Sepse

É definida como uma síndrome de resposta inflamatória, motivada por um agente agressor, associada à infecção sistêmica. Também pode ser definida como uma disfunção orgânica potencialmente fatal causada por uma resposta imune desregulada a uma infecção.

  • Epidemiologia
    • No Brasil, 16,7% dos pacientes de UTI tem diagnóstico de sepse ou choque séptico
    • A idade média é de 61,7 anos.
    • Acomete mais homens (55,7%) do que mulheres.
    • Sua ocorrência se associa a um tempo médio de internação hospitalar de 15 dias.
    • Os principais sítios de infecção são trato respiratório (69%) e abdome (23,1%).
    • A mortalidade hospitalar de pacientes com sepse e choque séptico no Brasil (67,4%) é maior que a média mundial (49,6%).
    • No Brasil, a mortalidade relacionada a sepse, sepse grave e choque séptico é de, respectivamente, 16,7% 34,4% e 65,3%.
  • Quadro clínico
    • Hipotensão, oligúria, alteração do estado mental, febre ou hipotermia, taquipneia, leucocitose ou leucopenia.
  • Diagnóstico
    • Pesquisa dos sintomas e duração da infecção primária.
    • Realização do quickSOFA: É uma ferramenta para se usar à beira do leito para identificar pacientes com suspeita/documentação de infecção que estão sob maior risco de efeitos adversos. Os critérios usados são: PA sistólica menor que 100 mmHg, frequência respiratória maior que 22irpm e alteração do estado mental (GCS < 15). Cada variável conta um ponto no score, portanto ele vai de 0 a 3. Uma pontuação igual ou maior a 2 indica maior risco de mortalidade ou permanência prolongada na UTI.
    • Com a positividade do quickSOFA, realiza-se o SOFA para o diagnóstico da sepse. Um SOFA score alto está associado com um aumento na probabilidade de mortalidade. O score gradua anormalidades em diferentes sistemas do organismo e também leva intervenções clínicas em conta. No entanto, valores de exames laboratoriais, como PaO2, plaquetas, creatinina e bilirrubinas são necessários para completar a avaliação. Devem ser realizados os exames de rotina básica: ureia, creatinina, eletrólitos, hemograma, albumina, transaminases, bilirrubinas totais e frações, fosfatase alcalina, GAMA-GT, gasometria arterial com lactato, gasometria de cateter venoso central, proteína C reativa, coagulograma, troponina e CKMB. ECG, RX de tórax, Urina tipo 1, 2 pares de hemoculturas e urocultura.
  • Tratamento
    • Nas primeiras 3 horas: Realizar avaliação inicial e instituir suporte respiratório, medir níveis de lactato e coletar exames gerais, obter culturas antes da administração de antibióticos, administrar antimicrobianos de amplo espectro na 1ª hora, administrar 30 mL/kg de cristaloides se houver hipotensão ou lactato maior ou igual a 36 mg/dL.
    • Nas primeiras 6 horas: Instituir monitorização hemodinâmica, iniciar terapia precoce guiada por metas e deve-se administrar antibioticoterapia na primeira hora do reconhecimento de sepse ou choque séptico.

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