Resumo Morfofuncional

Este resumo contém:

  • Sistema Nervoso Autônomo
  • Patologia – Lesões Neuronais
  • Antebraço e mão
  • Patologia – Intoxicação por Chumbo
  • Fígado
  • Patologia – Hepatite aguda medicamentosa
  • Exames de Imagem
  • Drogas e mecanismo de ação
  • Arquivo: MORFO Manejo Ambiental e Intoxicação

Morfofuncional – Geriatria

Osso

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  • Função óssea: estrutural, movimentação, proteção, reserva de íons e produção de sangue.
  • Sistema de Havers: formado por fibras colágenas e possui osteócitos. Está presente na diáfise dos ossos (meio). O canal de Havers é revestido por endósteo e possui nervos e vasos. O canal de Volkmann fornece a comunicação entre o canal e o osso. É o sistema de irrigação.
  • Tecido ósseo é dividido em primário e secundário:
    • Primário: sem organização definida, grande quantidade de osteócitos e menor de minerais. Pouco presente em adultos.
    • Secundário: fibras organizadas. Encontrado em adultos.
  • Articulações: uniões entre dois ou mais ossos.
    • Sinoviais: são articulações de locomoção.
      • Planas: movimento de deslizamento.
      • Gínglimos: flexão e extensão.
      • Selares: abdução, extensão, flexão e adução.
      • Elipsoides: flexão e extensão; abdução e adução.
      • Esferoides: flexão e extensão; abdução e adução; rotação e circundação.
      • Trocoideas: rotação.
    • Fibrosas: união por meio de tecido fibroso. Ex.: suturas de crânio.
    • Cartilagíneas: união por meio de cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
  • Tecido ósseo compacto: proteção e suporte. Ex.: diáfises.
  • Tecido ósseo esponjoso: armazena a medula. Ex.: epífises.
  • Osteócito: são células maduras derivadas dos osteoblastos, envoltas em matriz. Situam-se em lacunas e são essenciais para manter a matriz óssea.
  • Osteoblasto: produz matriz óssea. Cuboides em intensa atividade metabólica. Importante no crescimento ósseo e na reparação de fraturas.
  • Osteoclasto: Destrói matriz óssea. Células gigantes e multinucleadas. Reabsorvem o tecido ósseo.
  • Matriz óssea: possui íons e fibras colágenas.
  • Periósteo: membrana de tecido conjuntivo denso, contém fibras colágenas e fibroblastos. Protege o osso e fornece fixação aos músculos.
  • Endósteo: camada de células achatadas que revestem as cavidades do osso esponjoso, o canal medular, o canal de Havers e o canal de Volkmann.
  • Periósteo e endósteo nutrem o tecido ósseo e fornecem novos osteoblastos.
  • Cartilagem hialina: formada de colágeno, apresenta pericôndrio. Encontrada nas fossas nasais, traqueia, etc. Forma o primeiro esqueleto do embrião e faz molde dos ossos futuros.
  • Cartilagem fibrosa: possui condrócitos e fibras colágenas. Encontrada nos discos intervertebrais. Absorve impacto e dá elasticidade.

    Osso Ilíaco

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  • Sustenta peso do corpo e promove locomoção.

  • O membro inferior é formado pelos dois ossos do quadril, unidos na sínfise púbica e no sacro.
  • O cíngulo do membro inferior e o sacro formam a pelve óssea.
  • Os membros inferiores são conectados ao tronco pelo cíngulo dos ossos do quadril e sacro.
  • É um osso plano, chato e irregular. Formado pela fusão de três ossos: ílio, ísquio e púbis.
  • Apresenta duas faces, quatro bordas e quatro ângulos.
    • Face externa: asa ilíaca, cavidade do acetábulo, forame obturatório.
    • Face interna: fossa ilíaca, face auricular e linha arqueada.
  • Articulações: sacro (sincondrose – cartilagem hialina), fêmur (sinovial) e ilíaco (sínfise púbica).
  • Articulação do quadril: esferoide.
  • Articulação tibiofemural: flexão, extensão e rotação. Sinovial bicondilar.
  • Articulação patelofemural: sinovial plana.

Patologia óssea

  • Turn-over ósseo: retirada e reposição de cálcio nos ossos.
    • Paratormônio: retira cálcio do osso.
    • Calcitonina: repõe cálcio no osso, por meio de ativação dos osteoblastos.
  • Osteopenia: diminuição da massa óssea.
  • Osteoporose: diminuição da matriz.
  • Osteomalácia: diminui a calcificação.
  • Osteoartrite: desgaste da cartilagem articular onde osso bate com osso. Formação de osteófitos, que é representa o crescimento da base dos ossos.
  • Para aumentar matriz óssea: exercício físico.

 Exame de imagem

  • Densitometria óssea: mede a densidade mineral dos ossos para comparar os padrões.
  • Melhor local: cabeça e colo do fêmur, L4-L5 e rádio.

Ressonância Magnética

  • Avaliação de músculo esquelético, com contraste de gadolínio.

Exame do Quadril – RX

  • Observam-se articulações, sacro, ilíaco, cabeça do fêmur e trocanters.

Exame do Joelho – RX

  • Pode-se observar diminuição do espaço articular, caracterizando osteoartrite.
  • Além do RX, pode-se realizar ressonância.

Sistema Cardiovascular

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  • Embriologia: originado do mesoderma esplâncnico. O coração tubular primitivo é formado na 3ª semana. O coração começa a bater entre o 22º e 23º dias.
  • Posição anatômica: localizado na cavidade torácica, no mediastino e entre os dois pulmões.
  • Pericárdio parietal: saco seroso de tecido conjuntivo denso que envolve o coração.
  • Pericárdio seroso: produz liquido pericárdico.
  • Paredes do coração:
    • Epicárdio: camada externa.
    • Miocárdio: camada média que é constituída de tecido muscular estriado cardíaco.
    • Endocárdio: camada interna.
  • Possui ápice, base, faces (esternocostal, diafragmática, pulmonar direita e pulmonar esquerda) e margens.
  • Câmaras e valvas: quatro câmaras, dois átrios e dois ventrículos. Possui músculos pectíneos nos átrios e estes são separados pelo septo interatrial. Já os ventrículos são separados pelo septo interventricular. As valvas atrioventriculares estão entre os átrios e os ventrículos; e as valvas semilunares estão na base da artéria pulmonar e da aorta.
    • O átrio direito possui a aurícula direita, que é uma bolsa muscular que se projeta como uma câmara adicional. Possui valva tricúspide.
    • O átrio esquerdo possui a aurícula esquerda e a valva mitral.
    • O ventrículo direito possui elevações musculares irregulares. A valva está presa pelas cordas tendíneas e seu controle é feito pelos músculos papilares.
    • O ventrículo esquerdo possui a parede 3 vezes mais espessa.
  • Histologia:
    • Possui esqueleto fibroso, onde se originam as células musculares cardíacas. O esqueleto fibroso dá apoio para as valvas, fixa o miocárdio e promove isolamento elétrico.
    • O endocárdio é formado de endotélio, que repousa sobre a camada subendotelial – feita de tecido conjuntivo frouxo (fibras elásticas e colágenas).
    • A camada subendotelial possui veias, nervos e células de Purkinje.
    • O miocárdio é formado de células musculares cardíacas, que são organizadas em espiral.
    • O epicárdio é formado de epitélio pavimentoso simples (mesotélio).
    • As válvulas cardíacas são formadas de tecido conjuntivo denso e são revestidas por endotélio.
  • Músculo cardíaco: presença de células alongadas e ramificadas.
  • Células do automatismo cardíaco: possui sistema próprio formado pelos nós sinoatrial e atrioventricular.

Suprimento arterial para o coração

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   A artéria coronária direita e a artéria coronária esquerda formam uma coroa invertida oblíqua. A artéria dominante é aquela que dá origem ao ramo interventricular posterior, usualmente é a direita.

   A artéria coronária direita passa entre a aurícula direita e o tronco pulmonar. Atinge o sulco coronário e desce para a margem direita do coração, curvando-se em direção à região posterior do sulco. A artéria alcança a cruz do coração e termina à esquerda, através de uma anastomose. Suprem o átrio direito e o ventrículo direito.

  A artéria coronária esquerda possui maior calibre e supre o miocárdio, incluindo o ventrículo e o átrio esquerdos. 

Oxigenação: tronco pulmonar à artérias pulmonares à artérias lobares à artérias segmentares.

As veias possuem um trajeto independente das artérias e dos brônquios. A superior e a inferior conduzem o sangue arterial dos lobos para o átrio esquerdo.

  • Artéria coronária direita
    • Origem: seio aórtico direito.
    • Trajeto: sulco coronário.
    • Distribuição: átrio direito, nós AS e AV.
    • Anastomose: ramos da artéria coronária esquerda.
  • Ramo do nó sinoatrial
    • Origem: artéria coronária direita.
    • Trajeto: sobe para nó SA.
    • Distribuição: tronco pulmonar e nó SA.
  • Ramo marginal direito
    • Origem: artéria coronária direita.
    • Trajeto: margem inferior do coração e ápice.
    • Distribuição: ventrículo direito e ápice.
    • Anastomose: ramos IV.
  • Ramo interventricular posterior
    • Origem: artéria coronária direita.
    • Trajeto: sulco IV posterior para ápice.
    • Distribuição: ventrículos direito e esquerdo; septo IV.
    • Anastomose: ramos da artéria coronária esquerda.
  • Ramo do nó atrioventricular
    • Origem: artéria coronária direita.
    • Trajeto: nó AV.
    • Distribuição: nó AV.
  • Artéria coronária esquerda
    • Origem: seio aórtico esquerdo.
    • Trajeto: sulco AV.
    • Distribuição: átrio e ventrículo esquerdos.
    • Anastomose: artéria coronária direita.
  • Ramo do nó sinoatrial
    • Origem: ramo circunflexo.
    • Trajeto: átrio esquerdo para nó SA.
    • Distribuição: átrio esquerdo e nó SA.
  • Ramo interventricular anterior
    • Origem: artéria coronária esquerda.
    • Trajeto: sulco IV para ápice.
    • Distribuição: ventrículos direito e esquerdo; septo IV.
    • Anastomose: ramos da artéria coronária direita.
  • Ramo circunflexo
    • Origem: artéria coronária esquerda.
    • Trajeto: sulco AV para face posterior do coração.
    • Distribuição: átrio e ventrículo esquerdos.
    • Anastomose: artéria coronária direita.
  • Ramo marginal esquerdo
    • Origem: ramo circunflexo.
    • Trajeto: margem esquerda do coração.
    • Distribuição: ventrículo esquerdo.
    • Anastomose: ramos IV.

Artérias da curva da aorta

  • 1º Ramo: tronco braquiocefálico arterial (artéria subclávia direita e artéria carótida comum direita). Artéria subclávia direita distribui sangue para encéfalo, medula espinal, pescoço e ombro. Artéria carótida comum direita distribui sangue para cabeça e pescoço.
  • 2º Ramo: artéria carótida comum esquerda. Distribui sangue para cabeça e pescoço.
  • 3º Ramo: artéria subclávia esquerda. Distribui sangue para encéfalo, medula espinal, pescoço e ombro.

Câmaras e valvas cardíacas

  • Átrio direito: recebe sangue venoso (com dióxido de carbono) de três veias: veia cava superior, veia cava inferior e seio coronário. A veia cava superior recolhe sangue da cabeça e dos membros superiores, já a inferior recolhe sangue do das partes inferiores. O seio coronário recebe sangue do miocárdio. O sangue passa para o ventrículo direito através da tricúspide.
  • Átrio esquerdo: recebe sangue arterial (oxigenado) por meio de 4 veias pulmonares. Leva sangue para o ventrículo esquerdo através da valva mitral.
  • Ventrículo direito: apresenta fibras musculares chamadas trabéculas carnosas.
  • Ventrículo esquerdo: bombeia sangue para a circulação sistêmica.

Vasos sanguíneos

  • As paredes dos vasos são compostas de músculo liso, tecido elástico e tecido fibroso. O revestimento interno é de endotélio. As células endoteliais regulam a pressão sanguínea, o crescimento dos vasos e a absorção de minerais.
  • Possuem túnicas: intima (endotélio), média (músculo liso) e adventícia (conjuntivo com colágeno).
  • Vasa vasorum: pequenos vasos (arteríolas/capilares/vênulas) que se encontram ao redor das paredes de grandes vasos na camada adventícia.
  • O endotélio e o tecido elástico formam a túnica intima.
  • Artéria à arteríola à capilar à vênula à

Artérias e Veias

  • Artérias
    • Não colabam, possuem parede espessas, seguem do coração para a periferia, baixo calibre, alta elasticidade e baixa distensibilidade.
  • Veias
    • Pode colabar, possuem paredes finas, seguem da periferia para o coração, alto calibre, baixa elasticidade e alta distensibilidade.
  • Músculo cardíaco e Músculo esquelético
  • Músculo Cardíaco
    • Forma de curtos cilindros, um ou dois núcleos, possui discos intercalados e núcleo no centro da célula.
  • Músculo esquelético
    • Forma de longos cilindros, multinucleado e possui núcleos na periferia.

Aterosclerose

Resumo: lesão endotelial à aumento da permeabilidade vascular à acúmulo de monócitos à LDL fagocitados formando as células espumosas à oxidação e macrófagos à produção de citocinas pró-inflamatórias.

A aterosclerose caracteriza-se por lesões da íntima chamadas ateromas. Uma placa ateromatosa consiste em uma lesão elevada com centro mole, amarelo e grumoso de lipídios (principalmente colesterol e ésteres do colesterol), coberta por uma cápsula fibrosa. Além de obstruir o fluxo sanguíneo, as placas ateroscleróticas podem romper-se, levando a uma trombose dos vasos.

A lesão vascular inicia o processo aterosclerótico. O dano endotelial (que pode ser causado por uma série de fatores de risco e/ou alterações hemodinâmicas) foi classificado da seguinte forma:

  • Tipo I – Lesão vascular envolvendo mudanças funcionais no endotélio com mínimas mudanças estruturais.
  • Tipo II – Lesão vascular envolvendo rompimento endotelial com mínima trombose.
  • Tipo III – Lesão vascular envolvendo dano à camada média, que estimula importante trombose.

  O que acontece a seguir é o aumento de expressão das moléculas de adesão, da permeabilidade endotelial e da transmigração do LDL-colesterol para dentro da camada íntima.

  A segunda etapa é a migração de partículas de LDL-colesterol através da camada endotelial para a íntima, onde estará sujeito à oxidação. É então fagocitado através da via do receptor scavenger. Esse processo segue e resulta na formação das células espumosas. O acúmulo desse tipo de células na íntima resulta na formação das estrias gordurosas.

  Na terceira etapa temos uma resposta inflamatória contínua. A absorção do LDL modificado pelos macrófagos é um potente estimulador para a produção e liberação de várias ocitocinas. Por sua vez, essa ação local das ocitocinas recruta mais macrófagos, células T, células musculares lisas e, em adição, um aumento ainda mais importante das moléculas de adesão endotelial e aumento na permeabilidade endotelial.  Com a continuação desse processo, as células espumosas se agregam em verdadeiros lagos lipídicos que irão formar os núcleos lipídicos da placa aterosclerótica.

  A quarta etapa é a formação da capa fibrosa. Aqui temos a migração das células musculares lisas da camada média do vaso para a íntima, onde se depositam e secretam colágeno. Essas células são as responsáveis pela formação de uma parede/capa que irá separar o conteúdo lipídico do sangue circulante. As características dessa capa será um dos fatores responsáveis na definição de estabilidade ou instabilidade da placa.

  A placa aterosa instável é a mais perigosa, caracterizada por um organismo que possui altos níveis de VLDL e LDL. Provavelmente irá conduzir a formação de um trombo. Apresenta atividade inflamatória intensa, especialmente nas suas bordas laterais, com grande atividade proteolítica e capa fibrótica fina. A ruptura desta capa expõe o material lipídico altamente trombogênico, levando à formação de um trombo (coágulo) sobrejacente. Este processo, também conhecido por aterotrombose, é um dos principais determinantes das manifestações clínicas da aterosclerose, como a angina instável, infarto do miocárdio (ataque cardíaco) e o acidente vascular cerebral (derrame cerebral).

Sistema Respiratório

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  • Histologia
    • Traqueia: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes. Possui cartilagens em forma de “C” revestidas de pericôndrio.
    • Brônquios: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado até cilíndrico simples. Possui cartilagem hialina.
    • Bronquíolos: epitélio cilíndrico simples até cubico simples. Os bronquíolos possuem músculo mais desenvolvido que os brônquios. Os terminais fornecem proteção contra poluentes e processos inflamatórios.
    • Alvéolos: epitélio pavimentoso simples.
    • Tecido conjuntivo frouxo do mediastino: acomodação do movimento, alteração de volume e pressão.
  • Pulmões
    • Possui lobos (direito e esquerdo), base e ápice.
    • Possui as faces: costal, mediastinal e diafragmática.
    • A pleura é dividida em parietal (reveste as cavidades) e a visceral (reveste a superfície pulmonar).
    • A cavidade pleural é o espaço virtual entre as pleuras, que contém o líquido pleural seroso.
    • Barreiras das vias respiratórias: cílios, muco e linfócitos.
    • O pneumócito 1 possibilita trocas gasosas e o 2 produz o surfactante, que reduz a tensão superficial alveolar.
  • Vasculatura dos pulmões e das pleuras

  Cada pulmão tem uma grande artéria pulmonar para irrigação e duas veias pulmonares que drenam seu sangue. A artéria pulmonar direita e a artéria pulmonar esquerda conduzem sangue venoso até os pulmões, para este ser oxigenado.

 Cada artéria pulmonar se ramifica em artérias lobares, que irrigam os lobos superiores e inferiores. As artérias lobares se dividem em artérias segmentares terciárias. Cada lobo é servido por uma artéria lobar e um brônquio secundário. Cada segmento broncopulmonar é servido por uma artéria segmentar e um brônquio terciário.

  A veia pulmonar superior e a veia pulmonar inferior conduzem sangue arterial dos lobos de cada pulmão para o átrio esquerdo do coração.

Mediastino

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  • É a região de separação entre os pulmões. É dividido em mediastino superior e inferior.
  • Tecido conjuntivo frouxo do mediastino: acomodação do movimento, alteração de volume e pressão.
  • O mediastino superior está no manúbrio do esterno e as quatro vertebras torácicas.
  • O mediastino inferior é dividido em anterior, médio e posterior.
    • Anterior: entre o corpo do esterno e o pericárdio.
    • Médio: contém o pericárdio, o coração e parte da aorta.
    • Posterior: delimitado pela coluna vertebral e pelos vasos pulmonares.

Doença pulmonar obstrutiva crônica

  A DPOC (Doença pulmonar obstrutiva crônica) tem como fatores de risco predominantes o tabagismo e o enfisema. É uma doença crônica e progressiva que acomete os pulmões e tem como principais características a destruição de seus alvéolos.

  Os principais sintomas dos pacientes são a limitação do fluxo aéreo (entrada e saída do ar), principalmente na fase expiratória, a dispneia, fadiga muscular, insuficiência respiratória, entre outros.

  As substâncias do tabaco provocam basicamente as seguintes alterações no sistema respiratório: estimulam a hipertrofia das glândulas submucosas determinando um aumento na secreção de muco e inibem o movimento ciliar das células epiteliais.

  A limitação do fluxo aéreo pode decorrer da diminuição da retração elástica do parênquima pulmonar, hipersecreção de glândulas da mucosa e inflamação das vias aéreas levando a metaplasia. O trabalho expiratório estará aumentado.

  A metaplasia pavimentosa (escamosa) é a substituição de um tecido por outro mais resistente. A metaplasia se desenvolve por meio de certa lesão (hábito de fumar) provocar mecanismos adaptativos, podendo ser estes reversíveis ou irreversíveis.

  No caso, o hábito de fumar pede do trato respiratório um tecido para proteção, logo, o epitélio pseudoestratificado colunar ciliado se torna um epitélio pavimentoso. Infelizmente, essa substituição também prejudica o trato respiratório por conta da perda do aparelho mucociliar, aumentando as chances do indivíduo fumante sofrer de infecções por repetição e de desenvolver pneumonia. O epitélio pavimentoso possui forma de escama para facilitar a irrigação sanguínea entre as células, por meio da difusão.

   Enfisema pulmonar é um tipo de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) caracterizada por danos aos alvéolos pulmonares, causando oxigenação insuficiente e acúmulo de gás carbônico no sangue.  Ela geralmente é causada pela inalação de produtos químicos tóxicos, como fumaça de tabaco, queimadas e poluição do ar.  Os danos às paredes dos alvéolos reduzem o espaço capaz de fazer troca de ar.

   O enfisema é caracterizado pela perda da elasticidade do tecido pulmonar, destruição dos alvéolos e seus capilares. Conforme os danos aumentam, as vias aéreas colapsam, resultando em menor superfície para trocas gasosas, levando a uma forma obstrutiva de doença pulmonar: o ar entra nos pulmões e não sai.

  A diminuição da ventilação e obstrução das vias aéreas e a hiperinflação dos pulmões resultam em baixos níveis de oxigênio (hipóxia) e altos níveis de dióxido de carbono (hipercapnia) no sangue, conforme o espaço para troca gasosa reduz. Durante a hiperinflação pulmonar, o risco de inflamação das vias aéreas também aumenta, o fluxo de ar expiratório reduz e diminui ainda mais a transferência de gás. Os níveis de oxigênio no sangue progressivamente menores aumentam a frequência respiratória como resposta compensatória.

  No caso do enfisema, basicamente, a complacência pulmonar aumenta e a elasticidade diminui. Sendo mais fácil o ar entrar no trato respiratório do que sair.

Doença pulmonar obstrutiva crônica – RX

  Aprisionamento anormal das vias aéreas, com presença de tórax em tonel – aumento do diâmetro anteroposterior. Há aumento da transparência pulmonar (pulmão preto). Apresenta aumento do espaço retroesternal e espaço retrocardíaco em perfil. Conforme o individuo envelhece, a densidade óssea diminui e surge uma hiperlordose. Cateterismo desobstrui e retorna o fluxo.

Próstata

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  • Glândula de secreção externa, atrás da sínfise púbica abaixo da bexiga.
  • Secreta o liquido prostático (constitui sêmen).
  • Possui dois terços glandulares e o outro terço é fibromuscular. Sua base é relacionada ao colo da bexiga. O ápice está em contato com o músculo esfíncter da uretra e o transverso do períneo.
  • A face anterior muscular é separada da sínfise púbica pela gordura retroperitoneal.
  • A face posterior está relacionada com a ampola do reto.
  • A face inferolateral é relacionada com o músculo levantador do ânus.

Hiperplasia prostática benigna

Aumento do estroma e das glândulas na zona de transição da próstata. Ocorre a formação de nódulos. Diminui a testosterona. A hiperplasia ocorre ao redor da uretra. Causa jato fraco, gotejamento terminal, diminuição do jato, noctúria, urgência miccional e polaciúria.

Exames para a próstata

  • Melhores exames: ultrassom, exame de toque e exame de sangue (PSA).
  • RX simples: não é possível examinar a próstata. Injeta contraste para ver a bexiga.
  • Ultrassom: avalia a textura e o peso. Faz-se pela via abdominal ou transrretal. Na via abdominal, a bexiga deve estar cheia para empurrar as estruturas. Liquido fica preto (hipoecogênico).
  • Exame do toque: avalia consistência, área de ondulação, área fibroelástica ou aumento.
  • PSA (exame de sangue): avalia histologia celular, presença de antígeno prostático.
  • Tomografia: não é ideal. Pede-se bexiga cheia.
  • Ressonância: sequência em T2 (hipersinal). Pede-se bexiga cheia.
  • Tratamento: ressecção transuretral.

Morfofuncional de Neuro

Divisão anatômica do Sistema Nervoso

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  1. Sistema Nervoso Central
  • Encéfalo
  • Cérebro: diencéfalo e telencéfalo.
  • Tronco encefálico: mesencéfalo, ponte e bulbo.
  • Cerebelo
  • Medula
  1. Sistema Nervoso Periférico
  • Nervos
  • Terminações nervosas
  • Gânglios

Divisão funcional do Sistema Nervoso

  1. Sistema Nervoso Somático (meio): componentes aferentes e eferentes.
  2. Sistema Nervoso Visceral (vegetativo): componentes aferentes e eferentes.

Divisão filogenética do córtex

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Córtex cerebral (substância cinzenta) é dividido em:

  • Arquicórtex: hipocampo
  • Paleocórtex: unco e giro para-hipocampal
  • Neocórtex: resto

Divisão do córtex por citoarquitetura

O córtex possui até 6 camadas, sendo, as mais importantes: granular externa, piramidal externa, granular interna e piramidal interna.

O neurônio granular está relacionado com funções sensitivas (aferência), enquanto o neurônio piramidal está relacionado com a função efetora (eferência).

Classificação do córtex

  • ISOCÓRTEX: Contém as 6 camadas celulares (neocórtex)
  • Homotípico: possível visualizar as 6 camadas celulares
  • Heterotípico – não é possível diferenciar as camadas, devido ao fato de haver predomínio de uma determinada célula (granular ou piramidal).
  1. Heterotípico granular: com predomínio de célula granular, apresenta função sensitiva. Nesse contexto, todos os córtex sensitivos (somestesia, audição, visão e gustação) são do tipo isocórtex heterotípico granular, com exceção do olfatório – do tipo alocórtex.
  2. Heterotípico agranular: com predomínio de células piramidais, possui função motora.
  • ALOCÓRTEX: Contém apenas 3 camadas celulares (arquicórtex ou paleocórtex).

Divisão funcional do córtex

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  • Áreas primárias: são unimodais, ou seja, possuem apenas um modo funcional (motor ou sensitivo), sendo o motor o começo do caminho e, o sensitivo, o final.
  • Áreas de projeção: conectam níveis diferentes do SNC.
  • Áreas secundárias: São unimodais, podendo ser motora ou sensitiva.
  • Áreas de associação: conectam o mesmo nível do SNC (conversa com outras áreas do córtex).
  • Áreas terciárias: são supramodais, ou seja, possuem ambos os modos funcionais e nelas ocorrem a convergência de estímulos. As mais importantes são:
    • Córtex temporoparietal: responsável pela noção de espaço.
    • Córtex pré-frontal: responsável pelo desejo do ato motor e pelo comportamento social.
    • Sistema límbico: responsável pelas emoções e pela formação de memória

Receptores

Os receptores podem ser classificados:

  • Localização (proprioceptor –profundo; exteroceptor – superficial; interceptor – visceral);
  • Função;
  • Presença de cápsula (receptores livres – mais simples, e receptores capsulados – mais especializados);
  • Receptores especiais (sensibilidades especiais);
    • As vias da visão, audição, gustação, olfação e equilíbrio terminam, cada uma, em uma área diferente do córtex.
  • Receptores gerais (sensibilidade gerais).
    • Vias – do tato, pressão, temperatura, dor, vibração – convergem todas para o giro pós-central (área somatossensorial).

Principais giros e sulcos do córtex

Os hemisférios cerebrais humanos apresentam inúmeras circunvoluções. A cada circunvolução dá-se o nome de giro, e a cada depressão entre giros denomina-se de sulco. Os sulcos particularmente profundos podem ainda ser chamados de fissuras.

  • Giro: circunvoluções cerebrais.
  • Sulcos: depressões na superfície do cérebro.
  • Insula: porção profunda do córtex, que separa os lobos temporal e frontal.

Lobos

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  1. Lobo Frontal
  • Giro pré-central: área motora principal no controle do movimento voluntário.
  • Área de broca: centro da linguagem no cérebro – expressão motora.
  1. Lobo Temporal
  • Giro temporal transverso superior: centro da audição.
  • Área de Wernicke: compreensão da linguagem.
  1. Lobo Parietal
  • Giro pós-central: áreas sensoriais somáticas.
  • Superfície inferior: área gustativa.
  1. Lobo Occipital
  • Córtex visual

Diencéfalo – Hipotálamo e tálamo

  • Hipotálamo
    • Possui núcleos (ex.: supraquiasmático).
    • Regulação da ingestão de alimentos – núcleo ventromedial.
    • Regulação da sede.
    • Ritmos biológicos – núcleo supraquiasmático.
    • Termorregulação.
    • Eixo HHG.
  • Tálamo
    • Transmissão de informações para os hemisférios cerebrais.
  • Amígdala
  • No lobo temporal.
  • Faz parte do sistema límbico: controle das emoções e regulador de comportamentos sexuais e da agressividade. 

    Hipocampo

  • No lobo temporal.
  • Organiza memória e aprendizagem.
  • Núcleos da base – organização interna dos hemisférios cerebrais
    • No telencéfalo: caudado, putâmen, globo pálido. Organização dos movimentos voluntários. 

      Cerebelo

  • Controle dos movimentos.
  • Manutenção do tônus muscular.
  • Mantém equilíbrio do corpo.

Tronco Encefálico

  1. Localizado entre a medula espinal e o diencéfalo.
  2. Funções
  • Recebe informações sensitivas e controla músculos da cabeça;
  • Contém circuitos nervosos que transmitem nervosos;
  • Regula a atenção;
  • Possui o centro respiratório;
  • Regulação da pressão arterial.
  • Mesencéfalo
    • Entre a ponte e o cérebro.
    • Possui o tecto e o tegumento.
  • Ponte
    • Controle de atividades vegetativas.
  • Bulbo
    • Controle de atividades vegetativas.

Formação reticular

  • Conjunto de neurônios separados por uma rede de fibras nervosas, na parte central do tronco encefálico.
  • Núcleos da Rafe: conjunto de 8 núcleos na linha mediana. Contém neurônios ricos em
  • Locus ceruleus: Está no assoalho do terceiro ventrículo, com células ricas em
  • Substância cinzenta periaquedutal: substância cinzenta em torno do aqueduto cerebral. Atua na regulação da dor.
  • Área tegumentar ventral: está no tegumento do mesencéfalo. Com neurônios ricos em
  • Possui duas áreas: zona magnocelular (zona efetuadora da FOR) e zona parvocelular.

Conexões da FOR

  • Com o cérebro: projeta fibras para o córtex.
  • Com o cerebelo: conexões nos dois sentidos
  • Com a medula: fibras rafe-espinais e espinho reticulares.
  • Com núcleos dos nervos cranianos: através das fibras nos núcleos.

SARA – Sistema Ativador Reticular Ascendente

sara

  • Tem uma ação ativadora do córtex.
  • O ritmo normal de sono e vigília depende de mecanismos que estão no tronco encefálico.
  • A ação do SARA ocorre através de conexões da FOR com os núcleos do tálamo.
  • Quando o SARA está ativado estamos em estado de consciência e vigília.
  • Os impulsos sensoriais chegam ao sistema nervoso central pelos nervos espinhais e cranianos, passam na FOR, ativando o SARA.
  • As pessoas acordam quando recebem estímulos sensoriais. Isso acontece pela ativação do córtex através do SARA, ativado por fibras de vias sensitivas.
  • A regulação do sono depende da ação de núcleos da FOR. Os núcleos da rafe são os principais responsáveis pelo sono, ou seja, a lesão desses núcleos pode causar insônia.
  • O sono REM é ativado a partir de grupos neuronais que estão na FOR.
  • Controle eferente da sensibilidade: o sistema nervoso é capaz de selecionar as informações sensoriais que chegam a ele, configurando um fenômeno através disso. Esse controle acontece por conta de fibras na FOR.

Sistema límbico

cerebro-sistema-limbico

  • Responde pelos comportamentos instintivos, pelas emoções e pelos impulsos básicos, como 3 sexo, ira, prazer e sobrevivência.
  • Forma um elo entre os centros de consciência que estão no córtex e no tronco encefálico.
  • Regula o sistema endócrino e suas regiões são conectadas, formando o circuito de Papez.
  1. Conexões intrínsecas
  • Circuito de Papez: Hipocampo à Fórnix à Corpo Mamilar à Fascículo mamilo talâmico à Núcleos anteriores do tálamo à Cápsula interna à Giro do cíngulo à Giro para-hipocampal à
  • Corpo amigdaloide e área septal: Conexões entre si e com o circuito.
  1. Conexões extrínsecas
  • Conexões aferentes: possui áreas corticais de associação (informações visuais) e áreas de projeção (informações olfatórias). Possui o núcleo do trato solitário e o hipotálamo, que são responsáveis pela sensibilidade visceral; e também possui a formação reticular, responsável pela ação modeladora.
  • Conexões eferentes: atuam na expressão dos processos emocionais e no controle do sistema nervoso autônomo, através de conexões com o hipotálamo.
  • Hipotálamo: Fórnix, fascículo mamilo talâmico, estria terminal, feixe prosencefálico medial.
  • Formação reticular do mesencéfalo: feixe prosencefálico medial, fascículo mamilo-tegmentar, estria medular.
  1. Principais estruturas e funções
  • Giro do cíngulo: faz parte do córtex límbico e está abaixo do corpo caloso. Coordena odores e visões agradáveis de emoções interiores.
  • Giro para-hipocampal: ativado quando se observa cenas e lugares.
  • Hipocampo: Memória e consciência espacial.
  • Amígdala: envolvida com a memória e respostas emocionais.
  • Área septal: está na parte anterior do corpo caloso. Constitui um dos centros do prazer no cérebro.
  • Amígdala e hipocampo: O hipocampo é crucial no reconhecimento de um rosto e a amígdala te informa se você gosta da pessoa ou não.
  • Área pré-frontal: suas conexões com regiões subcorticais ajudam na expressão dos estados afetivos. Quando sofre lesão, a pessoa perde o senso de suas responsabilidades sociais, capacidade de concentração e abstração.
  • Feixe prosencefálico medial: expressão de processos emocionais e controle de atividades do sistema nervoso autônomo.

 Estímulos: informações sobre o ambiente interno externo

Receptores

Tipos de estímulos

  • Químicos: olfato, paladar, etc.
  • Mecânicos: tato, som, etc.
  • Térmicos e eletromagnéticos: luz, temperatura.
  • Nocivos: lesão de tecido.

Existem receptores sensoriais para diversos tipos de estímulos:

  • Mecanorreceptores: detectam a compressão ou estiramento do receptor.
  • Termorreceptores: detectam alterações na temperatura.
  • Nociceptores: detectam lesões tecidual.
  • Quimiorreceptores: detectam alterações na concentração de substâncias químicas.

Propriocepção inconsciente

Receptores: fusos neuromusculares e órgãos neurotendinosos, situados nos músculos e nos tendões.

  • Neurônios 1:
    • Localizam-se nos gânglios espinais.
    • Ramificam-se em prolongamentos periférico e central.
    • O periférico se liga a receptores e o central penetra medula pela divisão medial da raiz posterior.
    • O ramo central se divide em ramo ascendente longo e descendente curto.
    • Ambos fazem sinapse com os neurônios 2 da coluna posterior ou no núcleo cuneiforme acessório do bulbo.
  • Neurônios 2:
    • No núcleo torácico: originam axônios que se dirigem para o funículo lateral do mesmo lado. Ascende cranialmente, constituindo o trato espino-cerebelar posterior, que termina no cerebelo, onde penetra pelo pedúnculo cerebral celular inferior.
    • Na base da coluna posterior substância cinzenta intermediária: originam axônios que decussam para o funículo lateral do lado oposto. Ascende cranialmente constituindo tratos espino-cerebelar anterior, que penetra no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar posterior. As fibras que decussam na medula, decussam novamente antes de penetrar o cerebelo.
    • Núcleos cuneiforme e acessório do bulbo: chegam impulsos proprioceptivos do pescoço e de membros superiores. Seus axônios constituem o trato cuneo-cerebelar, que penetra o cerebelo pelo pedúnculo cerebelar inferior.
  • Estímulos gerados na musculatura estriada esquelética chegam ao cerebelo.
  • Impulsos originados no tronco e membros inferiores seguem pelos tratos espinho-cerebelares.
  • Impulsos originados nos membros superiores e no pescoço seguem pelo trato cuneo-cerebelar após passagem pelo núcleo cuneiforme acessório.

Trigeminal proprioceptiva

  • Capacidade de reconhecer localização espacial do corpo, sua posição e orientação.
  • Os neurônios 1 não estão em um gânglio, mas sim no núcleo do trato mesencefálico. Os neurônios desse núcleo possuem o mesmo valor funcional de células ganglionares.
  • O prolongamento periférico desses neurônios liga-se a fusos neuromusculares na musculatura mastigadora. Liga-se também a receptores na articulação temporal mandibular, que veiculam informações sobre força da mordida.
  • A maioria dos prolongamentos centrais desses neurônios estabelecem sinapse com neurônio no núcleo motor. Admite-se que uma parte desses prolongamentos faz sinapse no núcleo sensitivo principal (neurônio 2), de onde os impulsos proprioceptivos conscientes, através do lemnisco trigeminal, vão ao tálamo (neurônio 3) e de lá, ao córtex.

Vias sensitivas

  • Sistema Coluna Dorsal-Lemnisco Medial e Sistema anterolateral

Via do lemnisco medial: principal via do tato leve.

Via espinotalâmica: principal rota da informação da dor e da temperatura.

Tato grosso– protopático: Corresponde a dor e temperatura.

Receptores -> gânglios espinais (neurônio 1) -> coluna posterior (neurônio 2) -> cruzam a medula e vão até o funículo anterior do lado oposto -> trato espinotalâmico anterior -> ponte -> lemnisco espinhal -> tálamo (neurônio 3) -> córtex.

Tato epicrítico – Fino

Receptores de membros SUPERIORES -> gânglios espinhais (neurônio 1) -> fascículo cuneiforme -> bulbo (neurônio 2) -> lemnisco medial -> núcleo ventral posterior (tálamo – neurônio 3) -> córtex

Receptores Membro inferior -> gânglios (neurônio 1) -> Medula (fascículo grácil) -> bulbo (núcleo grácil – neurônio 2) -> lemnisco medial -> núcleo ventral posterior (tálamo) -> córtex

Glândulas salivares

  • São glândulas exócrinas que produzem a saliva. A saliva tem funções digestivas e protetoras.
  • São revestidos por uma cápsula de tecido conjuntivo o rico em fibras elásticas.
  • Possui dois tipos de células secretoras: as serosas e as mucosas.
  • Glândula parótida: é uma glândula acinosa composta. Composta por células serosas. Possui tecido conjuntivo com plasmócitos e linfócitos.
  • Glândula submandibular: É uma glândula tubuloacinosa composta. Possui células serosas e mucosas. As células secretoras facilitarão o transporte de água e eletrólitos.
  • Glândula sublingual: é uma glândula tubuloacinosa composta com células serosas e mucosas.

Papilas Gustativas

  • Cavidade oral: epitélio pavimentoso estratificado queratinizado ou não.
  • Língua: massa de músculo estriado esquelético.
  • Papilas: filiformes, fungiformes, foliadas e circunvaladas.

Via gustativa

  • Papila fungiforme -> sinapse 1 -> nervo facial -> gânglio geniculado -> núcleo trato solitário -> sinapse 2 -> núcleo póstero medial no tálamo -> sinapse 3 -> córtex insular
  • Papila circunvalada -> sinapse 1 -> nervo glossofaríngeo -> núcleo trato solitário -> sinapse 2 -> núcleo póstero medial no tálamo -> sinapse 3 -> córtex insular
  • Epiglote -> sinapse 1 -> nervo vago -> núcleo trato solitário-> sinapse 2 -> núcleo póstero medial no tálamo -> sinapse 3 -> córtex insular

Via olfativa

  • Possui células nervosas – neurônios bipolares. Que são os receptores.
  • Estímulo -> nervo olfativo -> sinapse com células mitrais -> bulbo -> trato olfativo-> estrias olfativas -> córtex/sistema límbico – hipotálamo e hipocampo.

Via auditiva

Som -> meato auditivo externo -> vibração do tímpano -> orelha média -> orelha interna -> órgão de Corti -> nervo auditivo -> gânglio espinal (neurônio 1) -> nervo vestibulococlear -> núcleos cocleares (neurônio 2) -> fibra dorsal e ventral -> corpo trapezoide -> complexo olivar -> lemnisco lateral -> colículo inferior (neurônio 3) -> corpo geniculado medial (neurônio 4) -> córtex auditivo

Via Vestibular

Receptores -> mácula do utrículo e do sáculo -> nervo vestibular (neurônio 1) -> gânglio vestibular -> núcleos vestibulares (neurônio 2)

  1. Via consciente -> tálamo -> córtex
  2. Via inconsciente -> fascículo vestibular coclear -> córtex

Via óptica

Fotorreceptores (neurônios 1) -> células bipolares (neurônios 2) -> células ganglionares (neurônios 3) -> nervo óptico -> quiasma óptico-> trato óptico -> tálamo (neurônio 4) – corpo geniculado lateral-> radiação óptica-> córtex

Outros caminhos

  1. Hipotálamo – NSQ: ritmos circadianos
  2. Colículo superior: reflexo do movimento palpebral.
  3. Área pré-tectal: reflexo pupilar.

Envelhecimento

 

A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) define envelhecimento com “um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio-ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte”.

  1. Diferencie senescência de senilidade.

 Senescência: o envelhecer como um processo progressivo de diminuição de reserva funcional. Processo fisiológico com transformações graduais e deterioramento físico e mental  do ciclo vital, que ocorrem normalmente com o passar dos anos (envelhecimento). Não se acompanha de distúrbios de conduta ou amnésia entre outros. Processo normal de envelhecimento.

Senilidade: o desenvolvimento de uma condição patológica por estresse emocional, acidente ou doenças. Deterioramento patológico físico ou mental do envelhecimento agravado por doenças crônicas ou outras alterações que podem determinar o processo de perda de saúde do idoso (perda da capacidade de memorizar, prestar atenção, não conseguir se orientar, etc.). Relacionado às patologias.

 2. Quais as estratégias de imunização mais importantes na saúde da pessoa idosa? Quais meio podem utilizar para identificar sua atualização?

A vacinação é a estratégia mais importante na saúde da pessoa idosa e está diretamente relacionada com a melhor qualidade e expectativa de vida. Pessoas imunocompetentes têm mais condições de enfrentar adversidades associadas à ação de vírus e bactérias, portanto, é um grande equívoco negligenciar a prevenção de danos à saú- de por meio de imunobiológicos, independentemente da faixa etária. No Brasil, a esperança de vida ao nascer já ultrapassa os 74 anos, mas a equação que aponta um incremento na taxa de longevidade da população só faz real sentido se acrescentarmos a ela o coeficiente da qualidade. No tocante às imunizações, o futuro é hoje – doenças que impactam sobremodo a vida de idosos já podem ser prevenidas ou amenizadas com o auxílio de vacinas. Além disso a prevenção de doenças infecciosas insere-se nesse contexto ao possibilitar a redução da morbimortalidade e a melhoria da qualidade de vida dos idosos. O principal objetivo do profissional de saúde que atende o indivíduo idoso deve ser a promoção do envelhecimento bem-sucedido, ou seja, um envelhecimento associado ao baixo risco de doenças e/ou incapacidades funcionais a elas relacionadas, assegurando, dessa maneira, o melhor bem-estar possível.

O PNI institui o Calendário Nacional de Vacinação, adquire e distribui os imunobiológicos, definindo estratégias de vacinação para crianças, adolescentes, adultos, idosos e povos indígenas, com vacinas normalizadas em calendários de vacinação específicos para cada grupo. Historicamente, diversos calendários de vacinação foram propostos em função de diferentes situações, tais como: situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas.

Ou seja, sempre que temos uma mudança na situação epidemiológica, mudanças nas indicações das vacinas ou incorporação de novas vacinas, fazemos modificações no calendário. O controle pela enfermagem na UBS, no mapa vivo e controlado pela ANVISA.

3. O paciente Orestis Tebas, durante uma visita domicilar, se queixou que parece que o ar fica curto. Também explicou que tem sentido faltar o fôlego ao caminhar, mesmo que em curta distância. Durante a visita foi possível observar que tem tossido muito e com bastante catarro.

Os estudantes lembraram que ele é um idoso, fuma dois maços de cigarro por dia desde os 16 anos e nem pensa em parar.

Qual possível perfil de saúde-doença desse paciente? Qual (is) estratégia (as) disponíveis no SUS os estudantes podem ofertar ao paciente?

  • Tabagismo: O Ministério da Saúde, em parceria com as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde e setores da sociedade civil organizada, desde 1989 coordena as ações do Programa Nacional de Controle do Tabagismo (PNCT) desenvolvido para reduzir a iniciação ao hábito, promover sua cessação e diminuir os poluentes da fumaça do tabaco.
  • Programa de Atenção Integral à Saúde do Idoso: programa inserido na Atenção Básica de Saúde que visa a prevenção e promoção da saúde através de ações como aprimorar, manter e recuperar a capacidade funcional, valorizando a independência física e mental da pessoa idosa, promovendo independência e melhor qualidade possível, oferecer atendimento adequado com uma equipe multiprofissional e atenção integral à saúde do Idoso; avaliação funcional do Idoso, em categorias: frágil/ vulnerável e ativo/saudável, com intervenções e encaminhamentos necessários;  compor e capacitar equipe multiprofissional; disponibilizar aos idosos em tratamento de saúde, medicamentos principalmente os de uso contínuo como também exames e consultas; implantar a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa e melhorar o atendimento da saúde da pessoa idosa, diminuindo sua morbi-mortalidade e internamentos recorrentes. O atendimento inicial da pessoa idosa é realizado pelos auxiliares de enfermagem, que receberam capacitação pelos profissionais envolvidos no projeto. Assim, é realizada uma avaliação inicial através da ficha de atendimento individual à pessoa idosa como também entregue a caderneta, sendo a pessoa orientada, acompanhada e quando necessário ela é encaminhada para profissionais de referência que fazem parte da equipe ou a profissionais e órgãos competentes para o caso.
  • Plano de Ações Estratégicas Para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT): aborda os quatro principais grupos de doenças (cardiovascular, câncer, respiratórias crônicas e diabetes) e seus fatores de risco em comum modificáveis (tabagismo, álcool, inatividade física, alimentação não saudável e obesidade) e define diretrizes e ações em a) Vigilância, informação, avaliação e monitoramento; b) Promoção à saúde; c) Cuidado integral. O objetivo é de promover o desenvolvimento e a implementação de políticas públicas efetivas, integradas, sustentáveis e baseadas em evidências para a prevenção e controle das DCNT e seus fatores de risco e fortalecer os serviços de saúde voltados para cuidados crônicos.
  • Política de Promoção da Saúde: ações de alimentação saudável, atividade física, prevenção do uso do tabaco e álcool.
  • Programa Academia da Saúde: de promoção de atividade física.
  • Tabaco: ações regulatórias, como a proibição da propaganda de cigarros, as advertências sobre o risco de problemas nos maços do produto, maior controle da propaganda nos pontos de venda e proibição de aditivos de sabor no cigarro.
  • Expansão da atenção primária: cobertura 60% do país. As equipes atuam em território definido, com população adstrita, realizando ações de promoção, vigilância em saúde, prevenção, assistência e acompanhamento longitudinal dos usuários, o que é fundamental na melhoria da resposta ao tratamento dos usuários com DCNT. Foram publicados os Cadernos da Atenção Básica e guias para o controle de hipertensão arterial, diabetes, obesidade, cuidados cardiovasculares, entre outros.
  • Distribuição gratuita de medicamentos para hipertensão e diabetes: expansão da atenção farmacêutica e distribuição gratuita de mais de 15 medicamentos para hipertensão e diabetes (anti-hipertensivos, insulinas, hipoglicemiante, AAS, estatina, entre outros). Em março de 2011, o Programa Farmácia Popular passou a ofertar medicamentos gratuitos para hipertensão e diabetes em mais de 12.000 farmácias privadas.

 

 

Privação do Sono

 

  • Introdução

Nesta aula abordamos o sono. Vimos vídeos sobre suas fases, sobre sua relação com a memória e o aprendizado e, também, um experimento realizado com a privação do sono.

  • Material e métodos

Com estes vídeos pudemos aprofundar os conhecimentos e também adquirimos curiosidade e interesse para saber mais sobre a privação do sono.

  • Discussão: Explicar fisiologicamente os fenômenos associados a privação do sono

O sono é definido como o estado de inconsciência do qual a pessoa pode ser despertada por estímulo sensorial ou por outro estímulo. Existem múltiplos estágios de sono, do sono muito leve ao sono muito profundo.

Existem dois tipos de sono: o sono de ondas lentas (NÃO-REM) e o com movimentos rápidos dos olhos (REM). A cada noite, a pessoa percorre estágios de dois tipos de sono, que se alternam um com o outro. Eles são chamados sono de ondas lentas,  qual as ondas cerebrais têm grande amplitude e baixa frequência, e  sono com movimentos rápidos dos olhos (sono REM), no qual os olhos realizam movimentos rápidos, apesar de a pessoa ainda estar dormindo.

A maior parte do sono, durante cada noite, é da variedade de ondas lentas; como por exemplo o sono profundo e restaurador que a pessoa experimenta na primeira hora de sono após ter ficado acordada por muitas horas. O sono REM, por sua vez, ocorre em episódios que ocupam aproximadamente 25% do tempo de sono dos adultos jovens; e cada episódio geralmente recorre a cada 90 minutos. Esse tipo de sono não é restaurador e está em geral associado a sonhos vividos.

  • Sono de Ondas Lentas

Esse sono é excepcionalmente relaxante e está associado às diminuições do tônus vascular periférico e a muitas outras funções vegetativas do corpo. Por exemplo, ocorre diminuição de 10% a 30% da pressão arterial, da frequência respiratória e no metabolismo basal.

Os sonhos do sono de ondas lentas usualmente não são lembrados, pois não ocorre a consolidação dos sonhos na memória.

  • Sono REM (Sono Paradoxal, Sono Dessincronizado)

Em noite normal de sono, é comum que episódios de sono REM, durando de 5 a 30 minutos, apareçam em média a cada 90 minutos. Quando a pessoa está extremamente sonolenta, cada episódio de sono REM é curto, e pode até estar ausente. Por sua vez, à medida que a pessoa vai ficando mais descansada, com o passar da noite, a duração dos episódios de sono REM aumenta.

O sono REM tem várias características importantes:

  1. É a forma ativa de sono, geralmente associada a sonhos e a movimentos musculares corporais ativos.
  2. É mais difícil despertar o indivíduo por estímulo sensorial do que durante o sono de ondas lentas, e as pessoas em geral despertam espontaneamente pela manhã, durante episódio de sono REM.
  3. O tônus muscular está reduzido.
  4. As frequências cardíaca e respiratória ficam irregulares, o que é característica dos sonhos.
  5. Apesar da inibição extrema dos músculos periféricos, movimentos musculares irregulares podem ocorrer.
  6. O encéfalo fica muito ativo no sono REM. Esse tipo de sono por isso é também chamado sono paradoxal, porque é um paradoxo que a pessoa possa ainda estar dormindo, apesar dessa grande atividade encefálica.

Após privação total, em geral ocorre período de sono de “atualização” ou de “rebote”; após privação seletiva de sono REM ou do sono de ondas lentas, não há rebote seletivo desses estágios específicos do sono. Assim, há tendência a aumento nas proporções de sono REM, na noite seguinte à privação, e aumento do sono NÃO-REM na segunda noite, voltando-se à arquitetura normal do sono noturno somente na terceira noite. Isto é algo problemático para trabalhadores noturnos, que mudam de turno frequentemente, sem um esquema fixo. Eles podem exibir uma arquitetura de sono sempre conturbada, além de sintomas de fadiga, irritabilidade, alterações de intelecto e sonolência excessiva diurna, alternada com insônia.

Até mesmo restrições moderadas de sono por alguns dias podem degradar o desempenho cognitivo e físico, a produtividade global e a saúde da pessoa. O papel essencial do sono na homeostasia talvez seja mais vividamente demonstrado pelo fato de que de que ratos com privação de sono por 2 ou 3 semanas podem morrer.

A falta de sono certamente afeta as funções do sistema nervoso central. A vigília prolongada está em geral associada ao funcionamento anormal do processo do pensamento e, algumas vezes, pode causar atividades comportamentais anormais. Ocorre o aumento da lentidão dos pensamentos que ocorre no final de um dia de vigília prolongada, e além disso a pessoa pode ficar irritável ou até psicótica após vigília forçada.

O hormônio do crescimento tem seu pico de secreção durante o sono NÃO-REM de ondas lentas, assim como a testosterona. Distúrbios que levam à fragmentação do sono em crianças (como asma brônquica e distúrbios respiratórios do sono) podem ter repercussões negativas no crescimento pondo-estatural das mesmas. Também, os sintomas de disfunção erétil masculina – encontrados no contexto da Síndrome da Apneia Obstrutiva do Sono – podem ter, em parte, relação com déficit de testosterona decorrente de privação crônica de sono.

O primeiro estudo com privação do sono em humanos foi conduzido em 1896. Os autores privaram o sono de indivíduos jovens de 88 a 90 horas, e observaram prejuízos no tempo de reação, na habilidade motora voluntária e na habilidade em memorizar.

Outro estudo clássico envolvendo um período longo de privação de sono foi conduzido por pesquisadores da Universidade de Oklahoma. O homem Peter Tripp permaneceu acordado por 201 horas devido a estímulos constantes. Com poucos dias de privação de sono, houve relatos de alucinações, ele dizia que via ratos, gatos e teias de aranha, além de ter apresentado paranoia insistindo que havia a presença de um eletricista que havia colocado eletrodos em seus pés.

As consequências das alterações no padrão de sono são diversas, podem ocorrer reduções na eficiência do processamento cognitivo, do tempo de reação e da responsividade atencional, além de prejuízo na memória, aumento da irritabilidade, alterações metabólicas, endócrinas, imunológicas, quadros hipertensivos, cansaço, náuseas, dores de cabeça, ardência nos olhos, visão turva, dores articulares e diminuição da libido. A falta de sono provoca prejuízos substanciais no desempenho físico e no cognitivo. As tarefas cognitivas complexas e as com um componente substancial de vigilância sofrem redução da eficiência do processamento cognitivo devido à privação de sono. O processamento de informações também é prejudicado, resultando em um aumento do tempo requerido para a tomada de decisões.

  • Conclusão

Portanto, podemos assumir que o sono restaura, de muitas formas, tanto os níveis normais da atividade cerebral, como o “balanço” normal entre as diferentes funções do sistema nervoso central. O uso excessivo de algumas das áreas cerebrais, durante a vigília, poderia facilmente provocar um distúrbio em relação ao restante do sistema nervoso.

 Referências bibliográficas

  1. O SONO NORMAL – Regina Maria França Fernandes – Departamento de Neurologia, Psiquiatria e Psicologia Médica. Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP.
  2. GUYTON, A.C., HALL, J.E Tratado De Fisiologia Médica 10. Ed. Rj . Guanabara Koogan, 2011.
  3. Privação de Sono e Exercício Físico – Hanna Karen M. Antunes, Monica L. Andersen, Sergio Tufik, Marco Tulio De Mello – Departamento de Biociências, UNIFESP; Departamento de Psicobiologia, UNIFESP; Centro de Estudos em Psicobiologia e Exercício, CEPE.

 

Resumo – Morfofuncional Pediatria

Intestino primitivo

fig-1

  • Forma-se durante a 4ª semana
  • Tubo digestivo está fechado nas extremidades cranial e caudal no início da 4ª semana.
  • Tubo digestório é revestido por endoderma. Porém, as cavidades bucal e anal são revestidas por ectoderma.
  • O endoderma do intestino primitivo origina o epitélio e as glândulas do trato digestório.
  • O mesênquima esplâncnico (circunda intestino primitivo) dá origem aos tecidos muscular, conjuntivo e outros da parede do trato digestivo.
  • Cabeça + Cauda + Pregas laterais se incorporam à vesícula umbilical.
  • Saco vitelínico e alantoide revestem a cavidade do intestino primitivo.
  • DIVISÕES: intestino anterior, intestino médio e intestino posterior.

Intestino anterior

  • Derivados: faringe primitiva, sistema respiratório inferior, esôfago, estômago, duodeno, fígado, aparelho biliar e pâncreas.
  • Duodeno, fígado e pâncreas: VASCULARIZADOS pelo tronco celíaco (formado por ramos da artéria celíaca).

Intestino Médio

  • Dá origem ao intestino delgado (ceco, apêndice e parte do colo transverso). Vascularizado pela artéria mesentérica superior.
  • Fica temporariamente ligado ao saco vitelínico.
  • Alongamento do intestino médio à Alça intestinal média à Hérnia umbilical fisiológica. Ocorre na 6ª semana, por falta de espaço na cavidade abdominal.
  • Alça intestinal média: ramo cranial (forma alças do intestino delgado) e ramo caudal (forma divertículo do ceco).
  • Redução da hérnia fisiológica do intestino médio: a rotação da alça intestinal média alonga o intestino médio e forma as alças intestinais (jejuno e íleo).
  • O intestino delgado ocupa a parte central do abdome e o intestino grosso ocupa o lado direito do abdome.

Ceco e Apêndice vermiforme

  • Surgem na 6ª semana.

Intestino posterior

  • Origina o terço esquerdo do intestino até a metade do colo transverso (colo descendente e colo sigmoide; parte superior do canal anal; epitélio da bexiga e uretra.)
  • Vascularizado pela artéria mesentérica inferior.

Esôfago

  • Originado a partir do intestino anterior.
  • SEPTO TRAQUEOESOFÁGICO: separa traqueia e esôfago.
  • Inicialmente o esôfago é curto, mas com o crescimento do coração e dos pulmões, se alonga.
  • Alcança seu comprimento na 7ª semana.
  • Epitélio e glândulas: derivados do ENDODERMA.
  • Mesênquima dos arcos faríngeos caudais à Músculo estriado à Terço superior do esôfago
  • Mesênquima esplâncnico circunjacente à Músculo liso à Terço inferior do esôfago

Estômago

  • Porção final do intestino anterior é inicialmente uma estrutura tubular na 4ª semana.
  • Alargamento da porção caudal do intestino anterior, no plano mediano.
  • Ao longo de 2 semanas (5ª e 6ª), a face dorsal do estômago cresce mais rápido que a face ventral, formando a curvatura do estômago.
  • No seu desenvolvimento, o estômago roda 90 graus no sentido horário.
  • O lado esquerdo original se torna a superfície ventral. Lado direito original se torna a superfície dorsal.
  • Essa rotação proporciona a inervação da parede anterior pelo NERVO VAGO ESQUERDO e a inervação da parede posterior pelo NERVO VAGO DIREITO.

Duodeno

  • Originado a partir da porção caudal do intestino anterior, porção cranial do intestino médio e do mesênquima esplâncnico.
  • Após a origem do ducto biliar, as duas porções do duodeno se unem.
  • Vascularizado pelos ramos das artérias celíaca e mesentérica superior.
  • Na 5ª e na 6ª semana a luz do duodeno chega a ser obliterada. Volta a se recanalizar no fim do período embrionário.

Mesentério (originado do mesogástrio ventral)

  • Prega ampla de peritônio que fixa o intestino delgado à parede posterior do abdome.
  • Origina o omento menor (formado por ligamento hepatogástrico e por ligamento hepatoduodenal), o ligamento falciforme e o peritônio visceral do fígado (revestimento).

Pâncreas

  • Originado pela fusão dos brotos pancreáticos dorsal e ventral.
  • Broto pancreático dorsal: dá origem a maior parte do pâncreas e cresce entre as camadas do mesentério dorsal.
  • Broto pancreático ventral: cresce entre as camadas do mesentério ventral.
  • Depois da fusão dos brotos, ocorre a formação do ducto pancreático principal e do ducto pancreático acessório.
  • Endoderma dos brotos pancreáticos à parênquima do pâncreas à desenvolvimento dos ácinos e das ilhotas pancreáticas.
  • Secreção de insulina: na 10ª semana.
  • Secreção de glucagon: na 15ª semana.

Baço

  • Derivado de células mesenquimais localizadas entre as camadas do mesogástrico dorsal.
  • No feto: possui lóbulos. Desaparecem e deixam depressões no baço adulto.
  • Células mesenquimais do primórdio esplênico formam a cápsula, a trama de tecido conjuntivo e o parênquima do baço.
  • É um centro hematopoiético até o fim da vida fetal.

Septo urorretal

  • Fusão do septo urorretal e da membrana cloacal na 7ª semana. Surgem as membranas anal e urogenital.
  • Essa fusão ocorre no corpo pineal – que é a porção central do períneo no adulto.

Canal anal

  • Dois terços superiores: originados do intestino posterior. Vascularizados pela artéria superior do reto. Drenagem pela veia superior do reto.
  • Nervos do sistema nervoso autônomo realizam a inervação.
  • Proctodeu à origina terço inferior do canal.

Formação dos Arcos Faríngeos

  • 5º arco branquial forma faringe.
  • Desenvolvimento a partir da 4ª semana.
  • Primeiro arco: Arco mandibular. Forma 2 saliências: menor (saliência maxilar) e maior (saliência mandibular).
  • Segundo arco: Arco hioide. Forma o corno menor do osso hioide.
  • Terceiro Arco: Forma o corno maior do osso hioide.
  • 4º e 5º Arcos: Formam as cartilagens tireoide, cricoide e aritenoide.

FORMAÇÃO LARINGE

  • Endoderma do tubo laringotraqueal à dá origem ao epitélio de revestimento da laringe
  • Mesênquima do 4º, 5º e 6º arcos faríngeos à dão origem às cartilagens (tireóidea, cricoide, aritenoide) e aos músculos.
  • Proliferação do mesênquima do 3º e 4º arcos faríngeos à origina epiglote (cartilagem elástica).
  • Com a proliferação do epitélio laríngeo, ocorre oclusão temporária do lúmen. A recanalização da laringe ocorre na 10ª semana.
  • Os músculos laríngeos são inervados por ramos do nervo vago.

FARINGE

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  • Tubo que vai da boca até o esôfago. Revestido internamente pela mucosa faríngea (epitélio liso).
  • NASOFARINGE: epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado
  • OROFARINGE/LARINGOFARINGE: epitélio pavimentoso estratificado não-queratinizado.
  • Parte nasal: posterior ao nariz e acima do palato mole. Comunica-se através das coanas. Na parede posterior temos a TONSILA FARINGEA (adenoide em crianças).
  • Parte oral: Do palato mole até o osso hioide. Na parede lateral temos a tonsila palatina.
  • Parte laríngea: Do osso hioide até a cartilagem cricoide. O istmo das fauces realiza a conexão entre a cavidade oral e a parte laríngea.

FÍGADO

  • Divertículo hepático dá origem ao fígado, vesícula biliar e ao sistema das vias biliares, a partir da porção caudal do intestino anterior.
  • Porção cranial do divertículo: FÍGADO primitivo
  • Porção caudal do divertículo: vesícula biliar
  • Células endodérmicas à cordões de hepatócitos.
  • 5ª-10ª semana: preenche grande parte da cavidade abdominal superior.
  • 6ª semana: início da hematopoese
  • 12ª semana: formação de bile.
  • Pedúnculo (liga ductos hepático e cístico para o duodeno) à DUCTO BILIAR.

Histologia

  • Irrigado pela artéria hepática (20%) e pela veia porta (80%)
  • Formado por hepatócitos.
  • Nutrientes da digestão à Vênula do Espaço porta à Capilares sinusoides à  Veia central
  • Canalículos biliares à canais de Hering à ductos biliares: EXCREÇÃO DA BILE

Anatomia

  • No quadrante superior direito do abdome.
  • 4 lobos: esquerdo, direito, quadrado e caudado.
  • Duas faces: diafragmática e visceral.
  • Diafragmática: coberta por peritônio visceral (exceto área nua)

VESÍCULA BILIAR – HISTOLOGIA

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  • Epitélio colunar simples, lâmina própria, músculo liso, tecido conjuntivo perimuscular e membrana serosa.

CAMINHO PERCORRIDO PELA BILE

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  • Produzida por hepatócitos
  • Excretada através dos ductos biliares – que formam os ductos hepáticos – para ir até o duodeno.
  • Ductos hepáticos formam o ducto hepático comum (recebe o ducto cístico e, com ele, forma o ducto colédoco).
  • Produzida no fígado, armazenada na vesícula biliar e liberada quando a gordura entra no duodeno.
  • Ampola pancreática (ducto hepático comum + ducto colédoco). Chega ao duodeno.

MEDULA ESPINHAL

  • Notocorda + Mesoderma à Espessamento do ectoderma neural à Placa neural à Tubo neural. 3ª SEMANA.
  • Células se diferenciam: Tubo neural à Encéfalo
  • Pregas neurais se fundem na região cranial: prosencéfalo (encéfalo anterior – TEL + DIEN), mesencéfalo (encéfalo médio) e rombencéfalo (encéfalo posterior – METEN + MIELEN).
  • 5ª semana: 5 vesículas primárias (telencéfalo, diencéfalo, metencéfalo, mielencéfalo e mesencéfalo).
  • A parte caudal da placa neural dá origem a MEDULA
  • Parede do tubo neural: neuroepitélio colunar pseudoestratificado.

Zonas do tubo neural

  • Zona ventricular (células neuroepiteliais) dá origem a neurônios e células macrogliais da medula.
  • Zona marginal: se torna a substância branca da medula.
  • Zona intermediária: surge de células neuroepiteliais que se diferenciam em neuroblastos.

Medula espinal embrionária

  • Placas alares à Cornos dorsal e central (substância cinzenta).

Formação das meninges

  • São formadas pela DURA-MÁTER, a PIA-MÁTER e a ARACNOIDE.
  • Mesênquima do tubo neural à Dura-máter
  • Células da crista neural à Pia-máter e aracnoide.
  • 5ª semana: formação do liquido cérebroespinhal.

Mielinização das fibras nervosas

  • No período fetal tardio começam a se formar as bainhas de mielina.
  • No primeiro ano pós-natal ocorre a formação por meio dos olidendrócitos (SNC) e células de Schwann (SNP).

SISTEMA RESPIRATÓRIO – EMBRIO

  • 28º dia (4ª semana): surge a partir da faringe primitiva (intestino anterior).
  • Endoderma à Origina epitélio e glândulas da laringe, da traqueia, dos brônquios e o epitélio pulmonar.
  • Mesoderma esplâncnico (intestino anterior) à Origina tecido conjuntivo, cartilagens e musculatura lisa.
  • 4ª semana: desenvolvimento dos brônquios.
  • 6ª semana: maturação dos pulmões.
  • 32ª semana-8 anos de idade: desenvolvimento alveolar.

Traqueia

  • Separação do divertículo laringotraqueal do intestino anterior à formação da traqueia e dos brotos brônquicos primários.
  • Endoderma do tubo laringotraqueal à epitélio e glândulas da traqueia.
  • Mesênquima esplâncnico à cartilagens, músculos e tecido conjuntivo.

Brônquios e Pulmão

  • 5ª semana: cada broto brônquico se alarga para formar os brônquios principais.
  • Brônquio principal direito forma 3 brônquios secundários. Brônquio principal esquerdo forma 2 brônquios secundários.
  • Brotos pulmonares se expandem.
  • Mesoderma esplâncnico (cobre exterior dos pulmões) à Pleura visceral.
  • Mesoderma somático (cobre superfície interna da parede corporal) à Pleura parietal.
  • Cavidade pleural: espaço entre as pleuras.
  • Até o final do sexto mês: Divisão dos brônquios. Porém, apenas na vida pós-natal a arvore brônquica se completa.
  • DEFESA: Mecânica + Imunidade inata e adquirida – Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado, células caliciformes.

SISTEMA RESPIRATÓRIO – ANATO/HISTO

  • Duas partes estruturais: superior (nariz e faringe) e inferior (resto).
  • Duas partes funcionais: condutora (resto) e respiratória (alvéolos).
  • Cavidade nasal, faringe, laringe, traqueia, brônquios, bronquíolos e alvéolos pulmonares.
  • Traqueia: liga laringe ao brônquio. 16 a 20 cartilagens.
  • Árvore bronquial: Anéis de cartilagem hialina.
  1. Laringe

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  • Tubo sustentado por 9 peças de cartilagem. Situado na parte superior do pescoço. Sua entrada se chama glote.
  • Alimentação: laringe sobe e a entrada fecha pela epiglote (válvula que se fixa no hioide e na cart. Tireóidea).
  • Epitélio que a reveste possui pregas – as cordas vocais.
  • Atua na produção de som. Na sua superfície interna, temos o vestíbulo da laringe, que possui duas pregas: PREGA VESTIBULAR (cordas vocais falsas) e PREGA VOCAL (cordas vocais verdadeiras).
  • 9 peças de cartilagem: 3 ímpares (Tireóidea, Cricoidea e Epiglótica) e 3 pares (Aritenoidea, Cuneiforme e Corniculada).
    • Cartilagem Tireóidea: Cartilagem hialina, forma paredes anterior e lateral.
    • Cartilagem cricoide: antecede traqueia.
    • Cartilagem aritenoide: responsável pela fonação.
  • Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes.
  • Nas pregas vocais: epitélio estratificado pavimentoso.
  • Cartilagem hialina: tireóidea, cricoide e parte inferior da aritenoide.
  • Cartilagem elástica: epiglote, corniculada, cuneiforme e parte superior da aritenoide.
  • Músculo vocal: estriado esquelético.
  1. Traqueia

 

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  • Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado com células caliciformes
  • Formado por peças cartilaginosas em forma de “C”.
  • Adventícia: tecido conjuntivo frouxo
  1. Brônquios

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  • Epitélio pseudoestratificado cilíndrico ciliado à Cilíndrico simples
  • Lâmina própria de tecido conjuntivo frouxo com fibras elásticas
  1. Bronquíolos
  • Epitélio cilíndrico simples à cúbico simples
  1. Ductos alveolares
  • Epitélio plano simples.
  • Dois tipos de células: Pneumócitos do tipo I (difusão) e pneumócitos do tipo II (surfactante).

ANATO – SIST. DIGESTÓRIO

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  • Estruturas: boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso, reto e ânus.
  • Células absortivas (enterócitos) no intestino delgado – Epitélio colunar simples.
  • Tronco celíaco e mesentérica superior vascularizam duodeno.
  • Sangue drenado à veia mesentérica superior à veia porta à fígado à veia cava inferior.

IMAGINOLOGIA

  1. Tomografia computadorizada – radiação ionizante
  • Contraste: iodo
  • Diverticulite e apendicite
  1. Enemopaco
  • Contraste de bário e ar atmosférico via retal
  • Intestino grosso
  • Laxante e dieta
  • Diverticulite, tumor
  1. Trânsito intestinal

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  • Intestino delgado: todas as porções 
  • Raio x com contraste de bário via oral
  • Tumores, divertículos
  1. Esôfagograma
  • Tumor, refluxo
  1. EED
  • Esôfago, estômago e duodeno
  • Gastrite, úlceras
  1. Raio X
  • Seios paranasais
  • De CAVUM: hipertrofia de tonsila (perfil, boca entreaberta, língua entre os dentes)
  1. Fígado
  • Ultrassonografia (USG) – pedra na vesícula
  • Computadorizada – radiação ionizante
  • Ressonância
  • Densidades: hipodensa (ar) e hiperdensa (gordura, liquido, osso).
  1. USG – obstetrícia
  • Idade gestacional, gravidez ectópica, crescimento fetal, etc.
  • 1º trimestre: 11ª-14ª semanas. Anatomia e translucência nucal. Alterações cromossômicas.
  • 2º trimestre: USG morfológico. Anatomia.
  • 3º trimestre: Avaliação do peso, volume do líquido amniótico, grau de maturidade placentária e vitalidade fetal.

PRÁTICAS FUNCIONAIS

AULA 2

Dosagem sérica da bilirrubina – calcula bilirrubina total e direta (1,5 md/dL)
RBD – Bilirrubina direta
RBT – bilirrubina total
Espectrofotômetro – mede e compara a quantidade de luz absorvida por uma solução

Determinação do hematócrito – medição na proporção de hemácias no sangue (40% = 40 ml) – avalia anemia, policitemia, resposta ao tratamento de anemia , desidratação, eficácia de transfusão – centrifugação da amostra levando a coagulação sanguínea q está sem  anticoagulante

Dosagem de hemoglobina – proteína presente no interior dos eritrócitos (hemácias) – responsável por avaliar anemia ou policitemia através de:
 Ht, Hb e Fe2+, VCM (volume corpuscular médio = volume das hemácias), HCM (hemoglobina corpuscular média = quantidade média de hemoglobina em cada hemácia), HDW (distribuição e variação de tamanho das hemácias) e CHCM (Hb corpuscular média = cálculo da quantidade de hemoglobina em um volume de hemácias)
Anemia = hemoglobina < 12g/dL em mulher e 13g/dL em homem

AULA 3

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Imunidade passiva – resposta rápida e curta por:
– passagem de anticorpos maternos ou administração de soro ou imunoglobulina de origem humana ou monoclonais

Imunidade ativa – resposta lenta e prolongada:
– produção de anticorpos específicos = estimulação das células de memória

Vacina = produto farmacológico capaz de induzir imunização ativa (antígenos vivo atenuado; inativado ou tóxicos; ou componentes do antígeno) que podem conter adjuvantes (aumenta e prolonga o efeito) e conservantes (protegem a vacina de condições adversas e parasitas)
Vacina combinada: vários antígenos
Vacina conjugada: proteína ligada a antígeno.

Endoparasitas

Platelmintos (vermes achatados)

Taenias

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  1. Taenia solium

   O ciclo começa quando o porco ingere os ovos da tênia. Da boca, esses ovos vão para o estômago onde se tornam larvas oncosféricas e então migram para o intestino delgado e para a musculatura em forma de cisticercos. Comendo a carne contaminada, o indivíduo ingere o cisticerco com o embrião hexacanto, assim ocorre a liberação do helminto, que vai para o intestino delgado do homem, onde se torna adulto. Por autofecundação ou por fecundação cruzada entre as proglotes, torna-se grávida. Estima-se que uma proglote grávida pode conter em torno de 60 mil ovos, que são eliminados diariamente.

  A cisticercose caracteriza-se quando o homem faz o papel de hospedeiro intermediário (do porco), devido a ingestão de alimentos contaminados por ovos de Taenia solium. Os cisticercos têm tropismo por SNC, musculatura e olhos.

 As tênias são hermafroditas, uma vez que cada proglótide possui sistema reprodutor masculino e feminino. No ciclo da teníase, o animal humano é o hospedeiro definitivo; suínos e bovinos são considerados hospedeiros intermediários. No hospedeiro definitivo, o animal adulto fica fixado às paredes intestinais e se autofecunda. Cada proglótide fecundada, sendo eliminada pelas fezes, elimina ovos no ambiente. Esses podem contaminar a água e alimentos, gerando grande possibilidade de serem ingeridos por um dos hospedeiros.

   Ocorrendo a ingestão pelos hospedeiros intermediários, estes têm a parede do intestino perfurada pelo embrião contido no ovo, que se aloja no tecido muscular. Este, alojado, confere à região um aspecto parecido com canjica – e é por esse motivo que algumas pessoas chamam esta doença pelo nome de “canjiquinha”.

   Ao se alimentar da carne crua ou malpassada do animal contaminado, o homem completa o ciclo da doença. O animal se desenvolve até o estágio adulto no intestino humano e pode conferir ao portador dores de cabeça e abdominais, perda de peso, alterações do apetite, enjoos, perturbações nervosas, irritação, fadiga e insônia. O hospedeiro definitivo tem potencial de continuar o ciclo da doença, caso suas fezes contaminem a água e alimentos dos hospedeiros intermediários ou de outras pessoas.

   As medidas de prevenção incluem o saneamento básico (tratamento de água e esgoto), fiscalização das carnes de porco e boi; cozimento prolongado da carne com cisticerco antes da ingestão; tratamento de doentes e bons programas de educação e sensibilização, incentivando bons hábitos de higiene no dia a dia.

2.Taenia saginata

Ciclo de Vida

Os humanos são os únicos hospedeiros definitivos de Taenia saginata. O verme adulto reside no intestino delgado onde se fixa por uma estrutura chamada escó Produzem proglotes que se engravidam, destacam-se do verme e migram para o ânus ou saem com as fezes. Cada proglote grávida contém de 80.000 a 100.000 ovos que são liberados depois que esta estrutura se destaca do corpo do verme e saem com as fezes. Os ovos podem sobreviver por meses até anos no ambiente.

  •  A ingestão de vegetação contaminada pelos ovos (ou proglotes) infesta o hospedeiro intermediário (bovinos e outros herbívoros). No intestino do animal, os ovos liberam a oncosfera, que evagina, invade a parede intestinal e migra para os músculos estriados, onde se desenvolve no cisticerco. O cisticerco pode sobreviver por muitos anos no animal. A ingestão de carne crua ou mal passada com cisticerco infesta os humanos. No intestino humano, o cisticerco se desenvolve 2 meses depois no verme adulto, que pode sobreviver por mais de 30 anos.
  • Modo de transmissão – carne bovina crua ou mal cozida contaminada por
  • Período de incubação – sintomas de cisticercose podem aparecer de dias a mais de 10 dias depois da infecção. Ovos aparecem nas fezes 10 a 14 dias na saginata.
  • Conduta médica e diagnóstico: o tratamento é realizado com niclosamida ou praziquantel. É importante destacar que os ovos das tênias dos suínos e dos bovinos são, microscopicamente, impossíveis de se diferenciar.
  • Medidas preventivas: a ocorrência da cisticercose suína e/ou bovina, é um forte indicador das más condições sanitárias. Com base nos conhecimentos atuais, a erradicação das tênias, T. solium e T. saginata, é perfeitamente possível pelas seguintes razões: os ciclos de vida necessitam do homem como hospedeiro definitivo; a única fonte de infecção para os hospedeiros intermediários, pode ser controlada; não existe nenhum reservatório selvagem significativo; e, existem drogas seguras e eficazes para combater a teníase. Para o controle destes parasitas e da cisticercose, os métodos devem ser baseados em:
  • Informar pessoas para evitar a contaminação fecal do solo, da água e dos alimentos destinados ao consumo humano e animal; não utilizar águas servidas para a irrigação das pastagens; e, cozer totalmente as carnes de suínos e bovinos;
  • Congelar a carne suína e bovina a temperatura abaixo de – 5ºC, por no mínimo 4 dias.

    Schistosoma mansoni

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  • Modo de infecção: A infecção ocorre quando a pele entra em contato com a água doce contaminada com o parasita do tipoSchistosoma. As crianças são as mais atingidas por este parasita, pois elas são mais vulneráveis por brincarem em locais úmidos sem saber que lá podem estar estes parasitas à espera de um hospedeiro. Já os adultos comumente se protegem com o uso de botas de borracha.
  • Sintomas: Os sintomas mais comuns da esquistossomose são: diarreia, febres, cólicas, dores de cabeça, náuseas, tonturas, sonolência, emagrecimento, endurecimento e o aumento de volume do fígado e hemorragias que causam vômitos e fezes escurecidos. Ao surgir estes sintomas, o indivíduo precisa procurar imediatamente um atendimento médico para que todos os procedimentos necessários sejam tomados. Assim como em qualquer outro problema de saúde, a automedicação não deve ser adotada pelo doente.
  • Profilaxia: O combate a esta doença passa necessariamente por medidas de saneamento básico. Águas e sistemas de esgoto devem ter sempre as águas tratadas. Os caramujos, hospedeiros intermediários do parasita, devem ser eliminados. Ao entrar em águas paradas ou sujas, deve haver uma proteção nos pés com botas de borracha.
  1. Nematelmintos (vermes cilíndricos)

  • Ascaridíase (lombriga)

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  É uma verminose causada por um parasita chamado Ascaris lumbricoides. É a verminose intestinal humana mais disseminada no mundo. A contaminação acontece ocorre quando há ingestão dos ovos infectados do parasita, que podem ser encontrados no solo, água ou alimentos contaminados por fezes humanas. O único reservatório é o homem. Se os ovos encontram um meio favorável, podem contaminar durante vários anos.

  • Ciclo da Doença

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   Os ovos eliminados nas fezes contêm embriões de Ascaris em seu interior. Após alguns dias em um ambiente propício, ainda dentro do ovo, o embrião transforma-se em larva, que, após passar por 2 mudas, torna-se apta a infectar quem a ingerir. Portanto, o ovo do áscaris só é capaz de infectar o ser humano se contiver larvas maduras em seu interior, chamadas larvas L3, processo que leva de 2 a 4 semanas para ocorrer. Se as larvas dentro do ovo ainda estiverem em fase L1 ou L2, o verme não é capaz de sobreviver no trato digestivo, sendo improvável a contaminação de quem o ingeriu.
    Os ovos infectantes ingeridos liberam as larvas L3 no duodeno, primeira parte do intestino delgado. Após tornarem-se livres, as larvas L3 atravessam a parede do intestino delgado e alcançam a corrente sanguínea, onde, dentro de 4 a 5 dias, migrarão para fígado, coração e, finalmente, pulmões.
   Nos pulmões, as larvas L3 sofrem mais 2 mudas ao longo de 10 dias e transformam-se em larvas L5. Após estarem maduras, as larvas migram para o sistema respiratório, até próximo à cavidade oral, podendo ser expelidas pela boca através da tosse ou deglutidas, voltando para o sistema digestivo. Novamente no intestino delgado, a larva torna-se um verme adulto.vcxvxcvx
   Um verme adulto costuma viver de 1 a 2 anos dentro do trato gastrointestinal. Os Ascaris adultos não se multiplicam dentro dos intestinos. Os ovos das fêmeas precisam ser eliminados no ambiente para desenvolverem larvas viáveis. Por isso, o número de vermes em uma pessoa só aumenta se ela ingerir novos ovos ao longo da sua vida. Caso não haja nova contaminação, após 2 anos, todos os vermes morrem e o paciente deixa de estar contaminado.

  • Profilaxia

  A higiene pessoal e o saneamento básico são importantes fatores de prevenção a infecção por este parasita. Medidas de higiene durante o preparo de alimentos, principalmente com relação às verduras, também são medidas indispensáveis.

  • Sintomas

 Outros sintomas são: dor abdominal, flatulência, cólica, diarreia, náuseas, vômito e presença de vermes nas fezes. Algumas reações como alergias, pneumonia e choque anafilático podem ocorrer, embora sejam mais raras. Nas crianças, grandes infestações podem causar oclusão intestinal, o que pode, inclusive, levar à morte.

  • Tratamento da ascaridíase

É feito através de medicação. No entanto, a medicação deve ser acompanhada de cuidados de higiene pessoal (lavar as mãos, por exemplo), medidas de higiene em relação aos alimentos (lavar as frutas e verduras em água corrente) e a água (ferver, caso a água não seja tratada), e saneamento básico.

Trichuris trichiura

Esse verme do filo nematoides causa a doença Tricuríase ou Tricuriose.

  • Modo de infecção

   O ciclo de vida desse verme é fecal-oral. Com isso, a contaminação do indivíduo se dá através da ingestão dos ovos do parasita contidos em alimentos, água ou solo, esses ovos chegam no intestino e eclodem liberando as larvas que dão origem ao verme.

Os ovos evacuados pelo indivíduo nas fezes, precisam encontrar um lugar propicio para amadurecerem e após cerca de 2 ou 3 semanas, passam a conter o embrião capaz de contaminar alguém (antes disso, o ovo ingerido dificilmente infecta alguém, pois não possui um embrião amadurecido).

  • Sintomas

  A maioria das pessoas infectadas por Trichuris trichiura não apresentam sintomas, somente aqueles que possuem os intestinos infestados com centenas de parasitos os desenvolvem. Nesses casos, os sintomas mais comuns são diarreia crônica, que pode ou não vir acompanhada de muco ou sangue misturado as fezes, distensão abdominal, enjoos, perda de peso, flatulência e anemia.

  • Tratamento

  O tratamento pode ser feito com o uso de remédios como o mebendazol ou albendazol, podendo ser prolongado, caso a infecção seja maciça. Após três ou quatro semanas, o médico deve solicitar um novo exame e observar se existe a presença de ovos nas fezes, caso isso ocorra, é necessário repetir o tratamento.

  • Profilaxia

            Por se tratar de uma parasitose que contém um ciclo fecal-oral, ela é muito comum em locais que possuem um saneamento básico precário como é o caso da maioria dos países subdesenvolvidos. Para o total amadurecimento dos ovos, também é necessário um local com o clima úmido e quente, já que os ovos não se adaptam bem a locais áridos ou muito frios.

            Para evitar a infestação também é necessário melhorar a educação sanitária, o tratamento da água, tratamento dos infectados.

Enterobius vermiculares/Oxyurus vermiculares

  • Transmissão

  1. Autoinfecção: a presença dos ovos provoca intensa coceira anal. Se o paciente coçar a região do ânus, ele pode contaminar suas mãos e unhas com os ovos do verme. Se a mão contaminada for levada à boca em algum momento, o paciente volta a se contaminar. Os ovos ingeridos eclodem no intestino delgado, dando origem a uma nova geração de Enterobius vermicularis.
  2. Retroinfecção: após 3 semanas, os ovos implantados na região perianal eclodem e dão origem a novos vermes. Estes vermes podem entrar pelo ânus e seguir em direção ao ceco, onde irão se acasalar novamente.
  3. Heteroinfecção: a transmissão do oxiúros para outras pessoas pode ocorrer através de mãos contaminadas com ovos. O paciente coça o ânus, contamina suas mãos e pode transmitir os ovos ao preparar alimentos, manipular objetos ou cumprimentar outros indivíduos. Pessoas que moram no mesmo ambiente de pacientes contaminados são as que têm mais riscos de serem contaminadas. Toalhas e roupas de cama estão frequentemente infectados com ovos deEnterobius vermicularis, o que facilita o contágio dos cônjuges.
  • Sintomas

  Diarreias contendo muco, cólicas abdominais, náuseas, vômitos, prurido anal intenso (sintoma mais marcantes) inflamação da região anal. 

  É uma parasitose cujo principal sintoma é a uma coceira anal, geralmente intensa e com predomínio noturno, o que costuma atrapalhar o sono dos indivíduos acometidos.

  • Ciclo

   Enterobius vermicularis é um verme que vive no intestino dos humanos, mais especificamente na região do ceco (início do intestino grosso) e do apêndice. Após o acasalamento, o macho morre e é eliminado pelas fezes. As fêmeas grávidas permanecem no ceco e, à noite, se movem através do intestino em direção ao ânus, local onde costumam implantar seus ovos. Cada fêmea pode colocar até 10.000 ovos. Após a deposição dos ovos, a fêmea tenta retornar para dentro do ânus, algumas conseguem, outras não, sendo eliminadas nas fezes.

  • Profilaxia

    A roupa de dormir e de cama usada pelo hospedeiro não deve ser “sacudida” pela manhã e sem enrolada e lavada em agua fervente, diariamente – tratamento de todas as pessoas parasitadas da família ou três vezes, com intervalo de 20 dias, até que nenhuma pessoa se apresente parasitada – corte de unhas, aplicação de pomada mercurial na região perianal ao deitar-se banho de chuveiro ao levantar-se e limpeza doméstica com aspirador de pós, são medidas complementares de utilidade.

Ancilostomídeos

  • Descrição:

As principais espécies parasitárias que provocam ancilostomose humana são: Ancylostoma duodenale, Necator americanus e Ancylostoma ceylanicum, sendo o último mais prevalente em canídeos e felídeos.  Todavia pode ocorrer, acidentalmente, em humanos, uma infecção causada por Ancylostoma caninum ou por Ancylostoma braziliense e, desta forma, há a possibilidade do desenvolvimento de uma síndrome denominada larva migrans. Apesar de possuir extensa distribuição geográfica, as espécies de Ancylostomidae possuem predominância em regiões de climas distintos. Enquanto o A. duodenale se encontra em maior proporção em áreas temperadas, o Necator americanus tem maior incidência em regiões tropicais. Já o parasitismo por parte do A. ceylanicum gera controvérsias, pois vários casos de parasitoses que poderiam ser decorrentes de infecções causadas por helmintos dessa espécie foram registrados como sendo por A. braziliense.

  • Características:

Ovo: Tem aspecto arredondado ou elipsoides, com dimensões de 60 m x 40 m para A. duodenale e 70 m x 40 m para o N. americanus. Entre a casca e a massa germinativa existe um halo cristalino, característica que é comum a ambas as espécies.

Larva filarióide: Apresenta cauda afilada, diferentemente da cauda talhada própria da espécie Strongyloides stercoralis. Sua bainha é constituída por uma dupla cutícula (interna e externa). Podem apresentar um ou dois pares de fixação.

  • Modo de contágio:

A transmissão da doença pode ser passiva (alimentos contaminados) ou ativa (contato com solos contaminados).

  • Ciclo de vida:

Posteriormente à cópula, a fêmea realiza a postura dos ovos no intestino delgado do hospedeiro, os quais são eliminados pelas fezes. Ao encontrar condições ideais de desenvolvimento (oxigenação satisfatória e umidade e temperatura elevadas) ocorre a embrionia e formação da larva rabditoide L1 (realiza movimentos serpentiformes e se nutre de matéria orgânica e microrganismos), culminando, por fim, em sua eclosão do ovo (ocorre em 12 a 24 horas). Agora no ambiente, uma vez atendidos os requisitos citados, L1 perde sua cutícula e transforma-se L2 (também rabditóide, de movimentos e alimentação iguais aos da larva L1), a qual produz uma nova bainha (a transformação acontece de três a quatro dias). Logo em seguida L2 cria uma cutícula interna a qual é coberta pela antiga (agora externa), convertendo-se em L3 filarióide (depois de cinco dias), sua forma infectante. Em razão do bloqueio da cápsula bucal determinado pela cutícula externa, a larva de terceiro estádio (L3) não se alimenta. A infecção no homem será sempre através de L3, tendo duas vias: uma ativa e outra passiva. Ativa: Através de estímulos físico-químicos, a larva filarióide é estimulada e começam o processo de penetração, auxiliadas por enzimas proteolíticas e por seus movimentos serpentiformes, de contração e extensão, passando ativamente pela pele, mucosas ou conjuntiva. A penetração ocorre num período de 30 minutos e, durante o processo, L3 perde a cutícula externa. Passada a pele, as larvas ganham a circulação sanguínea (ou a linfática), chegando ao coração e, em seguida, aos pulmões. Caem na luz dos alvéolos e, com a ajuda de seus movimentos serpentiformes, dos cílios e secreções pulmonares, ascendem à árvore brônquica, atravessam a traqueia e a laringe, até chegarem à faringe e serem engolidas, atingindo, por fim, o intestino delgado. Ao longo do trajeto desenvolvido pelo pulmão, L3 perde sua cutícula e produz uma nova, passando a L4, esta, por sua vez, ao chegar no intestino fixa sua cápsula bucal na mucosa duodenal e realiza a hematofagia, oito dias após a penetração (esse estádio larval apresenta a cápsula bucal desobliterada). Quinze dias após a infecção, L4 se transforma em L5 que, após trinta dias da infecção, se convertem na forma adulta do verme. O período de pré-patência é de 35 a 60 dias para A. duodenale, 42 a 60 dias para N. americanus e entre 21 a 35 dias para A. ceylanicum.

  • Sintomas

   No local por onde a larva penetrou no organismo é gerada uma reação inflamatória de feia aparência. Com o passar do tempo é comum haver quadros de tosse e até mesmo de pneumonia, devido ao fato de as larvas estarem passando pelos alvéolos pulmonares, brônquios e outras regiões do sistema respiratório. Ao chegarem ao sistema digestivo começam os sintomas característicos da região. Os dentes cortantes dos nematelmintos perfuram a parede do intestino provocando dores intensas, cólicas, hemorragias e náuseas. Caso não se busque logo por auxílio médico, os parasitas podem sugar tanto sangue a ponto de levar a pessoa a desenvolver uma grave anemia.  Outras consequências graves quando não se recebe o devido tratamento são caquexia, transtornos de crescimento e amenorreia, por exemplo. Mulheres grávidas podem ter partos com feto morto. Portanto, diante de quaisquer sinais procure imediatamente por auxílio médico. 

  • Profilaxia

  Como forma de prevenção para as ancilostomoses, poderíamos citar as seguintes medidas: construção de instalações sanitárias adequadas, utilização de calçados, educação sanitária, suplementação de proteínas e ferro nas dietas e tratamento dos infectados.

 

Resumão Morfo – Imunologia

Sistema Imunitário e órgãos linfáticos

  1. Função do sistema imunitário

Produção de células de defesa, transporte de materiais pelos vasos linfáticos, filtração da linfa e do sangue, fagocitose e produção de imunoglobulinas.

  1. Definição

O sistema linfático tem como objetivo drenar, filtrar e reconduzir o líquido intersticial de volta a circulação sanguínea. A drenagem é unidirecional.

  1. Coisinhas
  • Os linfoblastos (células imaturas da medula óssea) migram para os órgãos linfoides e dão origem aos linfócitos.
  • Órgãos linfoides primários: Timo e Medula óssea à dão origem aos linfócitos.
  • Órgãos linfoides secundários: Linfonodos, baço, tecido linfático difuso e tecido linfático denso à possuem muitos linfócitos.
  1. Classificação de tecidos do sistema Imune
  • Tecido linfoide difuso (sem cápsula): possui células linfáticas difusas por todo o MALT (tecido conjuntivo das mucosas). Está associado às glândulas salivares e mamárias.
  • Tecido linfoide denso (sem cápsula): possui nódulos linfáticos isolados e agregados. Presente nas tonsilas (linguais, faríngea e palatinas).
    • Faríngea: teto da parte nasal da faringe
    • Tubária: próximo ao óstio faríngeo da tuba auditiva
    • Linguais: raiz da língua
    • Tecido das tonsilas: epitélio pavimentoso estratificado
  • Tecido linfoide denso encapsulado (com cápsula): tecido linfoide espalhado pelo corpo, envolvido por tecido conjuntivo denso e por tecido adiposo, quando está nas cavidades abdominal, pleural e pericárdica. Está presente no baço, timo e nos linfonodos; ou seja, está na rede de vasos linfáticos, onde a linfa é filtrada e materiais estranhos são fagocitados.
  1. Circulação linfática (fluxo unidirecional)
  • Vasos aferentes: ENTRAM pela cápsula
  • Vasos eferentes: SAEM pelo hilo
  • Vasos aferentes -> seio subcapilar -> nódulos corticais e seios peritrabeculares -> seios medulares -> vasos eferentes
  1. O que é a LINFA?
  • Líquido tissular depois que entra nos vasos linfáticos.
  • Constituído de 90% de água
  • Liquido claro com baixa quantidade de proteínas
  • Presença de leucócitos
  • 2/3 deriva do fígado.
  1. Onde NÃO tem vasos linfáticosSNC, globo ocular, orelha interna, epiderme, cartilagens e ossos.
  1. Organização do Sistema linfático

    a. Capilares (linfáticos iniciais)
  • Endotélio
  • Lâmina basal incompleta
  • Prendem-se ao tecido conjuntivo através de miofibrilasb.Vasos pré-coletores
  • Endotélio
  • Tecido conjuntivo
  • Valvas bicúspides
  • Impedem refluxo da linfa 

    c.Vasos coletores

  • Ricos em válvulas
  • 3 camadas: túnica íntima (fibras elásticas), túnica média (músculo liso) e túnica adventícia (colágeno com fibras). 

    d.Troncos linfáticos

  • Ducto torácico: tronco lombar + tronco intestinal + tronco intercostal descendente (Recebe troncos jugular esquerdo e subclávio direito).
  • Ducto linfático direito: troncos jugular direito + subclávio direito + broncomediastinal direito.
  1. Fluxo da linfa
  • Contração dos músculos linfáticos
  • Movimentos corporais
  • Pulsações arteriais
  • Compressão de tecidos vizinhos
  • Contração do diafragma e alteração da pressão da cavidade torácica.

Medula óssea

  • Órgão difuso, encontrado no canal medular dos ossos longos e nas cavidades dos ossos esponjosos.
  • No recém-nascido: vermelha, produtora de células sanguíneas.
  • Na puberdade: maior parte se transforma em medula amarela
  • Vida adulta: medula amarela tem células tronco e pode se transformar em vermelha, caso necessário, para produzir células sanguíneas.
    • Medula vermelha: Localiza-se no osso esponjoso ou na diáfise dos jovens. Produz eritrócitos e leucócitos megacariocitos. É constituída por células reticulares associadas a fibras reticulares, formando uma rede com capilares sinusoidais.
    • Medula amarela: rica em células adiposas. Localiza-se na diáfise dos ossos longos.
  1. Hematocitopoese
  • Síntese de hemoglobina e formação de um pequeno corpúsculo
  • Macrófagos fagocitam células defeituosas.

Articulações

  1. Tipos
  • Imóvel (sinartrose): sutura craniana.
  • Móvel (diartrose/junturas sinoviais): ombro
  • Semimóvel (anfiartrose): coluna vertebral
  • São junções entre 2 ou mais ossos.
  1. Classificação
  • Sinoviais: são unidos por uma cápsula articular que reveste a cavidade articular. Essa cavidade articular possui pouca quantidade de líquido sinovial. É o tipo mais comum de articulação, permite o livre movimento dos ossos que une, sendo conhecidas como articulações de locomoção.
    • Articulações planas: permitem movimentos de deslizamento no plano das superfícies articulares. Ex.: articulação acromioclavicular.
    • Gínglimos: São articulações uniaxiais, que permitem apenas flexão e extensão. Ex.: articulação do cotovelo.
    • Selares: Permitem abdução e adução, além de flexão e extensão. : articulação carpometacarpal na base do polegar.
    • Elipsoides: Permitem flexão, extensão, abdução e adução. São biaxiais. Ex.: articulação metacarpofalângica.
    • Esferoides: Permitem movimentos em vários planos e eixos (flexão, extensão, abdução, adução, rotação medial e lateral, circundação). Logo, são articulações multiaxiais. Ex.: articulação do quadril.
    • Trocoides: Permitem a rotação em torno de um eixo central, logo, são uniaxiais. Ex.: articulação atlantoaxial mediana.
  • Fibrosas: Os ossos são unidos por tecido fibroso, logo, essa articulação confere mobilidade parcial.
  • Cartilagíneas: As estruturas são unidas por cartilagem hialina ou fibrocartilagem.
    • Sincondroses (cartilagíneas primárias): ossos unidos por cartilagem hialina, geralmente são uniões temporárias. Permitem o crescimento do osso no comprimento.
    • Sínfises (cartilagíneas secundárias): articulações fortes unidas por fibrocartilagem. Ex.: discos intervertebrais.
  1. Bainha sinovial dos tendões

Facilitam o deslizamento de tendões que passam através de túneis fibrosos e ósseos.

  1. Bolsas Sinoviais (Bursa)

São fendas constituídas por sacos fechados de revestimento sinovial; estão no tecido conjuntivo entre os músculos, tendões, ligamentos e ossos. Facilitam o deslizamento de músculos/tendões sobre proeminências ósseas.

Articulações das Mãos

Podem ser divididas entre as articulações do punho, dos dedos ou do quirodáctilo.

  • Articulação radiocarpal: entre mão e antebraço.
  • Articulação intercarpal: entre ossos do carpo.
  • Articulação metacárpica do polegar: é sinovial, entre o osso trapézio e o primeiro metacarpo. Realiza movimentos de flexão, extensão, abdução e adução; revestida por cápsula articular grossa e frouxa.
  • Articulação carpometacarpal: entre carpo e metacarpo dos dedos. É sinovial plana.
  • Articulação metacarpofalângica: entre os metacarpos e as primeiras falanges. São sinoviais elipsoides.
  • Articulação interfalângica: entre as falanges. São do tipo gínglimo.

Músculos

  1. Da articulação do ombro

Possui articulação sinovial do tipo esferoide, o que permite grande amplitude de movimentos. Porém é instável.

  1. Da articulação do cotovelo: Articulação sinovial do tipo gínglimo.
  • Músculo braquial e bíceps braquial: flexores da articulação do cotovelo.
  • Músculo braquioradial: flexão rápida sem resistência.
  • Músculo braquioradial e pronador redondo: flexão lenta com resistência.
  • Músculo tríceps braquial e ancôneo: extensor da articulação do cotovelo.

Baço

  • Formato oval
  • Localização: está no hipocôndrio esquerdo, posterior à linha axial média, posição oblíqua ao longo das costelas 9, 10 e 11. Seu eixo maior acompanha a costela 10.
  • Relações:
    • Anterior: estômago;
    • Posterior: diafragma;
    • Inferior: flexura direita do colo;
    • Medial: rim esquerdo.
  • Faces: diafragmática e visceral (hilo)
  • Revestimento: cápsula fibrosa, com projeções interiores através do hilo. O peritônio também reveste o órgão, exceto o hilo.
  • Ligamentos: esplenorrenal, esplenocólico e gastroesplênico.
  • Irrigação: artéria esplênica.
  • Drenagem venosa através da veia esplênica
  • Drenagem linfática através dos vasos linfáticos que seguem os vasos esplênicos em direção aos linfonodos pancreático/esplênicos/celíacos.
  • Inervação:
    • Simpática: nervos esplênicos do plexo celíaco
    • Parassimpática: nervo vago
  • Funções
    • Formação de células sanguíneas pré-fetal
    • Metabolismo de ferro e hemoglobina
    • Processamento, armazenamento e filtração do sangue
    • Fagocitose e resposta imunológica
    • Proliferação de células B e T
  • Histologia
    • Conjunto de seios fagocitários, estroma de fibras reticulares e parênquima celular.
    • Polpa branca: tecido linfoide denso associado aos ramos das artérias trabeculares.
    • Polpa vermelha: tecido linfoide frouxo, com muitos eritrócitos e vasos sanguíneos.
    • Diversos nódulos linfáticos espalhados pelo órgão.

Timo

  • Formato: possui 2 lobos.
  • Localização: posterior ao manúbrio do esterno e ao corpo do esterno; anterior ao pericárdio fibroso.
  • Irrigação: ramos das artérias torácicas internas.
  • Drenagem venosa: veias torácicas internas (braquiocefálicas).
  • Drenagem linfática: linfonodos parasternais, braquiocefálicos e traqueobronquiais.
  • Após a puberdade, involui. É substituído por gordura.
  • Funções
    • Órgão linfático primário dos mamíferos
    • Produção de linfócitos T, a partir de células T precursoras.
    • Maturação, clonagem e seleção de células T.
    • Os linfócitos T se diferenciam e deixam o timo para povoar os órgãos linfáticos secundários (baço, tonsilas, etc.)
  • Histologia
    • Lobos revestidos por tecido conjuntivo frouxo
    • Septos subdividem o órgão
    • Córtex: possui mais linfócitos, com células reticulares epiteliais e macrófagos.
    • Medula: possui menos linfócitos, com tecido conjuntivo reticular e células reticulares epiteliais de sustentação.

Possui corpúsculos de Hassal, que possuem células achatadas e material acidófilo. São rodeados por linfócitos.

Linfonodos

  • Revestimento: cápsula recobre o linfonodo. Tecido conjuntivo com poucas fibras musculares lisas e elásticas.
  • Córtex: nódulos linfáticos, tecido linfático difuso e seios linfáticos.
  • Medula: extensões do tecido linfático difuso.
  • Hilo: espaço de tecido conjuntivo que contém vasos e nervos. Artérias e nervos vasomotores o penetram.
  • Funções:
    • Atividade mitótica nos centros germinativos – linfócitos B
    • A população de células B produz anticorpos
    • Movimento de células e agentes microbianos dos vasos linfáticos para os linfonodos e, depois, para os vasos sanguíneos (Disseminação de células cancerosas e agentes infecciosos).
  1. Principais linfonodos
  • Cervicais superficiais
    • Occipitais: parte posterior do couro cabeludo.
    • Retro auriculares (mastoideos): parte lateral da cabeça
    • Parotídeos superficiais: face e região temporal.
    • Bucal: lábios e face.
    • Submandibulares: submandibular e parte lateral da língua
    • Submentuais: gengiva, lábio inferior, parte mediana da língua.
  • Cervicais periviscerais
    • Pré-laríngeo
    • Pré-traqueal
    • Paratraqueal
    • Retrofaríngeo
  • Cervicais profundos
    • Júgulo-digástrico: tonsila palatina e parte oral da faringe (faringites e amigdalites).
  • Axilares
    • Peitorais anteriores: parede torácica inferior e mama
    • Peitorais posteriores: parede torácica posterior e região escapular
    • Umerais: membro superior
  • Mamas
    • Parasternais

MALT

O tecido linfoide associado a mucosa (MALT) é um sistema difuso de pequenas concentrações de tecido linfoide encontrado em várias partes do corpo; como no trato gastrointestinal, tireoide, seios, pulmão, glândula salivar, olho e pele.

É composto principalmente por linfócitos T, que estão situados em regiões propícias ao contato com antígenos que entram na mucosa do epitélio intestinal.

O sistema imunitário é dividido:

  1. Interno: órgãos linfoides (lida com antígenos que ultrapassam barreiras físicas)
  2. Externo: rede extensa de células caracterizam o tecido linfoide associado as mucosas (MALT), se organizam ao longo das mucosas gastrointestinais (GALT).

Antígenos são captados e processados -> células imunes ativadas no local indutivo na mucosa -> outros locais da mucosa através do sistema linfático/sanguíneo -> proteção da mucosa

  • GALT (tecido linfoide associado ao intestino):
    • Os linfócitos migram para os gânglios linfáticos mesentéricos, entram na corrente sanguínea e voltam para um local no epitélio.
    • Maior componente do MALT
    • Distribuído ao longo dos gânglios linfáticos mesentéricos, lâmina própria, íleo, etc.
    • Possui células M (de Microfold) que recolhem substâncias a partir do lúmen e as entregam para as APCs.
  • Cavidades bucal (tonsilas), lingual, faríngea e palatina.
  • NALT (associado a cavidade nasal e faringe)
  • SALT (pele)
  • DALT (ductos glandulares)
  • BALT (brônquios)

Imaginologia

  • Tomografia computadorizada
    • Utiliza raios X para captar imagens detalhadas de ossos, órgãos, etc.
    • Mais preciso que o raio X.
    • Investigação de nódulos, tumores e vasos.
    • Paciente deitado, em jejum de 6 horas
    • Talvez contraste venoso iodado
  • Ressonância magnética
    • Imã gigante que obtém imagens através de ondas de radiofrequência.
    • Estruturas musculares que compõem articulações do ombro e dos cotovelos.
    • Lesão do carpo: cartilagem, tendão
    • Cor branca: hipersinal – T1: osso em hipersinal
    • Cor preta/cinza: hiposinal – (T2: osso aparece em hiposinal, logo vê-se mais músculo)
    • Corte do punho: axial e coronal
    • Bom para ver partes moles, ruim para ossos.
  • Tomografia de abdômen e ultrassonografia
    • Baço e fígado
    • Corte axial
  • Radiografia de tórax
    • Timo (formato de vela de barco)
  • Radiografia
    • Glândulas sublingual e submandibular
  • Trânsito intestinal
    • Raio x com contraste de bário
    • Via oral
    • Duodeno, jejuno, íleo e ceco.
  • Enemopaco
    • Contraste de bário e ar atmosférico
    • Via retal
    • Dieta que não forme fezes, jejum de 10 horas e laxante
    • Intestino grosso
  • Seriografia esôfago-estômago-duodeno (SEED)
    • Contraste de sulfato de bário

 

Práticas funcionais

  1. Sangue
  • Neutrófilos:
    • Núcleo em forma de ferradura
    • Função de fagocitose e formação de mediadores químicos
    • Sua morte forma pus
    • Produzidos na medula óssea
  • Eosinófilos
    • Defesa contra parasitas helmintos
    • Ativador de fator plaquetário (coagulação)
    • Encontrado no TGI, respiratório
    • Libera toxina acidófila
  • Monócito
    • Célula precursora do macrófago (APC)
    • Maturação acontece quando chega nos tecidos
    • Função de fagocitose e liberação de mediadores químicos
  • Basófilo
    • Hipersensibilidade imediata
    • Desgranulação e liberação de histamina
    • Síntese e liberação de produtos da cascata do ácido araquidônico (leucotrienos, tromboxanos e prostaglandinas).
  • Linfócitos
    • Formados na medula óssea
    • Linfócitos T produzidos no timo, se diferenciam em citotóxicas e TCD4 (helper). Reconhecem antígenos intracelulares e não produzem anticorpos.
      • As células T helper secretam citocinas, estimulando a proliferação e a diferenciação das células T. Ativam as células B.
      • Células T reguladoras atuam inibindo respostas imunológicas e as células NK.
    • Linfócitos de memoria
    • Linfócitos B: produzem anticorpos, através dos plasmócitos. Reconhecem antígenos extracelulares, são mediadores da imunidade humoral.
  • Mastócitos
    • Presentes na pele e no epitélio das mucosas
    • Contêm grânulos preenchidos por citocinas e mediadores químicos
  • Macrófagos
    • Fagocitose
  • Células APC
    • Antígenos são transportados para os órgãos linfoides periféricos através delas
    • Apresenta para os linfócitos T
  • Células dendríticas
    • APC especializas em capturar antígenos microbianos
    • Reconhecimento nos linfócitos T virgens

Protozoários

Entamoeba histolytica

entamoeba

  • É um protozoário que é transmitido via fecal-oral por cisto maduro, através de água ou alimentos contaminados.
  • Dá origem a amebíase.
  • Possui ciclo monóxeno, com a presença de um único hospedeiro.
  • Ocorre a ingestão dos cistos, estes eclodem na porção final do intestino delgado, onde o protozoário se alimentará e alterará a flora local. Após amadurecer, invade a parede intestinal e passa a se alimentar das células da mucosa e das hemácias.
  • Caracteriza infecção crônica quando parasita o fígado, através da circulação sanguínea.
  • Consequências: febre, dor abdominal, diarreia, distensão abdominal, anemia, apendicite, perfuração intestinal e peritonite.

 

Trypanosoma cruzi

try

  • É uma espécie de protozoário flagelado da família Trypanosomatidae. É o agente etiológico da doença de Chagas.
  • Possui ciclo heteróxeno, pois tem 2 hospedeiros (intermediário: barbeiro; definitivo: homem).
  • Principais órgãos afetados: coração, tubo digestório e plexos nervosos.
  • Contaminação através de mucosas e pelo orifício da picada do barbeiro (ato de coçar).
  • Consequências: cardiopatia, megaesôfago e megacólon.
  • Profilaxia: melhoria das condições de moradia, controle do vetor e de reservatórios e fiscalização de bancos de sangue.

 

Trichomonas vaginalis

vag

  • O Trichomonas vaginalis é um parasita eucariota flagelado anaeróbio.
  • Causa a tricomoníase, que é uma doença venérea transmitida durante o ato sexual.
  • Habitat do parasita: vagina, uretra e próstata.
  • Sintomas: corrimento esbranquiçado e espumoso, edema, prurido, queimação, escoriações, ulcerações e sangramento após relações sexuais.
  • Prevenção: uso de preservativos, cuidados com secreção vaginal, tratamento do doente e de seus parceiros sexuais.

 

Giárdia lamblia

giardia

  • A giárdia é um protozoário microscópico que parasita o intestino dos mamíferos, inclusive de seres humanos. Nos seres humanos, costuma parasitar o intestino delgado, principalmente em segmentos de duodeno e jejuno.
  • Contaminação: água ou alimentados contaminados.
  • Trofozoítos: célula afilada na extremidade posterior, com 8 flagelos, dois discos de adesão, dois núcleos e dois corpos semilunares.
  • Cistos: formato elipsoidal, cobertos por uma camada proteica e com quatro células flageladas, cada uma com um núcleo.
  • Ciclo: ocorre a ingestão do cisto (forma infectante), onde no duodeno ele deixa de ser cisto e passa para sua forma ativa, o trofozoíto. Estes então, colonizam o intestino delgado, fazendo diversas divisões binárias, podendo assim causar uma inflamação na mucosa intestinal, resultando em diarreia. Alguns trofozoítos transformam-se em cistos, que são formas resistentes, mas inativas, que são arrastadas e excretadas com as fezes. No exterior, os cistos resistem por algumas semanas, até aproximadamente 2 meses. Se forem ingeridos por algum animal, são ativados durante a passagem pelo seu estômago e transformam-se em trofozoítos, completando seu ciclo de vida biológico.

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