuldade para palpá-los.

4. Reflexão

 Com a ajuda dos colegas e dos professores consegui sanar as dúvidas e chegar ao fim da atividade com êxito. Foi uma boa aula. Espero que as práticas continuem assim.

Tutoria 3: “Uma idosa quietinha demais”

Questões

  1. Descrever morfologicamente o Sistema Cardiovascular. Diferenciar veias e artérias.

  2. Descrever a geração e a condução dos estímulos elétricos no coração, além de sua regulação através do SNA (maior ou menor frequência). Falar do marca-passo natural.

  3. Compreender o registro da atividade elétrica cardíaca, relacionando com o ECG (eletrocardiograma).

  4. Caracterizar o ciclo cardíaco (sístole e diástole) e sua regulação, feita pelo SNC, em curto prazo (susto/estresse).

  5. Conceituar débito cardíaco e descrever seus mecanismos de controle.

  6. Conceituar pressão arterial sistólica e diastólica e como é feito o seu controle. Cite quais fatores as influenciam.

  7. Definir perfusão e seus mecanismos de manutenção. Falar de tipos de capilares e vasos.

  8. Correlacionar os sinais e sintomas da mãe e da filha. Compreender o problema, justificando-o.

Respostas

  1. Descrever morfologicamente o Sistema Cardiovascular. Diferenciar veias e artérias.

O sistema cardiovascular tem a função de distribuir o sangue para todos os órgãos e tecidos do corpo humano. Para realizar essa função ele necessita de uma bomba muscular (o coração) e de vasos sanguíneos (artérias, veias e capilares).

Observe o esquema do coração humano, existem quatro cavidades:

  • Átrio direito e átrio esquerdo, em sua parte superior;
  • Ventrículo direito e ventrículo esquerdo, em sua parte inferior.

O sangue que entra no átrio direito passa para o ventrículo direito e o sangue que entra no átrio esquerdo passa para o ventrículo esquerdo. Um átrio não se comunica com o outro átrio, assim como um ventrículo não se comunica com o outro ventrículo. O sangue passa do átrio direito para o ventrículo direito através da valva atrioventricular direita; e passa do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo através da valva atrioventricular esquerda.

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O átrio direito recebe sangue das veias cavas inferiores e o átrio esquerdo recebe das veias pulmonares.
Os ventrículos recebem o sangue atrial e o bombeiam. O ventrículo direito para as artérias pulmonares e o ventrículo esquerdo para a aorta.

O coração humano um órgão cavitário (que apresenta cavidade), basicamente constituído por três camadas:

  • Pericárdio/Epicárdio – é a membrana que reveste externamente o coração, como um saco. Esta membrana propicia uma superfície lisa e escorregadia ao coração, facilitando seu movimento ininterrupto. Formada de tecido seroso;
  • Endocárdio – é uma membrana que reveste a superfície interna das cavidades do coração. É formada por epitélio liso simples e tecido conjuntivo;
  • Miocárdio – é o músculo responsável pelas contrações vigorosas e involuntárias do coração; situa-se entre o pericárdio e o endocárdio. Camada mais espessa, composta de musculo cardíaco.

Existem três tipos básicos de vasos sanguíneos em nosso corpo: artériasveias e capilares.

  1. Artérias

As artérias são vasos de paredes relativamente espessa e muscular, que transporta sangue do coração para os diversos tecidos do corpo. A maioria das artérias transporta sangue oxigenado, mas as artérias pulmonares transportam sangue não oxigenado 3do coração até os pulmões. A aorta é a artéria mais calibrosa (de maior diâmetro) do corpo humano.

  1. Veias

As veias são vasos de paredes relativamente finas, que transportam sangue dos diversos tecidos do corpo para o coração. A maioria das veias transporta sangue não oxigenado, mas as veias pulmonares transportam sangue oxigenado dos pulmões para o coração. As veias cavas superior e inferior são as mais calibrosas do corpo humano.

  1. Descrever a geração e a condução dos estímulos elétricos no coração, além de sua regulação através do SNA (maior ou menor frequência). Falar do marca-passo natural.

Existem dois tipos de células da musculatura cardíaca: As células contráteis, responsáveis pela mecânica (contração e dilatação) do miocárdio, e as células condutoras, responsáveis pela formação e condução do potencial de ação e, consequentemente, comando das células contráteis.

As células condutoras, também conhecidas como células marca-passo (nodos sinoatrial e atrioventricular, feixe de His e fibras de Purkinge), possuem a capacidade única de gerar potenciais de ação de forma espontânea na ausência de estímulo do sistema nervoso, caracterizando o automatismo cardíaco. Isso ocorre, pois, essas células possuem potencial de membrana instável, causada por canais sódio e potássio diferenciados. Uma vez que o Nodo sinoatrial é o mais sensível aos estímulos e seu potencial espontâneo ocorre com maior velocidade, ele é o comandante principal do movimento cardíaco e principal marca-passo, enviando estímulos para as células contráteis através das outras células condutoras.

No caso de Dona Malu, ocorria um mau funcionamento do nodo sinoatrial. Logo o impulso principal passou a ser gerado pelas outras células condutoras, principalmente pelo nodo atrioventricular. Sendo assim, a contração muscular perdeu seu comando único e, como o potencial dessas células não ocorre com a mesma frequência e velocidade do nodo sinoatrial, teve sua velocidade diminuída. O resultado foi uma frequência cardíaca lenta e arrítmica (evidenciada pelos sintomas de baixa pressão e pulsação lenta da paciente) que comprometendo a perfusão sanguínea e, consequentemente, a oxigenação tecidual, diminuindo o metabolismo basal, o que justifica a sonolência. A baixa captação de oxigênio pela hemoglobina justifica a palidez apresentada pela paciente.

O marca-passo implantado cirurgicamente no nodo sinoatrial tem a função de perceber os momentos em que ocorrem seu mau funcionamento e enviar um pulso elétrico para compassar o coração, fazendo com o que o órgão retorne ao seu funcionamento compassado.

A comunicação entre as células contráteis é possível graças às junções GAP, que permitem a passagem extremamente rápida das sinapses elétricas. O potencial de ação dessas células pode ser analisado através da seguinte divisão:

  • Fase 0: deflexão ascendente (despolarização); ocorre o aumento da condutância aos íons sódio – (influxo de sódio);
  • Fase 1: Repolarização inicial; fecham-se os canais de sódio – (diminui o influxo de sódio e inicia efluxo de potássio);
  • Fase 2: Platô; Abertura dos canais de cálcio – (influxo de cálcio e efluxo de potássio balanceados)
  • Fase 3: Repolarização; diminui a condutância aos íons cálcio e aumento da permeabilidade ao potássio – (diminui influxo de cálcio e aumenta o efluxo de potássio);
  • Fase 4: Potencial de repouso (equilíbrio entre efluxos e influxos).

A segunda fase descrita, a fase de platô, é o que torna essas células diferenciadas. Sua importância é permitir que o potencial de ação permaneça ativado por mais tempo, causando uma contração mais duradoura (fração de segundos) e permitindo um período refratário mais longo, evitando que essas células sofram uma nova despolarização imediata e permaneça relaxado por mais tempo, evitando uma contração contínua.

Onda P: O potencial de ação tem início espontâneo, em condições normais, no nodo sinoatrial, localizado na parte superior do átrio direito e se dispersa pelos dois átrios pelas vias intermodais e interatriais, estimulando a contração (sístole) dos músculos atriais. Esse impulso, impedido de passar diretamente aos ventrículos por conta de uma camada fibrosa densa na região atrioventricular, tem que passar pelo nodo atrioventricular, localizado no septo de mesmo nome, sofrendo um pequeno, porém significante atraso, que irá permitir o relaxamento (diástole) atrial, impedindo que átrios e ventrículos sofram contração simultânea.

Onda Q: Saindo do nodo atrioventricular, o impulso passa pelo feixe de His, localizado na região interventricular, e se ramifica nas fibras de Purkinge, localizadas no ápice do coração e contornando a parede ventricular, onde esse impulso irá estimular a contração das células do miocárdio (onda R/onda S), garantindo que a sístole ventricular tenha início apical e corra em sentido ao septo (de baixo para cima). Isso é importante uma vez que as artérias aorta e pulmonar estão localizadas na parte superior dos ventrículos, logo, o sangue tem de ser bombeado (onda T) nessa direção.

  1. Compreender o registro da atividade elétrica cardíaca, relacionando com o ECG (eletrocardiograma).

O eletrocardiograma é um exame que percebe, através de eletrodos, a propagação do potencial de ação e traduz em ondas a serem analisadas para estudo do funcionamento cardíaco do paciente. De forma geral, a primeira onda descrita é a P, que percebe a origem do impulso e despolarização atrial (entrada de íons sódio) que ocorre pouco antes de sua contração. O próximo segmento de ondas conta com as ondas Q, R e S, que descrevem, respectivamente, a despolarização no feixe de His e Fibra de Purkinge, miocárdio ventricular apical, despolarização ventricular tardia. A última onda, chamada T, descreve a repolarização.

 4. Caracterizar o ciclo cardíaco (sístole e diástole) e sua regulação, feita pelo SNC, em curto prazo (susto/estresse).

O ciclo circulatório, ele pode ser dividido em duas partes: A circulação pulmonar, na qual o sangue faz o percurso coração-pulmão – é caracterizada pela hematose pulmonar; e a circulação sistêmica, corpo-coração-corpo, na qual ocorrerá a oxigenação das células sistêmicas do corpo.

O ciclo cardíaco pode ser, para efeito de estudo, esquematizado da seguinte forma:

  1. Potencial de ação espontâneo no nodo sinoatrial:

    • Ventrículos em diástole (recebem sangue atrial)
    • Átrios em sístole;
    • Válvulas atrioventriculares abertas;
    • Válvulas semilunares fechadas.
  2. Potencial conduzido aos ventrículos:

    • Ventrículos em sístole (mandam sangue para as artérias);
    • Átrios em diástole (recebem sangue venoso);
    • Válvulas atrioventriculares se fecham (1º som);
    • Válvulas semilunares abertas.
  3. Fim do potencial de ação

    • Ventrículos em diástole (recebem sangue atrial. 70-80% do sangue atrial é passado para os ventrículos nessa fase).
    • Átrios em diástole (recebendo sangue e enviando);
    • Válvulas atrioventriculares fechadas;
    • Válvulas semilunares se fecham (2º som).

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As válvulas atrioventriculares são a tricúspide, localizada entre átrio e ventrículo direito, e mitral, localizada entre átrio e ventrículo esquerdo.

As válvulas semilunares estão localizadas nas artérias pulmonar e aorta.

O coração recebe inervação do sistema nervoso autônomo, de nervos simpáticos e parassimpáticos. A inervação parassimpática acontece por meio do nervo vago que se origina do núcleo vagal da medula oblonga e atinge majoritariamente os nodos sinoatrial e atrioventricular. a inervação simpática se origina do tronco encefálico e os axônios desses neurônios deixam os segmentos torácicos da medula espinhal e faz sinapses com os neurônios pós-ganglionares do coração, atingindo principalmente o músculo ventricular.

Os nervos parassimpáticos têm como efeito, se estimulados, a diminuição do ritmo do nodo sinoatrial, a diminuição da excitabilidade das fibras entre átrio e nodo atrioventricular atrasando ainda mais o impulso, a diminuição da frequência cardíaca. O mecanismo de ação desses nervos ocorre por meio da liberação da acetilcolina, que aumenta a permeabilidade aos íons potássio, permitindo a rápida saída desses íons gerando um efeito de hiperpolarização, o que deixa o potencial de repouso mais negativo e consequentemente mais difícil de despolarizar.

Os nervos simpáticos têm como efeito, se estimulados, o aumento da frequência de descargas sobre o nodo sinoatrial, o aumento da velocidade de condução por meio do aumento da excitabilidade das fibras do coração. O mecanismo utilizado por esses nervos é acionado por meio da liberação de noradrenalina que estimula os receptores adrenérgicos beta-1, aumentando a permeabilidade dos íons sódio e cálcio, tornando o potencial de repouso mais positivo e consequentemente mais fácil de despolarizar.

  1. Conceituar débito cardíaco e descrever seus mecanismos de controle.

O débito cardíaco é a quantidade de sangue bombeada pelo ventrículo esquerdo para a aorta em um intervalo de um minuto. O controle primário desse débito é o retorno venoso (quantidade de sangue que entra no coração), uma vez que o coração se adapta para bombear quantidades variáveis de sangue que entram.

6. Conceituar pressão arterial sistólica e diastólica e como é feito o seu controle. Cite quais fatores as influenciam.

A pressão arterial é a pressão exercida pelo sangue contra a parede das artérias. Ela é dependente do débito cardíaco e da resistência periférica dos vasos sanguíneos.

A regulação imediata da pressão arterial é feita pelo sistema nervoso, conforme já discutido. No entanto, em médio prazo, o controle é feito pelos mecanismos barorreceptores e quimiorreceptores.

Os barorreceptores ou receptores de estiramento estão localizados nas paredes de grandes artérias sistêmicas. Esses receptores percebem o aumento da pressão no interior dos vasos e mandam sinais para o centro vagal do bulbo e causam a diminuição da pressão arterial.

Os quimiorreceptores, localizados em corpos carotídeos e aórticos, são sensíveis ao baixo nível de oxigênio sanguíneo circulante (uma vez que ocorre diminuição do fluxo sanguíneo decorrente da baixa pressão arterial). Eles ativam o centro vasomotor, causando uma reação simpática que aumenta a pressão sanguínea.

A regulação mais eficaz a longo prazo, no entanto, é a realizada pelo sistema renal. A ligação direta entre os dois sistemas ocorre por meio do peptídeo natriurético possui importante papel na regulação da homeostase cardiovascular. Ele é produzido no átrio e liberado na corrente sanguínea em resposta a hipervolemia atuando assim no controle da pressão sanguínea promovendo a vasodilatação. Atua através da ativação de enzimas da família da guanilato-ciclase nas membranas celulares.

  1. Definir perfusão e seus mecanismos de manutenção. Falar de tipos de capilares e vasos.

A perfusão refere-se ao volume sanguíneo que chega e passa pela região alveolar onde acontecerá as trocas gasosas e consequentemente a oxigenação desse fluxo sanguíneo que retornará para os tecidos.

Tipos de capilares

Sinusoides: possuem um diâmetro maior e um trajeto tortuoso, reduzindo assim a velocidade do fluxo sanguíneo que passa por ele. Apresentam macrófagos em torno das paredes que atuam na defesa celular. São constituídos por uma lâmina basal descontínua e poros citoplasmáticos sem diafragma. São encontrados no fígado e principalmente em órgãos hemocitopoéticos.

– Fenestrados ou Viscerais: as células do seu endotélio apresentam fenestras (orifícios), geralmente recobertos por diafragma, facilitando assim a difusão e as trocas celulares. Possuem lâmina basal contínua e são encontrados em tecidos que necessitam de intenso intercâmbio de substâncias, como rins, glândulas endócrinas e intestino.

Pulmonares: são mais delgados e distensíveis. Sofrem variações juntamente com a pressão pulmonar a que são expostos.

Tipos de vasos sanguíneos

Capilares: São constituídos apenas por uma camada de células.

Artérias: São de grande calibre, muito espessas, elásticas e plásticas. Trazem o sangue do coração e são constituídas por três camadas.

Veias: São de menor calibre que as artérias. São elásticas e plásticas, mas menos espessas. Levam o sangue para o coração.

* As nossas veias contêm válvulas dos membros inferiores para baixo. Elas permitem ou não a passagem do sangue num só sentido.  As válvulas abertas permitem a passagem do sangue num só sentido, e as válvulas fechadas não permitem a passagem de sangue de modo algum.

 8. Correlacionar os sinais e sintomas da mãe e da filha. Compreender o problema, justificando-o.

No caso de Dona Malu, ocorria um mau funcionamento do nodo sinoatrial. Logo o impulso principal passou a ser gerado pelas outras células condutoras, principalmente pelo nodo atrioventricular. Sendo assim, a contração muscular perdeu seu comando único e, como o potencial dessas células não ocorre com a mesma frequência e velocidade do nodo sinoatrial, teve sua velocidade diminuída. O resultado foi uma frequência cardíaca lenta e arrítmica (evidenciada pelos sintomas de baixa pressão e pulsação lenta da paciente) que comprometendo a perfusão sanguínea e, consequentemente, a oxigenação tecidual, diminuindo o metabolismo basal, o que justifica a sonolência. A baixa captação de oxigênio pela hemoglobina justifica a palidez apresentada pela paciente.

No problema estudado, ao ver a mãe convalescida e pensar que havia falecido, a filha de Dona Malu teve um acesso de palpitações. Essa taquicardia foi causada pela situação de estresse em que ela se encontrava, que ativou o sistema nervoso simpático. Os nervos simpáticos têm como efeito, se estimulados, o aumento da frequência de descargas sobre o nodo sinoatrial, o aumento da velocidade de condução por meio do aumento da excitabilidade das fibras do coração, causando a taquicardia.

 

Tutoria 2: “Assim é covardia! ”

Questões

1. Caracterizar os componentes do Sistema Respiratório morfologicamente.
2. Descrever os mecanismos do Ciclo Respiratório (inspiração e expiração), ressaltando os músculos envolvidos.
3. Compreender os processos de difusão, transporte e distribuição dos gases nos pulmões e nos tecidos periféricos.
4. Quais fatores influenciam na afinidade/transporte dos gases (O2 e CO2) pela hemoglobina?
5. Explicar os mecanismos de regulação/controle do Ciclo Respiratório/Frequência Respiratória?
6. Compreender como o Sistema Respiratório influencia no equilíbrio hidroeletrolítico (sede) e ácido-base (cianose).
7. Caracterizar os mecanismos de ação do organismo frente às variações de altitude.
8. Compreender as alterações fisiológicas sofridas pelos jogadores, caracterizando a cianose.

Respostas

1. Caracterizar os componentes do Sistema Respiratório morfologicamente.

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O sistema respiratório pode ser dividido em vias aéreas superiores (nariz, cavidade nasal, faringe e laringe) e em vias aéreas inferiores (traqueia, brônquios, bronquíolos, alvéolos e pulmão). A principal função das vias aéreas é condicionar e conduzir o ar inspirado, de modo que no momento em que ele alcance a traqueia já esteja na temperatura corporal e completamente umidificado para chegar até os alvéolos.

O caminho percorrido pelo ar inspirado inicia-se no nariz, que possui pelos para reter as maiores partículas. É revestido também por células secretoras de imunoglobulinas que são a primeira linha de defesa imunológica. A cavidade nasal por onde o ar entra no sistema respiratório possui as fossas nasais (2 buracos), as quais possuem mucosas bastante irrigadas por capilares sanguíneos que são os principais responsáveis pelo aquecimento e umidificação do ar. É composta de células ciliadas e produtoras de muco.

O ar segue pela faringe, onde alcança a válvula epiglote que ao estar aberta é responsável por direcionar o ar para a laringe.

A laringe é um tubo cartilaginoso de forma irregular que conecta a faringe com a traqueia. Situa-se na parte superior do pescoço. Na laringe encontramos as cordas vocais, que são pregas horizontais na parede da laringe. Entre as cordas vocais há uma abertura chamada glote e é por ela que o ar entra na laringe, provocando uma vibração nas cordas vocais e produzindo som.

A traqueia é um tubo e suas paredes são reforçadas por uma série de anéis de cartilagem que impedem que as paredes se colapsem. O ar vai para a traqueia, que se ramifica em dois brônquios principais na região do arco da aorta; os brônquios que entram no pulmão na região do hilo, se ramificam novamente em brônquios lobares (secundários) que por sua vez se dividem em brônquios segmentares (terciários) tornando-se cada vez menos calibrosos até chegarem nos alvéolos. O epitélio é formado por células pseudoestratificadas ciliadas e células secretoras. Estes cílios servem para remover as partículas e microrganismos que entram com o ar inalado. O muco produzido pelas células secretoras serve como uma barreira também.

Os brônquios penetram no pulmão através do hilo. Esses brônquios ramificam-se várias vezes, originando os bronquíolos, que penetram no lóbulo pulmonar e ramificam-se, formando os bronquíolos terminais, que originam os bronquíolos respiratórios, que terminam nos alvéolos pulmonares.

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Os pulmões possuem consistência esponjosa, que está relacionada com a quantidade de sacos alveolares. O formato do pulmão lembra um cone e é revestido por uma membrana dupla serosa chamada pleura. Os dois pulmões são separados pelo mediastino, local onde está o coração, o esôfago, timo, artérias, veias e parte da traqueia.
O diafragma é um músculo situado abaixo do pulmão, e é onde ele se apoia. Separa o tórax do abdome e está relacionado com os movimentos da respiração.

Do nariz aos alvéolos, o epitélio se torna cada vez mais delgado e essa cartilagem vai sendo substituída por musculatura lisa que, posteriormente, dará lugar a apenas um epitélio simples e delgado nos alvéolos. Todas essas mudanças têm como objetivo facilitar as trocas gasosas através da difusão alvéolo-capilar (hematose).

 2Descrever os mecanismos do Ciclo Respiratório (inspiração e expiração), ressaltando os músculos envolvidos.

A respiração provê oxigênio aos tecidos e remove o dióxido de carbono. A fim de alcançar tais objetivos, a respiração pode ser dividida em quatro funções principais: (1) ventilação pulmonar, que significa o influxo e o efluxo de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares; (2) difusão de oxigênio e dióxido de carbono entre os alvéolos e o sangue-, (3) transporte de oxigênio e dióxido de carbono no sangue e nos líquidos corporais e suas trocas com as células de todos os tecidos do corpo; e (4) regulação da ventilação e outros aspectos da respiração.

Os pulmões podem ser expandidos e contraídos por duas maneiras: por movimentos de subida e descida do diafragma para aumentar ou diminuir a cavidade torácica e pela elevação e depressão das costelas para aumentar e diminuir o diâmetro anteroposterior da cavidade torácica. A Figura 37-1 mostra esses dois métodos.

A respiração tranquila normal é realizada quase inteiramente pelo primeiro método, isto é, pelos movimentos do diafragma. Durante a inspiração, a contração diafragmática puxa as superfícies inferiores dos pulmões para baixo. Depois, durante a expiração, o diafragma simplesmente relaxa, e a retração elástica dos pulmões, da parede torácica e das estruturas abdominais comprime os pulmões e expele o ar. Durante a respiração vigorosa, no entanto, as forças elásticas não são poderosas o suficiente para produzir a rápida expiração necessária; assim, força extra é obtida, principalmente, pela contração da musculatura abdominal, que empurra o conteúdo abdominal para cima, contra a parte inferior do diafragma, comprimindo, dessa maneira, os pulmões. O segundo método para expansão dos pulmões é elevar a caixa torácica. Isso expande os pulmões porque, na posição de repouso natural, as costelas se inclinam para baixo, como mostrado no lado esquerdo da Figura 37-1, possibilitando, desta forma, que o esterno recue em direção à coluna vertebral. Quando a caixa torácica é elevada, no entanto, as costelas se projetam quase diretamente para frente, fazendo com que o esterno também se mova anteriormente para longe da coluna, aumentando o diâmetro anteroposterior do tórax por cerca de 20% durante a inspiração máxima, em comparação com a expiração. Portanto, todos os músculos que elevam a caixa torácica são classificados como músculos da inspiração, e os que deprimem a caixa torácica são classificados como músculos da expiração. Os músculos mais importantes que elevam a caixa torácica são os intercostais externos, mas outros que auxiliam são (1) músculos esternocleidomastóideos, que elevam o esterno; (2) serráteis anteriores, que elevam muitas costelas; e (3) escalenos, que elevam as duas primeiras costelas. Os músculos que puxam a caixa torácica para baixo, durante a expiração, são principalmente o (1) reto abdominal, que exerce o efeito poderoso de puxar para baixo as costelas inferiores, ao mesmo tempo em que, em conjunto com outros músculos abdominais, também comprime o conteúdo abdominal para cima contra o diafragma e (2) os intercostais internos. A Figura 37-1 também mostra o mecanismo pelo qual os intercostais externos e internos agem produzindo a inspiração e a expiração. Do lado esquerdo, as costelas durante a expiração estão anguladas para baixo, e os intercostais externos estão alongados anterior e inferiormente. Conforme eles se contraem, puxam as costelas superiores para frente com relação às inferiores, o que causa mecanismo de alavanca nas costelas, para as levantar, produzindo inspiração. Os intercostais internos funcionam exatamente de modo oposto, atuando como músculos expiratórios, porque se angulam entre as costelas, na direção contrária, e produzem a alavanca oposta.

Como os pulmões não possuem a capacidade de receber e expulsar ar por si só, deve ocorrer um aumento e, por conseguinte, uma diminuição da caixa torácica para gerar uma diferença de pressão parcial dos gases (pO2 e pCO2). Ao passo que os gases fluem do local em que a pressão parcial está mais elevada para onde está mais baixa, assim, ocorre o primeiro processo da respiração, a ventilação, que é composta por dois movimentos. O primeiro, é a entrada de ar (inspiração) que ocorre devido à expansão da caixa torácica por meio da ação dos músculos: diafragma, que se contrai e traciona a superfície inferior dos pulmões para baixo; e os intercostais externos, que se contraem e tracionam as costelas e o osso esterno para cima e para diante aumentando o volume da caixa torácica no sentido anteroposterior. Concomitantemente à contração desses músculos ocorre o movimento pleural, uma vez que o líquido interpleural traciona a pleura visceral, resultando na expansão dos pulmões que gera internamente uma pressão menor que a atmosférica, logo o ar flui do meio externo – pO2 alta – para o meio interno – pO2 baixa. O segundo movimento é a saída de ar (expiração), que ocorre pela diminuição da caixa torácica devido ao relaxamento do diafragma, diminuindo assim o volume e aumentando a pressão interna o que facilita a expulsão do ar rico em dióxido de carbono.

  1. Compreender os processos de difusão, transporte (perfusão) e distribuição dos gases nos pulmões e nos tecidos periféricos.

Após a passagem do gás oxigênio pela zona de condução, ele segue pela zona respiratória até chegar aos alvéolos, onde acontece a oxigenação do sangue venoso. Essa oxigenação ocorre por meio do processo de difusão, ou seja, o gás oxigênio flui dos alvéolos – pO2 alta – para os capilares pulmonares – pO2 baixa – e na corrente sanguínea esse gás liga-se à hemoglobina e será transportado pela hemácia. E o gás dióxido de carbono flui dos capilares – pCO2 alta – para os alvéolos – pCO2 baixa – e segue o caminho inverso que o O2 faz, para ser expulso no ambiente. 

Quando estamos submetidos a uma inspiração e/ou expiração forçada, o processo não altera, mas há ação de outros músculos, ou seja, além dos citados acima na inspiração há os músculos: esternocleidomastoideo, escalenos e serrátil anterior; e na expiração há os músculos: intercostais internos e os abdominais (reto, transverso e oblíquos).

            Para que esse processo ocorra deve-se lembrar das leis dos gases em que um gás se difunde de um meio de maior pressão para o de menor. Pensando na Lei de Boyle, dado uma temperatura constante, a pressão e o volume são inversamente proporcionais, portanto é preciso que o volume dos pulmões aumente para que a pressão diminua, ocasionando a entrada do ar atmosférico.

            A perfusão refere-se ao volume sanguíneo que chega e passa pela região alveolar onde acontecerá as trocas gasosas e consequentemente a oxigenação desse fluxo sanguíneo que retornará para os tecidos. Esse processo, é influenciado pela posição corporal e pela gravidade e devido a isso, a perfusão, se torna maior nas bases pulmonares do que no ápice. Sendo assim, é possível perceber que a perfusão se torna mais fácil nas bases devido ao fato de o fluxo sanguíneo exercer uma força menor contra a gravidade para chegar nas bases em comparação ao ápice. Isso faz com que o fluxo sanguíneo se torne maior nas bases e consequentemente aumente a perfusão.

            Após essa troca gasosa, os oxigênios ligados à hemoglobina serão transportados pelo sangue para atingir os tecidos que necessitam do gás. Para que o oxigênio solte da hemoglobina e vá para o tecido, é necessário que a pressão parcial de oxigênio no tecido seja menor que a do sangue. Assim, esse sangue oxigenado é capaz de distribuir oxigênio para todos os tecidos.

  1. Quais fatores influenciam na afinidade/transporte dos gases (O2 e CO2) pela hemoglobina?

Três fatores influenciam a difusão nos pulmões (hematose = oxigênio dos alvéolos para os capilares sanguíneos):

  1. Área de superfície: Difusão e Área diretamente proporcionais
  2. Gradiente de concentração: difusão e gradiente de concentração são diretamente proporcionais
  3. Espessura da membrana: difusão e espessura inversamente proporcionais.

A PO2 alveolar normal é 100mmHg e a PO2 do sangue venoso que chega aos pulmões é de 40 mmHg. Logo, o oxigênio será transportado dos alvéolos para os capilares (lei dos gases = da maior pressão para a menor). Ocorrerá o equilíbrio e a PO2 do sangue arterial será de 100mmHg também. Este sangue arterial alcançará os capilares teciduais e lá a PO2 intracelular é de 40 mmHg, portanto, por conta da lei de gases, haverá o transporte de O2 do sangue arterial para os tecidos.

Já com a PCO2 é o contrário! Sua pressão é maior nos tecidos do que no sangue capilar…. Dessa maneira, o PCO2 celular será transportado para os capilares e, finalmente, para os alvéolos e será eliminado.

Nos capilares pulmonares, onde a PO2 aumenta conforme o oxigênio é absorvido, a hemoglobina se liga ao oxigênio.

A hemoglobina é uma proteína com estrutura quaternária, possuindo quatro cadeias de proteínas globulares, cada uma enrolada em um grupo heme. Cada grupo Heme contém um átomo central de ferro que pode-se ligar com uma molécula de oxigênio. Cada molécula de hemoglobina tem o potencial de ligar-se a 4 moléculas de O2.

Afinidade O2 – HEMOGLOBINA

Quanto maior a concentração de O2, mais O2 se liga na HEMOGLOBINA.

FATORES: mudanças fisiológicas no pH do plasma, na PCO2 e na temperatura alteram a afinidade. Se o pH diminui (fica acido) e tem um aumento da PCO2, a afinidade diminui. Períodos prolongados de ar rarefeito (pouca concentração de O2) fazem com que os eritrócitos produzam 2,3-DPG (difosfoglicerato)

  1. Explicar os mecanismos de regulação/controle do Ciclo Respiratório/Frequência Respiratória?

A respiração é controlada pelo sistema nervoso central, mais especificamente no tronco encefálico (bulbo e ponte). No bulbo localiza-se o centro respiratório, o qual é dividido em centro inspiratório e expiratório. O centro inspiratório é responsável pela frequência da inspiração, por isso controla a respiração calma e tranquila, enquanto o centro expiatório é ativado apenas quando a respiração é forçada. Existem quimiorreceptores centrais e periféricos que atuam na regulação da frequência respiratória. Os quimiorreceptores centrais estão localizados próximos ao centro inspiratório, comunicando assim diretamente com o centro. Pelo fato de a membrana hematoencefálica ser permeável ao dióxido de carbono, em níveis elevados, esses ultrapassam a membrana, dessa forma o CO2 reage com a água, formando ácido carbônico, o qual se dissocia em ânion bicarbonato e cátion h+, levando assim à diminuição do pH. Essa mudança é percebida por esses quimiorreceptores que enviarão a mensagem ao centro inspiratório, o qual pelo nervo frênico levará o estimulo para a contração do diafragma, aumentando assim a frequência respiratória. Já os quimiorreceptores periféricos se encontram nos corpos carotídeos e aórticos, detectando a variação nas pressões parciais de dióxido de carbono e oxigênio, além da variação de pH. Por exemplo, se a pressão parcial de oxigênio estiver entre 100 e 60 mmHg, esses receptores não detectarão alteração. Porém, se estiver abaixo de 60 mmHg, os receptores serão estimulados e mandarão um sinal através do nervo vago ao centro inspiratório, que mandará um estimulo pelo nervo frênico para que o diafragma contraia, consequentemente aumentando frequência respiratória.

  1. Compreender como o Sistema Respiratório influencia no equilíbrio hidroeletrolítico (sede) e ácido-base (cianose).

A cianose é caracterizada pela coloração azulada da pele e das mucosas, essa coloração é determinada pelo fluxo de sangue. O sangue rico em oxigênio é vermelho vivo, enquanto que o sangue com falta de oxigênio, é vermelho escuro, por isso a pessoa com o sangue pobre em oxigênio apresenta a cor azulada. A cianose pode ser do tipo central ou periférica. A cianose central é resultado da baixa taxa de oxigênio no sangue, que pode ser resultado da baixa concentração de oxigênio no ambiente, como ocorre em grandes altitudes. No entanto, a cianose periférica está relacionada com o déficit da circulação, o que leva a uma extração mais acentuada de oxigênio do sangue nas extremidades. Isso pode ocorrer em casos de vasoconstrição decorrente da exposição ao frio.

            A curva de saturação de hemoglobina descreve a relação entre a quantidade de oxigênio ligado à hemoglobina e a quantidade de oxigênio dissolvido no sangue. Para a saturação ser de 100% cada molécula de hemoglobina teria que se ligar a quatro moléculas de oxigênio. Essa curva é sigmoide pois a afinidade da hemoglobina funciona de acordo com a cooperatividade positiva, ou seja, é mais difícil que a primeira molécula de oxigênio se liga a ela, contudo, as próximas ligações se tornam mais fáceis a partir da primeira. Assim, justifica-se o formato da curva. Outro ponto importante é o p50, que é o pO2 na qual a hemoglobina está 50% saturada. E a alteração desse valor é o que caracteriza a afinidade da hemoglobina. Variações da curva podem ocorrer, tanto para a direita, quanto para a esquerda. Quando está desviada para a direita é resultado da diminuição da afinidade da hemoglobina pelo oxigênio, e aumento da facilidade de descarga de oxigênio. Os motivos para que isso ocorra são: aumento da pressão parcial de dióxido de carbono, queda do pH, aumento da temperatura e aumento do 2,3-DPG. O desvio para a esquerda é resultado do aumento da afinidade das hemoglobinas pelo oxigênio, caso este que pode ser encontrado na circulação fetal. Como o feto necessita de oxigênio, sua hemoglobina tem mais afinidade que a hemoglobina materna, dessa maneira o oxigênio se difunde para a hemoglobina fetal. No individuo adulto a variação para a esquerda é resultado de um decréscimo da pressão parcial de dióxido de carbono, da temperatura e da concentração de 2,3-DPG.

         A cordilheira dos Andes, a mais de 4.000m de altitude possui um ar rarefeito, isto é, com baixa quantidade de O2 dissolvido devido à baixa pressão atmosférica. Pressionado pela tabela de jogos, jogadores e comissão técnica teriam que chegar no local somente na véspera do jogo, não dando tempo para os atletas se ambientarem e se adaptar às condições climáticas deixando inviável a rápida produção de hemácias para deixar mais eficaz a perfusão pelo corpo do atleta. O resultado foi que em cada corrida dos atacantes parecia um esforço imenso, pois estavam em hiperventilação, a qual é causada pela resposta da baixa pO2 e alta pCO2 que é percebida pelos barorreceptores, os quais estimulam o centro respiratório a aumentar a frequência respiratória, consequentemente aumentando a ventilação. Porém com problema na perfusão, o sistema respiratório ficava comprometido e não chegava oxigênio necessário para o metabolismo celular. Assim, devido à hiperventilação e alta difusão de CO2 levou a uma acidose alguns jogadores tiveram que inalar oxigênio para aumentar a difusão de oxigênio para o sistema circulatório e tentar reestabilizar o organismo. Outros jogadores tiveram que ser hospitalizados sentindo muita sede pelo ressecamento do sistema respiratório, muita falta de ar, sensação causada pelo ar rarefeito. Mas tarde os exames tinham mostrado uma alcalose no sangue porque o organismo como uma forma de tentar estabilizar o corpo começa a deslocar o equilíbrio para produção de CO2 revertendo o quadro. Uma outra resposta do organismo, porém a longo prazo, é o aumento do número de hemácias, esse aumento é provocado pela produção de eritropoietina pelos rins, a qual estimula a medula óssea a produzir hemácias, dessa forma aumentando a captação do O2 disponível.

  1. Caracterizar os mecanismos de ação do organismo frente às variações de altitude.

Observe ainda que em decorrência do aumento da altitude há uma queda da pressão parcial de oxigênio (PO2), que é a pressão exercida pelo gás oxigênio. O resultado da diminuição da PO2 está diretamente ligado à dificuldade em respirar. Esta situação caracteriza-se pelo estado clínico conhecido como hipóxia.

Primeiramente ocorre um grande aumento da ventilação pulmonar em decorrência da exposição imediata à pressão parcial de oxigênio baixa. Quando o corpo é submetido a PO2 diminuída há uma estimulação hipóxica dos quimiorreceptores arteriais – estruturas presentes nas bifurcações das artérias responsáveis por transmitir sinais nervosos para o centro respiratório cerebral, fundamentando a regulação da atividade respiratória – resultando num aumento de até cinco vezes o normal da ventilação pulmonar. Esse é um efeito de grande importância, pois permite que a pessoa possa subir vários milhares de metros mais alto do que seria possível na ausência da ventilação aumentada.

(2) Em seguida existe um aumento do número de hemácias resultante da exposição a condições de hipóxia. As hemácias, também chamadas de glóbulos vermelhos, são células presentes no sangue responsáveis pelo transporte de oxigênio e gás carbônico para os tecidos. Esse efeito é lento e gradativo, completando-se apenas após muitos meses na situação de aclimatação.

(3) O aumento da capacidade de difusão é o próximo passo da aclimatação. A difusão do oxigênio é caracterizada pela passagem do gás das pequenas artérias para as membranas dos alvéolos pulmonares. Esse efeito é comum e está presente, por exemplo, durante o exercício físico. Parte desse aumento resulta do volume aumentado de sangue que chega aos pulmões pelos capilares pulmonares, o qual expande os vasos sanguíneos e aumenta a área da superfície na qual o oxigênio difunde-se para o sangue. O propósito do aumento da difusão do oxigênio através da membrana pulmonar é o de garantir um maior suprimento de gás oxigênio ao pulmão em situações em que se tem uma redução da capacidade respiratória e da capacidade de captação de oxigênio.

(4) Por último, mas não menos importante, há um aumento da capacidade das células dos tecidos corporais de utilizar o oxigênio, mesmo com a baixa PO2. Este efeito, de certa forma, procura compensar a redução da pressão de oxigênio presente.

  1. Compreender as alterações fisiológicas sofridas pelos jogadores, caracterizando a cianose.

A cianose é a coloração azulada ou roxa que aparece na boca, na pele ou unhas. A cianose não é uma doença, mas sim um sintoma de falta de oxigênio no sangue.

O ar que respiramos possui oxigênio que ao entrar no pulmão é transferido para o sangue, quando o ar que inspiramos tem pouca quantidade de oxigênio, como acontece em grandes alturas ou quando há muita poluição, é comum a cianose aparecer.

A cianose também aparece quando há má circulação sanguínea naquele local específico ou quando o indivíduo sente frio.

O tratamento para a cianose dependerá da causa do seu aparecimento, podendo incluir o uso de máscara de oxigênio, vestir roupas mais quentes ou até realizar alguns pequenos exercícios físicos para melhorar a circulação sanguínea.

09/03/2016 – Dinâmica da fila

    Essa aula é baseada em uma atividade interativa chamada de dinâmica da fila.

   Fomos orientados a ir para os consultórios disponíveis na faculdade alguns de nós foram para o corredor e formamos uma fila, onde esperávamos o atendimento do médico. Alguns grupos foram divididos em sala de espera onde possuíam um certo conforto.

 Foi uma dinâmica muito interessante, pois nos fez enxergar e entender a revolta e impaciência dos pacientes. A demora é muita e me parece que a espera é pior ainda, sem contar que uma fila, por si só, já é cansativa.

  Coube a nós também a reflexão sobre quanto tempo as pessoas dedicam a aguardar na fila e quando são atendidos, são maltratados, têm seus sinais e sintomas negligenciados e entre outras situações.

   Além disso, acredito que essa aula foi importante para deixar claro para muitos alunos – inclusive eu – sobre os privilégios que possuímos, por sermos pessoas com mais acesso a bens e muitos também são usuários de planos privados.

   Gostei muito da aula, pois me fez refletir muito sobre certas questões. Acho também que a dinâmica deve continuar dessa maneira, pois nos faz refletir e nos coloca no papel do paciente que tem que esperar e ainda lidar, às vezes, com um atendimento medíocre.

08/03/2016 – Exame Físico Geral II

  1. Descrição

  A segunda aula de exame físico geral aconteceu novamente nos consultórios. Um trio em cada salinha iria simular e revisar o conteúdo da última aula.

  1. O que aprendi

  • Exame físico geral da paciente Isabelle
  • Frequência cardíaca: 63 bpm
  • Frequência respiratória: 20 irpm
  • Pulso: 60 bpm
  • Temperatura: 36,4 ºC
  • Estado geral: BEG – bom estado geral
  • Fácie normal
  • Atitude sonolenta, porém voluntária
  • Mucosa normal: coloração rosa e hidratada
  • Pele com turgor e umidade em estado de normalidade
  • Dados antropométricos
    • Peso: 64kg
    • Altura: 1,75m
  • Marcha eubásica
  • Ausência de edemas
  • Estado de nutrição: IMC – 20,9 (peso normal)
  • Estado de hidratação: sede em grau normal e hidratação da pele e das mucosas em bom estado.

   Essa aula foi mais fácil e mais segura para mim, pois eu já havia estudado e praticado anteriormente. Foi possível aprofundar o conhecimento e, também, observar o edema na perna do Prof. Maia.

  1. O que tive dificuldade/Preciso aprender

  Quero continuar nesse ritmo, sempre colocando em prática o que estudei. É necessário sempre aprofundar os estudos. 

  1. Reflexão

 Novamente, gostei muito da aula! Foi proveitosa, pude elucidar dúvidas em meio a prática. A insegurança tem sido ultrapassada aos poucos e acredito que a melhora é esperada. Os professores se mostraram presentes para poder ajudar e acompanhar os alunos, o que foi satisfatório.

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