Questões de aprendizado
- Caracterizar as estruturas do sistema límbico e suas funções.
- Como é ativado o sistema límbico e como ele age sobre o eixo neurovegetativo. Fale de suas vias de entrada e saída.
- Defina estresse e como se dá sua influência na homeostase.
- Defina aprendizagem, memória e atenção.
- Como ocorre o processo de aprendizagem e o seu armazenamento? Como se forma a memória?
- Classificar os tipos de memória.
- Como o sono sedimenta a memória e interfere no processo de aprendizagem? A falta dele causa o que?
- Caracterizar as áreas secundárias e terciárias associativas.
- Caracterizar o TDAH (onde lesa, o que faz) e o mecanismo de ação da Ritalina.
Respostas
- Caracterizar as estruturas do sistema límbico e suas funções.
O sistema límbico é um complexo formado por integração estrutural e funcional de certas áreas do diencéfalo, telencéfalo e mesencéfalo.
Principais estruturas: formação hipocampal – hipocampo, giro para-hipocampal, giro do cíngulo, amígdala, área septal, corpos mamilares no hipotálamo, núcleos anteriores do tálamo, fórnix e trato mamilo-talâmico, córtex pré-frontal.
Sabe-se que as áreas relacionadas com os processos emocionais ocupam grande território do encéfalo, destacando-se o hipotálamo, a área pré-frontal e o sistema límbico.
- Tronco cefálico
- Possui vários núcleos de nervos cranianos e centros viscerais – como o centro respiratório e o vasomotor.
- A ativação destas estruturas por impulsos nervosos de origem telencefálica/diencefálica ocorre nos estados emocionais, resultando nas manifestações que acompanham a emoção (choro, sudorese, a salivação, etc.)
- Além disso, as diversas vias descendentes que atravessam ou se originam no tronco encefálico vão ativar os neurônios medulares, permitindo aquelas manifestações periféricas dos fenômenos emocionais que se fazem por nervos espinhais ou pelos sistemas simpático e parassimpático.
- Hipotálamo
- No hipotálamo temos a regulação do comportamento emocional. Estimulações elétricas determinam respostas emocionais complexas, como raiva e medo.
- Tem um papel como coordenador das manifestações periféricas das emoções.
- Tálamo
- Os núcleos dorsomedial e anteriores do tálamo, bem como suas conexões, são importantes na regulação do comportamento emocional.
- O núcleo dorsomedial liga-se ao córtex da área pré-frontal ao hipotálamo e ao sistema límbico.
- Os núcleos anteriores ligam-se ao corpo mamilar e ao córtex do giro do cíngulo, fazendo parte de circuitos do sistema límbico.
- Área pré-frontal
- Corresponde à parte não motora do lobo frontal, caracterizando-se como córtex de associação supramodal.
- Sistema límbico
- Na face medial de cada hemisfério cerebral observa-se um anel cortical contínuo constituído pelo giro do cíngulo, o giro para-hipocampal e o hipocampo. Este anel cortical contorna as formações inter-hemisféricas e foi considerado como um lobo independente, o grande lobo límbico.
- O circuito de Papez é um mecanismo que envolve as estruturas do lobo límbico, do hipotálamo e do tálamo.
- O sistema límbico pode ser conceituado como um sistema relacionado com a regulação dos processos emocionais e do sistema nervoso autônomo, constituído pelo lobo límbico e pelas estruturas subcorticais a ele relacionadas.
5.1. Componentes do sistema límbico
Emoções:
Áreas Corticais: Córtex Cingular Anterior, Córtex Insular Anterior eCórtex Pré-Frontal Orbitofrontal.
Áreas Subcorticais: Hipotálamo, Área Septal, Núcleo Accumbens, Habênula e Amigdala.
Memória:
Temos os componentes corticais – que possuem áreas de associação terciárias – e os componentes subcorticais.
- Componentes corticais
Giro do cíngulo: Contorna o corpo caloso, ligando-se ao giro para-hipocampal pelo istmo do giro do cíngulo. É constituído de um tipo de córtex intermediário entre o isocórtex e o alocórtex – o mesocórtex.
No homem, a cingulectomia (remoção) já foi empregada no tratamento de psicóticos agressivos. Verificou-se, também, que a simples secção do fascículo do cíngulo (cingulotomia), interrompendo o circuito de Papez, pode melhorar quadros graves de depressão e ansiedade.
Giro para-hipocampal: Se situa na face inferior do lobo temporal e é constituído de paleocórtex – classificado como alocórtex.
Hipocampo: Localizado na porção medial e inferior do lobo temporal. É uma iminência alongada e curva que se situa no assoalho no corno inferior dos ventrículos laterais, acima do giro para-hipocampal. Constituído de arquicórtex – tipo alocórtex. Projeta-se para o corpo mamilar e para a área septal, através do fórnix.
A principal aferência do hipocampo é o giro para-hipocampal, que capta informações de outras partes do córtex associativo límbico. Portanto, ele recebe praticamente todos os tipos de informação sensorial.
A principal estrutura eferente do hipocampo é o fórnix que vai ligar o hipocampo com os corpos mamilares do hipotálamo. Através do trato mamilo-talâmico, os corpos mamilares se projetam aos núcleos anteriores do tálamo, que por sua vez, vão se projetar para o giro do cíngulo.
Do giro do cíngulo, as informações retornam ao giro para-hipocampal. Essas projeções aferentes e eferentes do hipocampo formam uma alça anatômica que ficou conhecida como CIRCUITO DE PAPEZ.
*O fórnix é um conjunto volumoso de fibras que liga o hipocampo aos corpos mamilares do hipotálamo.
Lesões bilaterais do hipocampo em macacos resultam em um aumento da agressividade destes animais. Outra função importante do hipocampo é a sua participação no fenômeno da memória.
Córtex Insular Anterior
Localização: Região anterior da Insula, separado pelo sulco central da posterior.
Isocórtex: Áreas de associação.
Empatia, Conhecimento da Própria Fisionomia como Diferente da dos Outros, Sensação de Nojo e Percepção dos Componentes Subjetivos das Emoções.
Córtex Pré-Frontal Orbitofrontal
Localização: Parte Transversa do Lobo Frontal (compõe os giros orbitários)
Processamento das Informações
Supressão de Comportamentos Socialmente Indesejáveis
Manutenção da Atenção
- Componentes subcorticais
Corpo amigdaloide: É um dos núcleos da base. Situa-se no lobo temporal. A maioria de suas fibras eferentes agrupa-se na estria terminal, que acompanha a curvatura do núcleo caudado e termina no hipotálamo.
Localizada na profundidade de cada lobo temporal, funciona de modo íntimo com o hipotálamo. É o centro identificador de perigo, gerando medo e ansiedade, através do SN autônomo, e colocando o animal em situação de alerta, aprontando-se para fugir ou lutar.
Estrutura e conexões: é formada por 12 núcleos que se agrupam em três grupos – corticomedial (recebe conexões olfatórias e parece estar envolvido com comportamentos sexuais), basolateral (recebe maioria das conexões aferentes da amígdala) e central (dá origem às conexões eferentes).
Conexões aferentes: com todas as áreas de associação secundárias do córtex, trazendo informações sensoriais já processadas e informações das áreas supramodais.
Conexões eferentes: Se dividem em duas vias, a via amigdalofuga dorsal, que através da estria terminal projeta-se para núcleos hipotalâmicos e para núcleos da habênula, e a via amigdalofuga ventral, que se projeta para as mesmas áreas corticais, talâmicas e hipotalâmicas de origem das fibras aferentes.
Funções: Estimulações do grupo basolateral causam reações de medo e de fuga, já a estimulação dos núcleos do grupo corticomedial causa reação defensiva e agressiva. Além disso, a estimulação da amígdala causa uma variedade de comportamentos sexuais e sua lesão causa hipersexualidade.
Informação visual/auditiva à Tálamo à Áreas visuais primárias e secundárias à A informação segue por dois caminhos – direto ou indireto.
Direto: informação visual à processada na amígdala basolateral à amígdala central à sistema simpático à reação de alarme imediata.
A via direta é mais rápida, inconsciente e permite a resposta imediata.
Indireto: Córtex pré-frontal à Amígdala.
A via indireta é mais lenta mas permite que o córtex pré-frontal analise as informações recebidas e seu contexto (se não houver perigo, a reação de alarme é inativada). O medo só se torna consciente quando os impulsos nervosos chegam ao córtex.
Lesões ou estimulações desta área em animais resultam em alterações do comportamento alimentar ou da atividade das vísceras. No homem, lesões bilaterais resultam em diminuição da excitabilidade emocional de indivíduos portadores de distúrbios de comportamento. No homem, focos epilépticos da região amigdaliana do lobo temporal associam-se a um aumento da agressividade social.
Área septal: Está no rosto do corpo caloso, anterior à lâmina terminal e à comissura anterior. Compreende grupos de neurônios conhecidos como núcleos septais. A área septal tem conexões amplas, como as projeções para o hipotálamo e para a formação reticular, através do prosencéfalo medial.
Lesões bilaterais da área septal em animais causam a chamada “raiva septal”, caracterizada por uma hiperatividade emocional, ferocidade e raiva diante de condições que normalmente não modificam o comportamento do animal. Há também um grande aumento da sede. Estimulações da área causam alterações da pressão arterial e do ritmo respiratório, mostrando o seu papel na regulação de atividades viscerais.
Localização: Anteriormente ao Tálamo (abaixo do corpo caloso e estendido até a base do septo pelúcido).
Faz conexões amplas com outras áreas através do feixe prosencefálico, como Amigdala, Hipocampo, Hipotálamo, Tálamo, Giro do Cíngulo e Formação Reticular.
Parte do S. Mesolímbico de Recompensas: Recebe fibras dopaminérgicas da Área Tegmentar Ventral (ATV)
Relacionado à estímulos sexuais e raiva.
Núcleos mamilares: Pertencem ao hipotálamo e se situam-se nos corpos mamilares. Recebem as fibras do hipocampo que chegam pelo fórnix e se projetam para os núcleos anteriores do tálamo e para a formação reticular, respectivamente pelos fascículos mamilo-talâmico e mamilo-tegmentar.
Núcleos anteriores do tálamo: que se situam no tubérculo anterior do tálamo. Recebem fibras dos núcleos mamilares e se projetam para o giro do cíngulo.
Núcleos habelunares: Se situa na região do trígono das habênulas no epitálamo. Recebem fibras aferentes pela estria medular e se projetam para o núcleo interpeduncular do mesencéfalo.
Localizado: Trígono das Habênulas (Epitálamo), abaixo e lateralmente á Pineal.
Tem papel inibitório/contrário do Núcleo Accumbens – “Punição”.
Recebe da ATV (outra área) GABA e este inibe a chegada de Glutamato ao Córtex Pré-Frontal, proveniente do Núcleo Accumbens.
Circuito de Papez
O Circuito de Papez (1937) surgiu a partir da vontade de entender as estruturas relacionadas à emoção. Então James Papez pegou a ideia original de Broca (1850) com o Lobo Límbico e acrescentou alguns núcleos do hipotálamo e o Tálamo e disse que estes compunham um circuito.
Composto pelo hipocampo, fórnix, corpo mamilar, núcleos anteriores do tálam
o, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e novamente, hipocampo.
Esse circuito, com exceção da parte anterior do giro do cíngulo, está relacionado com a memória e não com as emoções. O centro do sistema limbico não é mais o hipocampo, mas sim, a amígdala.
Componentes do sistema relacionado com as emoções
ESTRUTURAS |
FUNÇÕES |
Córtex Cingular Anterior |
Porção anterior do giro do cíngulo que se relaciona com a emoção. |
Córtex Insular Anterior |
A ínsula é dividida em duas partes (anterior e posterior), córtex característico de ares de associação. Funções: empatia, reconhecimento de si próprio, percepções subjetivas das emoções, nojo. |
Córtex pré-frontal orbitofrontal |
Recebe aferências e projeta eferências comportamentais. Relacionado ao processamento e seleção das emoções, supressão de comportamentos indesejáveis e manutenção da atenção. |
Hipotálamo |
Regulador dos processos emocionais e pode seguir três vias: (1) tronco cerebral ligando-se ao SNA (autônomo), (2) diencéfalo e prosencéfalo ligado ao sist. límbico (3) infundíbulo hipotalâmico ligado a atuação neuroendócrina. |
Área Septal |
Faz conexões com: amígdala, hipocampo, tálamo, giro cíngulo, hipotálamo e formação reticular. A estimulação dessa área desencadeia: alteração da PA, ritmo respiratório e altera o centro do prazer. |
Núcleo Accumbens |
Compõe o sistema mesolímbico dando origem ao sistema de recompensa (prazer). |
Habênula |
Constituída por núcleos habenulares medial (prazer) e lateral (frustração) e têm função de regular os neurônios do sistema mesolímbico. Atua em conjunto com o núcleo accumbens inibindo as fibras dopaminérgicas. |
Amígdala |
Se dispõe em 3 grupos: corticomedial (recebe conexões olfatórias e comportamentos sexuais), basolateral (fibras aferentes) e central (fibras eferentes). Esses grupos se comunicam por fibras glutaminérgicas e trata-se de uma das estruturas mais importantes do sistema pois faz associações com todos os núcleos do hipotálamo/tálamo/áreas de associação 2ária. Dentre suas funções destacam-se: processamento do medo, controle de comportamentos sexuais, estímulos para fuga, agressão e reconhecimento de faces. |
Conexões do sistema límbico
- Conexões intrínsecas
Os diversos componentes do sistema límbico mantêm entre si numerosas intercomunicações. Dentre elas, a mais conhecida é o circuito de Papez, circuito fechado que une as seguintes estruturas límbicas, enumeradas na sequência que representa a direção predominante dos impulsos nervosos: hipocampo, fórnix, corpo mamilar, fascículo mamilo-talâmico, núcleos anteriores do tálamo, cápsula interna, giro do cíngulo, giro para-hipocampal e novamente o hipocampo, fechando o circuito. A importância desse circuito está no mecanismo das emoções e no mecanismo da memória.
O corpo amigdaloide e a área septal, que mantêm entre si conexões recíprocas, embora não façam parte do circuito de Papez, ligam-se a este circuito em vários pontos.
- Conexões extrínsecas
As estruturas do sistema límbico têm amplas conexões com setores muito diversos do sistema nervoso central, destacando-se, por sua importância, as conexões recíprocas que mantêm com o hipotálamo.
As emoções são desencadeadas pela entrada de determinadas informações sensoriais no sistema nervoso central. Essas informações são antes processadas nas áreas corticais de associação secundárias e terciárias e penetram no sistema límbico por vias que chegam ao giro para-hipocampal de onde passam para o hipocampo, ganhando assim o circuito de Papez. Fazem exceção os impulsos olfatórios, que passam diretamente da área cortical de projeção para o giro para-hipocampal e ao corpo amigdaloide. Também as informações relacionadas com a sensibilidade visceral têm acesso ao sistema límbico, seja diretamente, através das conexões do núcleo do trato solitário com o corpo amigdaloide, seja indiretamente, via hipotálamo.
As conexões eferentes do sistema límbico são importantes porque, através delas, este sistema participa dos mecanismos efetuadores que desencadeiam o componente periférico e expressivo dos processos emocionais e, ao mesmo tempo, controlam a atividade do sistema nervoso autônomo.
Essas funções são exercidas fundamentalmente através das conexões que o sistema límbico mantém com o hipotálamo e com a formação reticular do mesencéfalo. As primeiras, já estudadas a propósito do hipotálamo, são especialmente relevantes. Aliás, já foi dito que o hipotálamo é o principal “braço executivo” do sistema límbico. As conexões com a formação reticular do mesencéfalo se fazem basicamente através de três sistemas de fibras:
- a) feixe prosencefálico medial — situado entre a área septal e o tegmento do mesencéfalo, este feixe contém fibras que percorrem nos dois sentidos o hipotálamo lateral, onde muitas delas terminam. Ele constitui a principal via de ligação do sistema límbico com a formação reticular;
- b) fascículo mamilo-tegmentar — feixe de fibras que dos núcleos mamilares se projeta para a formação reticular do mesencéfalo;
- c) estria medular — feixe de fibras que se origina principalmente na área septal e termina nos núcleos habenulares do epitálamo. Estes, por sua vez, ligam-se ao núcleo interpeduncular do mesencéfalo, que se projeta para a formação reticular.
Como o hipotálamo e a formação reticular têm conexões diretas com os neurônios pré-ganglionares do sistema autônomo, as vias acima descritas permitem ao sistema límbico participar do controle do sistema autônomo, o que é especialmente importante na expressão das emoções.
Funções do sistema límbico
- Regulação dos Processos Emocionais e Motivacionais, Síndrome de Klüvere Bucy
Lesões em algumas estruturas importantes do sistema límbico, como o hipocampo, o giro para-hipocampal e o corpo amigdaloide provocam alterações comportamentais. Estas alterações de comportamento são conhecidas como síndrome de Klüver e Bucy e consistem no seguinte:
- a) domesticação completa dos animais que usualmente são selvagens e agressivos;
- b) perversão do apetite, em virtude da qual os animais passam a alimentar-se de coisas que antes não comiam;
- c) agnosia visual manifestada pela incapacidade de reconhecer objetos ou mesmo animais que antes causavam medo.
- d) tendência oral manifestada pelo ato de levar à boca todos os objetos que encontra;
- e) tendência hipersexual, que leva os animais a tentarem continuamente o ato sexual ou a se masturbarem continuamente.
-
Como é ativado o sistema límbico e como ele age sobre o eixo neurovegetativo. Fale de suas vias de entrada e saída.
Quando o encéfalo detecta estímulos emocionais envia comandos a redes que controlam as glândulas endócrinas, o sistema nervoso autônomo e o sistema musculoesquelético. O sistema endócrino é responsável pela secreção de hormônios na corrente sanguínea e por sua regulação. O sistema nervoso autônomo media alterações nos sistemas do controle fisiológico do organismo, incluindo o sistema cardiovascular e órgãos viscerais na cavidade abdominal. O sistema musculoesquelético media a manifestação de comportamentos, como fuga ou luta.
As alterações autônomas e endócrinas envolvidas com as emoções são parte dos mecanismos de regulação homeostática do organismo. Estes mecanismos reguladores são mediados por estruturas subcorticais – amigdala, estriado, hipotálamo e tronco encefálico.
A conexão direta entre o hipotálamo e o SNA se dá, possivelmente, mediante projeções hipotalâmicas para regiões do tronco encefálico, destacando-se o núcleo do trato solitário. Além dessas vias eferentes, o Nervo Craniano (NC) vago, décimo par craniano (X), um dos principais elementos do SNA (porção parassimpática), representa ainda um importante componente aferente, ativando áreas cerebrais superiores. Suas projeções aferentes ascendem ao prosencéfalo através do núcleo parabraquial e locus ceruleus, conectando-se diretamente com todos os níveis do prosencéfalo (hipotálamo, amígdala e regiões talâmicas que controlam a ínsula e o córtex órbito-frontal e pré-frontal)34.
O SNA está diretamente envolvido nas denominadas “situações de luta e/ou fuga” e imobilização. Tais ocorrências estão intrinsecamente relacionadas a um mecanismo de neurocepção, que se caracteriza pela capacidade de o indivíduo agir conforme sua percepção de segurança ou ameaça a respeito do meio onde ele se encontra. Essa percepção pode ser dada, por exemplo, pelo tom da voz ou pelos movimentos e expressões faciais da pessoa ou do animal com quem ele interage35.
Toda vez que a pessoa percebe o meio ambiente como “seguro”, ela dispõe de mecanismos inibitórios que atuam sobre as estruturas límbicas que controlam comportamentos de luta-fuga, como as regiões lateral e dorsomedial da substância cinzenta periaquedutal. Dessa forma, a amígdala não exerce seu papel normal, periaquedutal36.
Concomitantemente, após o processamento de todas as informações, o córtex motor (onde se destacam as áreas frontais) comanda a ativação de vias corticobulbares na medula (núcleos primário dos pares cranianos V, VII, IX, X e XI), que ativam os componentes somatomotor (músculos da face e da cabeça) e visceromotor (coração, árvore brônquica) dos mecanismos fisiológicos para o contato social.
Ao contrário, toda vez que a pessoa percebe o meio ambiente como “ameaçador”, a amígdala estará livre para desencadear estímulos excitatórios sobre a região lateral e dorsolateral da substância cinzenta periaquedutal, que então estimula as vias do trato piramidal, produzindo respostas de luta e/ou fuga. Além disso, há casos em que a pessoa responde a tais situações como se estivesse paralisada; essa resposta decorre da estimulação da região ventrolateral ao aqueduto cerebral de Sylvius, que também estimula as vias neurais do trato corticoespinal lateral (piramidal). É interessante ressaltar que essas reações ocorrem paralelamente a uma resposta autonômica simpática. Em situações de luta-fuga, ocorre elevação da frequência cardíaca e da pressão arterial; de outro modo, nas situações de imobilização ocorre intensa bradicardia e queda da pressão arterial.
Sistema Neurovegetativo
Isto faz crer que os neurônios corticais envolvidos com a atividade neurovegetativa estejam distribuídos difusamente no córtex havendo inclusive áreas corticais diferentes que, quando estimuladas provocam reação similares.
Centros Vasomotores – Na área motora, na porção posterior do 2º e 3º giros frontais (Área Pré-Motora) no Lobo Parietal. Todas estas áreas provocam aumento da pressão arterial quando estimuladas.
Centros Cardíacos – A estimulação do córtex frontal e parietal provoca desaceleração da frequência cardíaca. Também foram observados fenômenos semelhantes na estimulação da porção anterior do córtex frontal com lentificação do ritmo cardíaco.
Centros Respiratórios – Estão situados sobre a convexidade do lobo frontal:
Centros Pupilares – A estimulação da segunda e terceira circunvolução frontal provoca midríase.
Centros Salivares – Observados na porção posterior da 2ª e 3ª circunvolução frontal.
Centros Sudorais – Estão situados na base do lobo frontal anteriores ao quiasma óptico com sudorese generalizada, sem elevação térmica. Foram descritos do mesmo modo centros de deglutição, centros dos movimentos peristálticos do estômago, centros para secreção gástrica e pancreática e centros para a deglutição e defecação.
Se ocorrem lesões nos centros talâmicos e hipotalâmicos, as estimulações corticais não provocam respostas neurovegetativas, enquanto a retirada completa do córtex com preservação dos núcleos subcorticais preservam as respostas neurovegetativas provocadas tanto por estimulações sensitivas periféricas como pela estimulação elétrica dos núcleos subcorticais.
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Defina estresse e como se dá sua influência na homeostase.
Estresse é “a resposta não específica do corpo a qualquer demanda, seja ela causada por, ou resultando, em condições favoráveis ou não favoráveis”.
(1) Alarme ou alerta – onde há a ruptura do equilíbrio interno do organismo e a mobilização do mesmo para enfrentar o agente estressor. Esta resposta rápida é mediada principalmente pela ativação do sistema nervoso autônomo simpático (SNAs) que promove a liberação de neurotransmissores em diversos órgãos-alvo e também estimula a medula das glândulas adrenais a liberarem os hormônios catecolaminérgicos, adrenalina e noradrenalina, reforçando ainda mais a ativação neural;
(2) Resistência – as respostas fisiológicas e comportamentais, a fim de restabelecer a homeostase são mantidas, e agora mediadas principalmente pelo cortisol, hormônio esteroide sintetizado e liberado pelo córtex das glândulas adrenais, em resposta a ativação do eixo hipotálamo-pituitária-adrenal (HPA). Nesta fase a eficiência das respostas chega ao seu ponto máximo e o indivíduo apresenta seu melhor desempenho físico e cognitivo, e assim apresenta ampla condição de neutralizar o agente estressor;
(3) Exaustão – caso o indivíduo falhe em neutralizar o agente estressor e este se prolongue, o organismo continua respondendo de forma crônica, e as alterações fisiológicas e comportamentais, inicialmente adaptativas, levam a uma sobrecarga energética e exaustão dos sistemas.
As mensagens viajam através do SNA simpático em um fluxo bidirecional. As mensagens eferentes (que saem do sistema) podem desencadear mudanças em diferentes partes do corpo simultaneamente. Por exemplo, o sistema nervoso simpático pode acelerar os batimentos cardíacos; dilatar as passagens dos brônquios; diminuir a motilidade do intestino grosso; constringir vasos sanguíneos; aumentar o peristaltismo do esôfago; causar a dilatação da pupila, piloereção e transpiração; além de aumentar a pressão sanguínea. As mensagens aferentes (que chegam ao sistema) podem transmitir sensações como calor, frio ou dor.
A primeira sinapse (na cadeia sináptica) é mediada por receptores nicotínicos fisiologicamente ativados pela acetilcolina, e a sinapse-alvo é mediada por receptores adrenérgicos fisiologicamente ativados por noradrenalina ou adrenalina. Tanto nos gânglios do SNPA simpático como nos do SNPA parassimpático ocorrem sinapses químicas entre os neurônios pré-ganglionares e pós-ganglionares.
Resposta ao estresse: I. Homeostase e teoria da alostase – Maria Bernadete Cordeiro de Sousa, Hélderes Peregrino A. Silva, Nicole Leite Galvão-Coelho – Universidade Federal do Rio Grande do Norte
O estresse pode ser uma consequência de um medo crônico aliado à ansiedade e a Amigdala está relacionada.
Nas situações de medo ou ansiedade relacionadas à Amigdala temos sob ativação Simpática, a liberação de Adrenalina e Noradrenalina pela Medula Adrenal.
O principal hormônio do estresse é o Cortisol, pois sob ativação contínua da Amigdala, o hipotálamo é estimulado a produzir o Hormônio Liberador de Corticotrofina (CRH) que por sua vez estimula a Adeno Hipófise a Produzir o ACTH (Adrenocorticotrófico) que age sobre a Córtex da Glândula Adrenal, que libera Cortisol.
- Excesso de Cortisol contribue para a queda do Sistema Imunológico.
- Cortisol tem efeitos contrários ao da Insulina, estimulando gliconeogenese e uso das reservas hepáticas de glicogênio, aumentando a glicemia podendo resultar em Diabetes.
- Privação de sono pode levar ao não crescimento/envelhecimento pela ausencia de produção de GH (picos à noite).
- Obesidade, pois hormônio leptina da saciedade é produzido à noite.
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Defina aprendizagem, memória e atenção.
Memória é o processo de arquivamento seletivo de novas informações.
A aquisição de novas informações que serão retidas na memória é denominada aprendizado.
Atenção: habilidade de estar atento para absorver as informações. Focalizar a consciência, concentrar os processos mentais em uma única tarefa. Caracteriza um estado de alerta.
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Como ocorre o processo de aprendizagem e o seu armazenamento? Como se forma a memória?
Temos dois tipos de aprendizagem: a associativa e a não-associativa.
- Não-associativa
Por meio da habituação (ruído repetitivo) ou sensibilização (susto) sofremos um único estimulo que nos torna capaz de fazer uma previsão do futuro. Através da habituação, nos mantemos relaxados. Através da sensibilização, nos mantemos em alerta.
- Associativa
Quando ocorre a convergência de dois estímulos temos o condicionamento clássico. Um assobio prevê o acontecimento de um segundo fator, logo você passa a tomar uma ação sobre isso.
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Classificar os tipos de memória.
Primeiro ocorre a aquisição – que é a entrada de um evento qualquer nos sistemas neurais ligados à memória. Durante a aquisição, ocorre a seleção dos aspectos mais relevantes para a cognição, mais marcantes para a emoção, mais focalizados pela atenção. Logo após, estes aspectos serão armazenados por um tempo determinado, esse é o processo de retenção da memória.
- Tempo de retenção
- Memória ultrarrápida: retenção não dura mais que alguns segundos.
- Memória de curta duração: dura minutos ou horas; serve para manter o sentido do presente.
- Memória de longa duração: dias, semanas e até anos.
- Natureza
- Memória explicita: reúne o que só podemos evocar por meio de palavras.
- Episódica: eventos datados;
- Semântica: conceitos atemporais.
- Memória implícita: não precisa de palavras.
- Memória de representação perceptual: imagem de um evento antes de compreender seu significado.
- Memória de procedimentos: hábitos e habilidades.
- Memória associativa: salivar antes da comida chegar.
- Memória não associativa: aprendizado por estímulo repetitivo.
- Memória operacional: armazenamento de informações temporárias apenas para raciocínio imediato.
Referência: Cem bilhões de neurônios
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Como o sono sedimenta a memória e interfere no processo de aprendizagem? A falta dele causa o que?
A memória adquirida transita por regiões do cérebro até se transformarem em aprendizado ou lembrança. Primeiro elas ficam no hipocampo, migrando depois para a região córtex. Este processo é consolidado durante o sono.
A memória é construída numa sequência específica do ciclo do sono – na fase de ondas lentas (sono profundo) e na fase REM, aquela em que sonhamos.
Ocorre uma intensa movimentação de impulsos elétricos durante o sono de ondas lentas – não-REM. Os neurônios foram ativados neste período, quando a memória foi reverberada do hipocampo para o córtex.
Durante o sono REM foi registrado um aumento no córtex, mas não no hipocampo. Na fase de ondas lentas ocorre a reverberação da memória e durante o sono REM, os genes são ativados e a memória é armazenada.
A privação de alguns dias de sono geralmente provoca o fenômeno do rebote, ou seja, aumentando a quantidade de sono ao dormir novamente. O sono tem várias funções dentre elas: restaurar energias gastas durante a vigília, “restaurar o sistema imunitária” (vigília em excesso = excesso de cortisol), restauração das atividades mentais já que é durante o sono REM que há a consolidação da memória e do aprendizado.
As causas da perda do sono podem ser primárias como alterações do mecanismo do sono, ou secundárias como dor, ansiedade, depressão, mudança de fuso etc.
A qualidade do sono e a qualidade de vida estão intimamente relacionadas. O desemprego, por exemplo, é fator de qualidade de vida que pode afetar a qualidade do sono de um indivíduo porque a preocupação presente nessa situação aumenta a latência do sono e os despertares noturnos. Por outro lado, um indivíduo portador de distúrbio do sono provavelmente sofrerá consequências no trabalho devido à má qualidade do sono.
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Caracterizar as áreas secundárias e terciárias associativas.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO SECUNDÁRIAS
Como já foi visto, essas áreas são unimodais, ou seja, relacionam-se, ainda que indiretamente, com alguma modalidade de sensação ou com a motricidade, estando geralmente justapostas às áreas primárias correspondentes. Podem ser sensitivas ou motoras.
- Áreas de Associação Secundárias Sensitivas
São conhecidas três áreas sensitivas secundárias ou áreas sensitivas de associação:
- a) área somestésica secundária* — situa-se no lóbulo parietal superior, logo atrás da área somestésica primária, e corresponde à área 5 e parte da área 7 de Brodmann.
- b) área visual secundária — até há pouco tempo acreditava-se que essa área estaria limitada ao lobo occipital, situando-se adiante de área visual primária, correspondendo às áreas 18 e 19 de Brodmann. Sabe-se hoje, entretanto, que nos primatas, inclusive no homem, ela se estende ao lobo temporal, onde também ocupa as áreas 20, 21 e 37 de Brodmann.
- c) área auditiva secundária — situa-se no lobo temporal, circundando a área auditiva primária, e corresponde à área 22 de Brodmann.
As áreas secundárias recebem aferências principalmente das áreas primárias correspondentes e repassam as informações recebidas às outras áreas do córtex, em especial às áreas supramodais.
Para que se possa entender melhor o significado funcional das áreas secundárias, cabe descrever os processos mentais envolvidos na identificação de um objeto. Essa identificação se faz em duas etapas: uma de sensação e outra de interpretação.
Na etapa de sensação toma-se consciência das características sensoriais do objeto, sua forma, dureza. cor. tamanho etc. Na etapa de interpretação, ou agnosia, tais características sensoriais são ‘comparadas’ com o conceito do objeto existente na memória do indivíduo, o que permite sua identificação.
Essas duas etapas dependem de áreas corticais diferentes. A etapa de sensação faz-se em uma área sensitiva de projeção, ou área primária; já a etapa de interpretação, ou agnosia, envolve processos psíquicos muito mais complexos, que dependem da integridade das áreas de associação secundárias acima descritas e, em consequência disso, são às vezes denominadas áreas gnósicas. Por outro lado, quando a estimulação se faz com a apresentação de uma cena visual mais complexa, contendo objetos a serem identificados, à ativação metabólica da área primária segue-se ativação das áreas secundárias. A existência de duas áreas diferentes envolvidas na identificação de objetos torna possível que elas sejam lesadas separadamente. Como já foi visto, a lesão das áreas primárias causa deficiências sensoriais, como cegueira e surdez, o que não ocorre nas lesões das áreas secundárias. Nesse caso, entretanto, ocorrem os quadros clínicos denominados agnosias, nos quais há perda da capacidade de reconhecer objetos, apesar de as vias sensitivas e das áreas de projeção cortical estarem perfeitamente normais. Distinguem-se agnosias visuais, auditivas e somestésicas, estas últimas geralmente táteis. Assim, um indivíduo com agnosia visual será incapaz de reconhecer objetos pela visão, embora possa reconhecê-los por outra forma de sensibilidade, como pelo tato, olfato etc.
ÁREAS DE ASSOCIAÇÃO TERCIÁRIAS
Elas são supramodais, ou seja, não se relacionam isoladamente com nenhuma modalidade sensorial. Recebem e integram as informações sensoriais já elaboradas por todas as áreas secundárias e são responsáveis também pela elaboração das diversas estratégias comportamentais.
As funções dessas áreas, até há algum tempo denominadas áreas ‘silenciosas’ do córtex só há relativamente pouco tempo começam a ser esclarecidas.
Compreende a parte anterior não-motora do lobo frontal. Essa área desenvolveu-se muito durante a evolução dos mamíferos e no homem ocupa cerca de 1/4 da superfície do córtex cerebral. Através dos fascículos de associação do córtex ela recebe fibras de todas as demais áreas de associação do córtex, ligando-se ainda ao sistema límbico. Especialmente importantes são as extensas conexões recíprocas que ela mantém com o núcleo dorsomedial do tálamo.
Com base nessas experiências dois cirurgiões portugueses fizeram pela primeira vez a lobotomia (ou leucotomia) pré-frontal, para tratamento de doentes psiquiátricos com quadros de depressão e ansiedade. A operação consiste em uma secção bilateral da parte anterior dos lobos frontais, passando adiante dos cornos anteriores dos ventrículos laterais. Essa cirurgia melhora os sintomas de ansiedade e depressão dos doentes, que entram cm estado de ‘tamponamento psíquico”, ou seja, deixam de reagir a circunstâncias que normalmente determinam alegria ou tristeza.
Esta área está envolvida pelo menos nas seguintes funções:
- a) escolha das opções e estratégias comportamentais mais adequadas à situação física e social do indivíduo, assim como a capacidade de alterá-las quando tais situações se modificam;
- b) manutenção da atenção. Vimos que lesões na área pré-frontal causam distração, ou seja, os pacientes têm dificuldade de se concentrar e fixar voluntariamente a atenção. Os aspectos mais complexos dessa função, como, por exemplo, a capacidade de seguir sequências ordenadas de pensamentos, dependem fundamentalmente da área pré-frontal;
- c) controle do comportamento emocional, função exercida juntamente com o hipotálamo e o sistema límbico.
Compreende todo o lóbulo parietal inferior, ou seja, os giros supramarginal, área 40, e angular, área 39 estendendo-se também às margens do sulco temporal superior e parte do lóbulo parietal superior. Situa-se, pois, entre as áreas secundárias auditiva, visual e somestésica, funcionando como centro que integra informações recebidas dessas três áreas. A área temporoparietal é importante para percepção espacial, permitindo ao indivíduo determinar as relações entre os objetos no espaço extrapessoal. Ela permite também que se tenha uma imagem das partes componentes do próprio corpo, razão pela qual já foi também denominada área do esquema corporal.
As áreas corticais de associação límbicas compreendem o giro do cíngulo, o giro para-hipocampal e o hipocampo. Essas áreas, relacionadas principalmente com a memória e o comportamento emocional, integram o sistema límbico.
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Caracterizar o TDAH (onde lesa, o que faz) e o mecanismo de ação da Ritalina.
O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade.
O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:
1) Desatenção
2) Hiperatividade-impulsividade: As crianças são tidas como “avoadas”, “vivendo no mundo da lua” e geralmente “estabanadas” e com “bicho carpinteiro” ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos.
Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos. Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São frequentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande frequência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.
Ref: Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA)
Mecanismo de ação da Ritalina
O metilfenidato é um potente inibidor da recaptação da dopamina e da noradrenalina. Bloqueia a captura das catecolaminas pelas terminações das células nervosas pré-sinápticas; impede que sejam removidas do espaço sináptico.
Deste modo a dopa e a nora extracelulares permanecem ativas por mais tempo, aumentando significativamente a concentração destes transmissores nas sinapses. O metilfenidato possui potentes efeitos agonistas sobre os receptores alfa e beta adrenérgico. O fármaco eleva o nível de alerta do sistema nervoso central. Incrementa os mecanismos excitatórios do cérebro. Isto resulta numa melhor concentração, coordenação motora e controle dos impulsos.
Seu mecanismo de ação é o estímulo de receptores alfa e beta-adrenérgicos diretamente, ou a liberação de dopamina e noradrenalina dos terminais sinápticos, indiretamente. Seu início de ação dá-se em 30 minutos, com pico em uma a duas horas, e meia-vida de duas a três horas.
Agem modulando sistema mesocorticolimbico, mais especificamente bloqueando a recaptaçâo da DOPAMINA.
Consequência: Acúmulo de NT na fenda
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