Habilidades de Simulação – Ressuscitação Cardiopulmonar

Ressuscitação cardiopulmonar para leigos

A sequência recomendada para um único socorrista foi confirmada: o único socorrista deve iniciar as compressões torácicas antes de aplicar as ventilações de resgate (C-A-B em vez de A-B-C), para reduzir o tempo até a primeira compressão. O único socorrista deve iniciar a RCP com 30 compressões torácicas seguidas por duas respirações.

Programas comunitários de DEAs para socorristas leigos

Recomenda-se implantar os programas de APD para pacientes com PCREH em locais públicos onde haja uma probabilidade relativamente alta de PCR presenciada (por exemplo, aeroportos, cassinos, instalações esportivas).

Há evidências claras e consistentes de uma maior sobrevivência à PCR quando a pessoa presente no local realiza a RCP e rapidamente usa um DEA. Assim, o acesso imediato a um desfibrilador é um componente fundamental do sistema de atendimento. A implantação de um programa de APD envolve quatro componentes essenciais:

(1) uma resposta prática e planejada, que, preferencialmente, inclua a identificação dos
locais e bairros onde haja alto risco de PCR, a disponibilização e informação da localização dos DEAs para as pessoas presentes no local, e, normalmente, supervisão por um profissional de saúde;
(2) treinamento dos possíveis socorristas em RCP e na utilização do DEA;
(3) contato integrado com o serviço médico de emergência local;
(4) um programa de melhoria contínua da qualidade.

Identificação de gasping pelo atendente/operador

As vítimas de PCR podem apresentar atividade semelhante a convulsão ou gasping, o que pode confundir os possíveis socorristas. Os atendentes devem ser treinados especificamente para identificar essas apresentações de PCR e possibilitar o reconhecimento e a aplicação imediatos da RCP orientada por eles. Para ajudar as pessoas presentes no local a reconhecer a PCR, os atendentes devem perguntar sobre a ausência de resposta da vítima e a qualidade da respiração (normal ou anormal). Se a vítima não responder e não respirar, ou apresentar respiração anormal, o socorrista e o atendente devem presumir que a vítima esteja sofrendo uma PCR.

Ênfase nas compressões torácicas

Socorristas leigos sem treinamento devem fornecer RCP somente com as mãos, com ou sem orientação de um atendente, para adultos vítimas de PCR. O socorrista deve continuar a RCP somente com compressão até a chegada de um DEA ou de socorristas com treinamento adicional. Todos os socorristas leigos devem, no mínimo, aplicar compressões torácicas em vítimas de PCR. Além disso, se o socorrista leigo treinado puder realizar ventilações de resgate, as compressões e as ventilações devem ser aplicadas na proporção de 30 compressões para cada 2 ventilações. O socorrista deve continuar a RCP até a chegada e a preparação de um DEA para uso, ou até que os pro ssionais do SME assumam o cuidado da vítima ou que a vítima comece a se mover.

A RCP somente com compressão é mais fácil de ser executada por um socorrista não treinado e pode ser prontamente orientada por telefone pelos atendentes. Além disso, a probabilidade de sobrevivência às PCRs de etiologia cardíaca em adultos é semelhante para a RCP somente com compressão e a RCP com compressões e ventilação de resgate, quando aplicada antes da chegada do SME. No entanto, para o socorrista leigo treinado e capaz, a recomendação continua sendo a de aplicar compressões e ventilações.

Frequência das compressões torácicas

Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min.

O número de compressões torácicas aplicadas por minuto durante a RCP é um fator determinante importante do retorno da circulação espontânea (RCE) e da sobrevivência com boa função neurológica. O número real de compressões torácicas aplicadas por minuto é determinado pela frequência das compressões torácicas e o número e a duração das interrupções nas compressões (para, por exemplo, abrir a via aérea, administração de ventilação de resgate, permitir análise DEA). Na maioria dos estudos, a aplicação de mais compressões está associada a maiores taxas de sobrevivência, ao passo que a aplicação de menos compressões está associada a uma menor sobrevivência. A aplicação de compressões torácicas adequadas exige ênfase não somente na frequência adequada de compressões, mas também em minimizar interrupções a este componente crítico da RCP. Uma frequência de compressão inadequada ou interrupções frequentes (ou ambas) reduzirão o número total de compressões aplicadas por minuto.

Uma novidade na Atualização das Diretrizes de 2015 são os limites superiores recomendados para a frequência das compressões e a de profundidade das compressões, com base em dados preliminares que sugerem que o excesso na frequência e na profundidade das compressões afetar negativamente os desfechos. A adição de um limite superior para a frequência das compressões se baseia na análise de um grande estudo de registro que associa taxas de compressão extremamente altas (superiores a 140/ min) à profundidade de compressão incorreta. O Quadro 1 usa a analogia de uma viagem de automóvel para explicar o efeito da frequência das compressões e das interrupções no número total de compressões aplicadas durante a ressuscitação.

Profundidade das compressões torácicas

Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm)).

As compressões geram fluxo sanguíneo, principalmente, por aumentar a pressão intratorácica e comprimir diretamente o coração, o que, por sua vez, gera um fluxo sanguíneo crítico e fornece oxigênio para o coração e o cérebro. Muitas vezes, os socorristas não comprimem o tórax com profundidade suficiente, apesar da recomendação de “comprimir com força”. Embora se recomende uma profundidade de compressão de pelo menos 2 polegadas (5 cm), a Atualização das Diretrizes de 2015 inclui novas evidências sobre o potencial de um limite máximo para a profundidade das compressões (superior a 2,4 polegadas (6 cm)), além do qual podem ocorrer complicações.

Pode ser difícil julgar a profundidade de compressão sem o uso de dispositivos de feedback. A identificação dos limites superiores da profundidade de compressão também pode ser um desafio. É importante que os socorristas saibam que a recomendação sobre o limite superior da profundidade de compressão se baseia em um único estudo muito pequeno que demonstrou uma associação entre a profundidade de compressão excessiva e lesões não potencialmente fatais. Grande parte do monitoramento feito por dispositivos de feedback para RCP sugere que as compressões são frequentemente mais superficiais do que profundas.

RCP para profissionais da saúde

Reconhecimento imediato e acionamento do serviço médico de emergência

Os profissionais de saúde devem pedir ajuda nas proximidades ao encontrarem uma vítima que não responde, mas seria bastante prático o profissional de saúde continuar a avaliar a respiração e o pulso simultaneamente antes de acionar totalmente o serviço médico de emergência (ou telefonar para pedir
apoio).

A intenção das alterações feitas nas recomendações é minimizar atrasos e incentivar a rapidez e a e ciência na avaliação e na resposta simultâneas, em vez de uma abordagem lenta, metódica, passo a passo.

Ênfase nas compressões torácicas

É sensato que os pro ssionais de saúde apliquem compressões torácicas e ventilação em todos os pacientes adultos com PCR, seja por uma causa cardíaca ou não cardíaca. Além disso, os profissionais de saúde podem adaptar a sequência de ações de resgate à causa mais provável da PCR.

A RCP somente com compressão é recomendada para socorristas não treinados, pois é relativamente fácil para os atendentes orientá-los com instruções por telefone. Espera-se que os profissionais de saúde sejam treinados em RCP e possam executar compressões e ventilações com e ciência. No entanto, a prioridade do profissional, sobretudo se atuando sozinho, ainda deve ser ativar o serviço médico de emergência e aplicar compressões torácicas. Pode haver circunstâncias que justi quem uma alteração na sequência, como a disponibilidade de um DEA que o pro ssional possa rapidamente buscar e usar.

Choque primeiro versus RCP primeiro

Em PCR de adultos presenciada, quando há um DEA disponível imediatamente, deve-se usar o desfibrilador o mais rapidamente possível. Em adultos com PCR sem monitoramento ou quando não houver um DEA prontamente disponível, deve-se iniciar a RCP enquanto o desfibrilador é obtido e aplicado e tentar a desfibrilação, se indicada, assim que o dispositivo estiver pronto para uso.

Embora inúmeros estudos tenham se dedicado a saber se há algum benefício obtido com a aplicação de compressões torácicas por um determinado período (normalmente, 1,5 a 3 minutos) antes da administração do choque, não se observou nenhuma diferença no desfecho quando comparado com a administração do choque tão logo o DEA esteja pronto. A RCP deve ser administrada enquanto as pás do DEA são aplicadas e até que o DEA esteja pronto para analisar o ritmo.

Velocidade das compressões torácicas: 100 a 120/min

Em vítimas adultas de PCR, o correto é que os socorristas apliquem compressões torácicas a uma frequência de 100 a 120/min.

A frequência mínima recomendada para as compressões continua sendo de 100/min. O limite superior de 120/min para a frequência foi adicionado porque, segundo uma série ampla de registros, à medida que a frequência das compressões aumenta e ultrapassa 120/min, a profundidade das compressões diminui de forma dependente da dose. Por exemplo, a proporção de compressões de profundidade inadequada era de cerca de 35%, para uma frequência de compressões de 100 a 119/min, mas aumentava com profundidade inadequada em 50% das compressões, quando a frequência das compressões era de 120 a 139/min, e com uma profundidade inadequada em 70% das compressões, quando a frequência de compressões era superior a 140/min.

Profundidade das compressões torácicas

Durante a RCP manual, os socorristas devem aplicar compressões torácicas até uma profundidade de, pelo menos, 2 polegadas (5 cm) para um adulto médio, evitando excesso na profundidade das compressões torácicas (superiores a 2,4 polegadas (6 cm)).

A profundidade das compressões, de aproximadamente 5 cm, está associada a uma maior probabilidade de desfechos favoráveis em comparação com compressões menos profundas. Embora haja menos evidências sobre a existência de um limite superior além do qual as compressões poderiam ser demasiadamente profundas, um recente pequeno estudo sugere possíveis lesões (não potencialmente fatais) causadas pelo excesso de profundidade das compressões torácicas (superior a 2,4 polegadas (6 cm). Pode ser difícil julgar a profundidade de compressão sem o uso de dispositivos de feedback. A identificação dos limites superiores da profundidade de compressão também pode ser um desafio. É importante que os socorristas saibam que a profundidade das compressões torácicas é geralmente mais superficial do que profunda demais.

Retorno do tórax

Os socorristas devem evitar apoiar-se sobre o tórax entre as compressões, para permitir o retorno total da parede do tórax em adultos com PCR. O retorno total da parede do tórax ocorre quando o esterno retorna à posição natural ou neutra durante a fase de descompressão da RCP. O retorno da parede do tórax cria uma pressão intratorácica
negativa relativa que promove o retorno venoso e o fluxo sanguíneo cardiopulmonar. Ao apoiar- se sobre a parede torácica entre as compressões, impede-se o retorno total da parede do tórax. Quando incompleto, o retorno aumenta a pressão intratorácica e reduz o retorno venoso, a pressão de perfusão coronária e o fluxo sanguíneo do miocárdio, podendo influenciar os desfechos da ressuscitação.

vcxvxcvx

 

Reflexão – 1º sem 2016

   Essa foi uma das matérias que mais gostei nesse semestre. Pude aprender mais sobre como lidar com as pessoas e, nesse processo, fui me conhecendo e entendendo minhas limitações também.

  As aulas foram mais profundas do que eu esperava e incomodaram quando foi necessário. Acho que falta disso na Medicina e é preciso valorizar.

  A dinâmica das Ilhas foi o ponto alto do curso e eu acredito que deveria ter mais atividades nesse estilo, o senso crítico de muita gente foi estimulado e perceberam atitudes que deveriam mudar no dia a dia. Foi um momento muito importante!

  Gostei da união dos professores nas aulas, achei proveitoso e eles transmitiram muito conhecimento para os alunos, cada um à sua maneira.

 Espero que a disciplina de Habilidades de Comunicação sempre encontre seu espaço na Medicina, porque, definitivamente, é necessário!

18/05/2016 – Observação do colega e Auto avaliação

   Nessa aula, a sala foi dividida em duplas e sentamos um de frente ao outro. A proposta era observar o colega por uns 5 minutos e escrever suas impressões sobre ele e depois se auto avaliar. Tivemos que anotar todas as características que captamos, fossem elas sobre aparência física, vestimenta, comportamento, emoção, entre outros.

    A minha dupla foi o Igor e pude observar que ele é um pouco tímido, é vaidoso por se preocupar com a roupa que usa, se mostrou uma pessoa observadora e pensativa. Além disso, percebi que tinha uma aparência limpa e bem cuidada e se mostrou organizado pela maneira como escrevia. Segundo ele, boa parte eu acertei.

    Em relação a mim, acredito que estava com uma boa aparência também, maquiada, sou bem vaidosa, sorridente, ansiosa, inquieta, sempre roendo as unhas, balançando as pernas e mexendo no cabelo. Balancei os meus pés algumas horas e também desviei o olhar.

    Amei a percepção do Igor sobre mim, foi muito verdadeira. Ele falou que meu cabelo demonstrava meu “eu rebelde”, o que contrastava com o jeito delicado de me vestir. Ás vezes nem eu me entendo, sempre estou diversificando alguma coisa.

     Com essa atividade aprendi que aparência não é tudo, que não posso avaliar se uma pessoa é legal, tímida ou não, me baseando no corte de cabelo, nas suas roupas e etc. Veja bem, eu tento me desconstruir quanto a isso diariamente e, mesmo assim, vivo vacilando e inconscientemente avaliando alguém. Estamos condicionados a pré-julgar o próximo e criar primeiras impressões. Hoje e agora, tomo como uma das minhas metas mais sérias dar um fim a isso e abraçar as diferenças alheias.

 

 

 

 

04/05/2016 – Dinâmica das Ilhas

       grg

   Essa aula foi diferente! Os alunos foram divididos em 3 grupos, ou seja, 3 ilhas diferentes. Havia também o grupo observador que impediria a ocorrência de erros entre os integrantes das ilhas.

  As três ilhas eram: a ilha dos cegos, ilha dos mudos e a ilha grande. Na ilha dos cegos, as pessoas tiveram os olhos tapados, receberam um copinho de plástico e sua missão era se livrar deste, antes de chegar na Ilha Grande. 

  Na ilha dos mudos, as pessoas não podiam falar e receberam um papel para que pudesse construir a ponte para ir até as duas ilhas; a missão dos mudos era levar os cegos até a Ilha Grande, porém eles não podiam se tocar.

  Na ilha grande, as pessoas não possuíam nenhum tipo de deficiência e nem restrições; receberam 21 palitos para construção de um quadrado e essa era a missão dos grandes.

   Eu era uma observadora e foi muito interessante observar como a divisão das pessoas foi acertada. As pessoas que estavam na ilha dos cegos eram mais tímidas, na ilha dos mudos estavam os ansiosos e na ilha grande estavam os autocentrados.

  A ilha dos mudos se esforçou para ajudar os cegos a chegarem até a ilha grande, porém como ansiosos natos e impulsivos, não pensaram em pedir a ajuda da Ilha Grande, o que os prejudicou muito. Como consequência, de 5 cegos, apenas 1 sobreviveu.

   Também observei que as pessoas trataram os cegos como se fossem inúteis e inválidos. Todos diziam e palpitavam sobre o que eles deveriam fazer e nunca perguntavam se eles tinham algo para falar. Tanto que isso prejudicou a missão de se livrar do copinho.

  Durante a dinâmica, a ilha grande se mostrou alheia ao que estava acontecendo, estando atenta só na construção do quadrado. Sendo que eles poderiam ter ajudado em muita coisa e “mortes” seriam evitadas. Ao fim da dinâmica e tivemos a explicação do professor, percebemos o quanto o ser humano é individualista e segrega as pessoas que são diferentes, isso foi observado principalmente na Ilha Grande, onde teve até uma situação em que estavam com medo de que uma cega entrasse no território deles.

  Essa foi uma das minhas atividades preferidas do semestre, fiquei em êxtase, pois na minha posição de observadora muitas coisas pareciam óbvias. A falta de comunicação entre as ilhas evidenciou a falta de companheirismo/coleguismo que existe na Medicina.

   Saí dessa aula fazendo uma autocrítica clara: Eu não resolvo tudo sozinha! Preciso de ajuda! E isso não me faz menos forte e nem mais fraca. Somos seres humanos errantes e juntos podemos muito.

 

 

27/04/2016 – Apresentação de trabalhos sobre ruídos na comunicação

  Nessa aula iríamos apresentar trabalhos expondo maneiras de se comunicar, caso houvesse ruídos na relação médico-paciente. O filme da aula anterior serviu como inspiração para a criação de novos métodos.

   Realizei o trabalho em grupo com mais 3 colegas e fizemos uma apresentação no PowerPoint.

   Pensamos em aprimorar a lousa mágica. As letras seriam separadas em grupos de cores e cada cor iria determinar algo, como “verbos”, “sentimentos”, “comidas”, etc. Assim a pessoa seria muito mais prática e rápida para se comunicar.

   Também foi pensado um dispositivo que captasse os movimentos da pupila, pois através dela se consegue captar emoções, frustações, raivas, entre outros; isso tudo através de sua dilatação e contração. E diante disso, esse dispositivo ajudaria a identificar o que o paciente quer e precisa para que não seja feito algo que não é a sua vontade – como na situação do filme em que Jean estava vendo televisão e a desligaram.

  Nessa aula pude aprender que existem diversas formas de comunicação e que a criatividade do ser humano pode proporcionar muitas coisas no futuro. Meus colegas de classe produziram trabalhos interessantes e foi muito bom compartilhar as ideias elaboradas.

20/04/2016 – Filme “O Escafandro e a Borboleta”

  Nesta aula assistimos o filme “O escafandro e a borboleta”. Em sua história, Jean-Dominique Bauby, editor da revista Elle, sofre um AVC e perde todos os movimentos, exceto o movimento dos olhos. O filme mostra a sua trajetória depois do AVC e alguns flashbacks de como ele era antes de ser acometido pelo acidente vascular. Além disso, Jean surpreende-se com a capacidade de ser feliz e viver os momentos que gostaria apenas usando sua imaginação.

  O filme expõe as falhas que existem na comunicação médico-paciente, como na situação em que os médicos decidiram ocluir um de seus olhos, sendo que Jean não estava entendendo o que acontecia e também enxergava normalmente.

  Por conta dos obstáculos para se comunicar com o paciente, foi formada uma equipe multiprofissional para tentar estabelecer um contato com Jean. Pensando nisso, foram criadas maneiras de comunicação, como a piscada do olho para confirmar se ele quer ou não algo; a fala contendo todo o alfabeto, letra por letra, para a formação de frases. A partir desse momento, Jean-Dominique conseguia se comunicar com as enfermeiras, médico, fonoaudiólogas, amigos e família. Usando esses métodos, Jean conseguiu escrever um livro e publicá-lo.

  Eu aproveitei muito o filme, achei edificante e fez as pessoas refletirem sobre o sentido de muitas coisas na vida. E como, apesar das dificuldades, devemos ser gratos por cada respiro e esforço.

   Os professores foram muito gentis ao distribuir pipoca doce para a turma, todos ficaram muito felizes com essa atitude. O que tornou a situação ainda mais agradável.

 

 

13/04/2016 – Encaminhamento médico

  Nessa aula sentamos em duplas e deveríamos encaminhar um paciente para o colega “médico”. Tínhamos que detalhar a necessidade do encaminhamento e para que especialidade estávamos encaminhando.

  Quando terminamos os encaminhamentos, trocamos os papéis e verificamos o que cada um havia escrito.

   O meu encaminhamento foi para a colega Drª Deborah Oliveira, cirurgiã especializada em mãos, e que atenderia minha paciente que havia sofrido um acidente de carro. Porém, aprendi que no Pronto Socorro não acontece esse tipo de encaminhamento. É uma ficha especifica, de encaminhamento intrahospitalar.

    O objetivo da aula era tratar da importância da boa comunicação no meio médico, logo, um encaminhamento precisa ser escrito de maneira correta para que não haja problemas.

    É muito importante citar o nome dos pacientes, os exames que já foram feitos e o motivo do encaminhamento. É importante citar o histórico medicamentoso e toda a história do paciente.

   Acredito que este foi apenas um primeiro momento e que ainda tenho muito para aprender. Assim como a atividade do receituário, acho que essa atividade poderia ser dada quando tivermos mais conhecimento prévio e segurança para saber o que estamos fazendo.

06/04/2016 – Discussão sobre as fases do luto

  Foi analisado o caso da Dona Carol, em 5 momentos de sua vida, após descobrir que possuía um tumor cerebral inoperável. Essa dinâmica tinha como objetivo estudar as fases do luto.

  1. Fase da negação

  Nessa fase a Dona Carol se mostra inconformada com o resultado do exame, não aceita o diagnóstico dado pelo médico. Inclusive, fala diversas vezes que o exame deve ser feito novamente. Um paciente nessa situação apresenta essas atitudes, negando o diagnóstico e alegando incompetência do médico.

 Nessa situação deve haver o cuidado para não dar falsas esperanças ao paciente e é necessário que o conduzam até as próximas fases do luto. O acolhimento é imprescindível!

  1. Fase da raiva

  Nessa fase, Dona Carol está sempre nervosa, irônica e agressiva. Se irrita facilmente e apresenta desejo de mudar o médico com o qual passa.

  Durante essa fase, é necessário um acompanhamento de perto, já que o paciente fica sempre em alerta e vulnerável ao exterior. O papel do médico é manter um clima de conciliação, tentando direcionar a raiva do paciente para algo positivo e construtivo. É necessário se mostrar empático e compreensivo com a situação do paciente.

  1. Fase da barganha

  Nesse momento, Dona Carol se mostra mais religiosa, disposta a fazer cirurgia espiritual, se diz melhor, fez até promessa para alcançar a cura. É um momento muito difícil também, onde a pessoa se agarra em tudo que lhe traz esperança. Aqui, a Dona Carol aceitou a doença, mas ela não aceitou a morte. O médico deve acolher esse momento, porém atentando para não alimentar falsas esperanças.

  1. Fase da depressão

  Um dos momentos mais perturbadores e difíceis. Agora, Dona Carol não vê motivos para continuar a viver, se sente injustiçada pelo mundo, se sente sozinha e excluída. É necessário que o médico e os familiares estejam a volta, em estado de alerta.

  1. Fase da aceitação

  Dona Carol se diz melhor, quer se reunir com a família, quer viajar e quer se divertir. Aqui, ela não aceitou só sua doença, mas também sua morte. E está lidando com isso da melhor maneira possível. Aqui vê-se a leveza do paciente.

  Aprender a lidar com essas fases e como acolher o paciente será um grande desafio, espero ter o jogo de cintura necessário e a empatia pela situação também. Foi uma aula muito gostosa de participar, em que todos puderam contribuir e crescer juntos no aprendizado.

30/03/2016 – Elaboração de Receita Médica

   Essa aula discutiu como deveria ser feita uma receita médica, sempre com o maior número de detalhes que nela caberem. E para a realização da atividade tivemos uma dinâmica divertida, em que criávamos uma receita médica para algo que soubéssemos fazer; podia ser uma receita de bolo, de chá, etc.

  Eu fiz uma receita sobre como curar uma forte ressaca! Mas percebi, após o debate, que faltaram informações necessárias, como o número de folhas de boldo que deveriam ser mascadas. Foi muito interessante porque vimos como é fácil esquecer um detalhe essencial para que seja feita uma receita impecável.

  Aprendi nessa atividade que devemos ser muito claros, expondo todos os detalhes da receita médica, transcrevendo todas as orientações. Deve-se detalhar qual é a via medicamentosa (retal, oral, intravaginal), a finalidade e necessidade do tal medicamento, a quantidade e o horário a serem seguidos.

  Apesar de ter gostado muito da aula e achado interessante, acredito que ela deveria acontecer em outro momento do curso, por exemplo quando estivermos estudando Farmacologia. Acredito que haveria mais proveito.

16/03/2016 – 23/03/2016: Filme “The Doctor” e Discussão

   No dia 16/03/2016, vimos o filme “The Doctor” e na semana seguinte discutimos nossas impressões sobre o filme. A discussão foi em sala e todos puderam participar. No começo do filme, fica claro para todos que o médico se sente orgulhoso de sua profissão, porém esse orgulho e, até mesmo, prepotência poderiam inferir uma impressão de superioridade por parte do médico. Essa atitude do médico lhe dava a sensação de que poderia tomar as decisões que bem entendesse, sem dar a mínima para as velhas e boas regras de convívio social. Essa personalidade prepotente se fazia presente em sua vida pessoal também, já não possuía contato com os filhos e sua relação com a esposa era bem fria.

   A personalidade do médico denotava, em todos os âmbitos, uma constante frieza e indiferença. Veja bem, até quando ensinava aos residentes, agia nomeando os pacientes pela doença que tinham, como se não fosse necessário saber o nome. Com os pacientes a relação era da mesma maneira, ou seja, sem nenhum contato.

   Até mesmo quando deveria agir como um paciente, submetido aos serviços e profissionais da saúde, age com superioridade e prepotência. Não aceita a falta de regalias e a falta de um tratamento especial.  Quando ele descobre o câncer, descobre também o que havia de humanidade dentro de si. Afinal, no fundo, todos somos vulneráveis e queremos um pouco de atenção e amor. E foi na amizade de Julie que ele foi acolhido.

  As dificuldades que o “The Doctor” enfrentou, lhe ensinaram um pouco sobre acolhimento, humildade e gentilezas.  O sofrimento e a frieza alheia moldaram um novo homem, um médico diferente daquele que um dia ele já havia sido. Uma grande e feliz surpresa.

  Ás vezes, passar um filme em sala não é levado a sério pelos alunos, porém esse filme serve como um lembrete gigante para mim e para meus colegas sobre o tipo de médico que devemos ser e aquele que não devemos ser também. Espero que todos tenham refletido sobre o papel do médico como agente transformador da sociedade e que é nosso dever máximo acolher e ajudar quem necessita de nossos cuidados, da melhor maneira possível sempre.

Crie um website ou blog gratuito no WordPress.com.

Acima ↑